terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Magia de Natal


Há um provérbio que diz: chuva em Novembro, Natal em Dezembro.
E eu gosto dele.
Porque é uma verdade absoluta.
É que mm que haja uma seca em Novembro, digo eu que o Natal há-de sempre ser em Dezembro.
E isto para dizer que, inevitavelmente estamos a chegar ao natal.
E quase em tempo de balanço, havia tanta coisa que eu queria aqui partilhar convosco…
Mas hoje, em particular, lembro-me de uma história que, para mim, é uma verdadeira história de amizade e que vos queria contar. Vamos lá começar pelo inicio:
A minha 1ª gravidez não foi uma gravidez fácil. Entrei no hospital com cerca de 20 semanas de gestação e sérios riscos de aborto.
Entrei e já não saí mais, até o P. e o M. terem nascido, sem me poder levantar da cama, nem sequer sentar para tomar as refeições ou para outra coisa qualquer.
A cama e o hospital foram a minha casa durante aqueles meses, tendo acabado por passar lá o Natal e o final do ano.
Podiam ter sido tempos tristes, mas não foram.
Primeiro porque não sei estar triste, segundo porque sabia que a causa valia a pena e em terceiro porque, como vem sendo hábito, tive a felicidade de atravessar tais tempos com pessoas muito especiais.
A minha mãe, a minha irmã, a minha sogra e a minha cunhada iam ver-me praticamente todos os dias. O V., obviamente tb lá ia e jantava sempre comigo. A minha Prima A. vinha pelo menos uma vez por semana de Celorico para me visitar e depois, a equipa médica, as enfermeiras e auxiliares, foram de uma dedicação extrema. Uma delas, chegou a levar-me o seu computador portátil pessoal, para eu ver filmes…
Mas, enfim… acabei por perder-me.
O que vos queria contar era sobre o Natal.
Quando chegou o Natal, a minha sogra fez o jantar mais cedo, para o V. mo levar ao hospital, tendo levado um bocadinho de tudo o que costumávamos jantar nesse dia, o V. colocou o gorro de pai natal e levou-me os meus presentes e dos nossos futuros bebés e (e sim, era isto que eu vos queria dizer), a partir das 20 horas até muito tarde nesse dia, comecei a receber mensagens de Natal, de várias pessoas da empresa em que trabalho.
Alguns, meus amigos de longa data, outros nem tanto, combinaram, entre si, o envio de mensagens espaçadas, (acho que a ideia era de 10 em 10 minutos) para que até à meia noite eu fosse recebendo mensagens e não me sentisse sozinha…
Digam lá se esta não é uma verdadeira história de natal?

Meus queridos: Venho com atraso, seguramente. Sei que vos agradeci na altura, mas acho que nunca vos transmiti a importância desse vosso gesto.
Fiquei deslumbrada com a vossa lembrança. Comovida com a vossa amizade e, sobretudo, tranquila e feliz.

Daí que, este ano, aquilo que vos quero desejar, a vocês e a todos os que aqui partilham estórias comigo e com os meus príncipes, é que possam sentir, neste natal, o vosso coração tão cheio como eu senti naquela noite. Apesar de estar no hospital, longe da minha família, é bom saber que os obstáculos se ultrapassam desde que o coração esteja assim – cheio de sorrisos!

4 comentários:

Anónimo disse...

Minha querida S.,

Não resisti ao teu post ... emocionei-me mesmo muito!
Neste momento só consigo dar-te um abraço, um beijo e desejar-te, a ti e aos príncipes um Feliz Natal.

X

Marta disse...

Lindo este post... Diz muito do verdadeiro sentido do NATAL!

Beijinhos nossos e boas festas
Um Santo Natal para vocês

sotto le stelle disse...

:)

Sim, este é o verdaeiro espírito de Natal!

Beijinhos com um desejo de um santo Natal Cheiiiinho de amor, alegria, saúde:)

sónia, mulher e mãe disse...

Beijinhos muitos em ti e nos príncipes, num lar onde habita o verdadeiro espírito de Natal: o que se celebra num dia certo, mas se vive o ano inteiro!
Sónia