sexta-feira, 27 de novembro de 2009

E ontem,

disse-me o P.:
- sabes mamã, hoje não dormi muito na escola
- não, filho? Porquê?
- Porque estava um pouco confuso...

(textualmente estas palavras... o que raio é que ele quis dizer?????)

Estranho... muito estranho....

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Sonho de natal



Agora que já tenho uma bimby, acho que vou pedir ao Pai Natal esta banheira gigante, para termos no jardim.

Já que não vamos ter uma piscina, acho que esta é uma excelente alternativa, nao vos parece?

Pode ser que o Pai Natal nao tenha mais nada que fazer nem desejos mais importantes a atender...

Domingo de tarde vi o filme o "leitor". Muito bom.


A Kate winslet cresceu... só me lembrava dela do Titanic mas, de facto, cresceu muito desde então. Uma interpretação muito real, muito honesta. Foi preciso coragem para assumir aquele papel, digo eu... Gostei mesmo muito.




E gostei ainda mais de estar a vê-lo bem enroscada numa manta quentinha, no chão da minha sala, com a lareira acesa e a comer um corneto de nata.




Há dias bons porque sim. Porque são quentinhos e à noite chega o nosso natal.

ADORO


O NATAL.

Mesmo.

Pelo espirito que encerra, naturalmente, mas muito também pelo bonito que é todo o ambiente festivo à sua volta.


Quem frequenta a minha casa já sabe o que vai encontrar: Para além da tipica àrvore, tenho pais natais e bonecos de neve espalhados pela casa toda, um pai natal a subir à janela da garagem (bem piroso, eu sei... adoro!), caixas de musica de natal em tudo quanto é sitio, um comboio de natal á volta da àrvore, uma verdadeira aldeia de natal (com a fabrica do Pai Natal, duendes e casinhas cobertas de neve), e tudo o mais que possam imaginar.


Não há outra altura em que a minha casa fique tão colorida, tão animada, tão cheia em termos visuais.


E este ano o Natal chegou no passado domingo.


Na verdade até já chegou sexta-feira á noite, mas como convidei as minhas sobrinhas para irem jantar lá a casa, 5 crianças juntas que se adoram não é lá muito compatível com fazer àrvore de natal e afins…, pelo que deixamos para domingo à noite, tendo-se o J., juntado, oficialmente ao nosso Natal, com a colocação dos primeiros bonecos na àrvore!

Uma emoção partilhar com os meus bebés esta época que me é tão querida. Senti-los envolvidos, entusiasmados, felizes.


Tao especiais estes meus meninos lindos. Tão, tão especiais!

Sugestão de actividades infantis

No sábado de tarde fomos ao planetário ver o “Vitor vai á lua” ou, como diria o M. “o Pai vai à lua” (mal ele sabe que o Pai anda já lá tantas vezes…lol).

Logo que chegamos, um menino chamado Ricardo , que fazia a locução do espectáculo, avisou que caso alguém saísse não podia voltar a entrar.
Ora isto devia ser um aviso para mim que já sei que tenho dois filhos dos mais xixizeiros que existem… Mas, já que tínhamos comprado o bilhete, entramos.
E, passados nem 20 minutos, saímos…
Conclusão:
O vítor foi à lua e nós fomos á casa de banho do Planetário!
Enfim… temos de repetir a viagem á lua, mas com xixis feitos mesmo antes da entrada…
Depois fomos à biblioteca do Palácio, que é um sitio onde vamos muitas vezes e que eles adoram.
Para quem for do Porto e arredores, não deixem de visitar. É quentinho, aconchegante, com muitos livros, desenhos para pintar, jogos e computadores e há sempre uma actividade planeada.
Vou estar atenta ás actividades de Dezembro e conto-vos com antecedência.!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

E o nosso carro novo


já chegou, ontem ao final do dia.

Com entrega em casa e tudo (sorte de se ter como vizinho o director geral da concessão)!

Os miudos acharam o máximo: O j. porque finalmente vai no banco de trás com os irmãos e foi elevado á categoria de nao bebé; o P. e o M. porque têm um carro novo, o J., ao lado e, segundo eles, uma televisão (que mais nao é que o computador de bordo).

Eu, apesar de tudo, gostei do carro.

Já todos sabem que o meu carro de eleição é o meu anterior, o meu A3 lindo de morrer, bem, bem a minha cara... mas quem tem 3 filhos nao pode ter cara de carro... tem de ter um carro que se adeque às necessidades desses três filhos.

Este cumpre lindamente as suas funções: dá para três cadeiras de bebé atrás, é seguro, confortável, caixa automática, tem sete lugares e, dentro da sua classe, até é dos mais giros.

Já passeamos nele um bocadinho ontem e hoje já o trouxe para o escritório e até á marina do Freixo, onde almocei.

Tem uma excelente condução e, espero eu, vai ser o nosso carro para os próximos anos.

Wish me luck!


Agradecimento especial: Obrigada pelo carro... Era mesmo essencial para a nossa "pequena familia". Sem ele, algum dos três rebentos ia começar a ficar em casa....


quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A quinta da amizade

No próximo dia 10 de Dezembro vai estar no europarque um espectáculo chamado "A quinta da Amizade".
É um espectáculo direccionado para escolas mas eu, que sou assim um bocadito louca (nao sei se já tinham reparado...) liguei directamente à organização e perguntei se também podia ir com os meus rebentos.
Aceitaram de muito bom grado (tendo, no entanto, aconselhado que o J. nao fosse) e, vai daí, acabei de receber a confirmação de reserva e de lugares (funcionou muito bem, de facto!)
Conclusão: dia 10 de Dezembro eu e outra mãe tao louca como eu (cujo nome e lugares aparecem no esquema de sala que acabei de receber) seremos as unicas outsiders no meio de 4 escolas com milhentos miudos associados...

Vai ser bonito, vai!

Como é que nao sou um docinho de morango???


No passado sábado, em conversa com uma amiga dos tempos de faculdade, com quem actualmente nao estou muitas vezes mas com quem continuo a dar-me muito bem:

Ela, a própósito de não sei o quê:

- mas tu nao achas que eu tenho mau feitio, pois nao?

Eu:

- nao! claro que nao. Eu também nao tenho pois nao?

Ela:

(silêncio) - pois... quer dizer... também nao tens propriamente bom feitio... Tens assim uma personalidade forte, diria eu...

????????

Fonix!

Com amigos assim...(lol)

Acho que vou começar a ter discurso de miss: "e para o mundo quero paz e que nao haja fome em nenhum lugar da terra e para mim está tudo bem e faço tudo o que os outros gostam, querem e esperam de mim!"
Pode ser que começe a ser considerada um doce de pessoa!


Pronto, ok:

Sou mau feitio. Mas tolerante...

Impaciente. Mas com alguma calma

Possessiva. Mas equilibrada

Exigente. Mas generosa.

Autoritária. Mas compreensiva

Gosto de tudo ao meu modo. Mas também sei fazer (e faço) cedências.


E, sobretudo, nao engano ninguém. Sou transparente desde o inicio até ao fim. Quem quiser fazer parte da minha vida já sabe: É isto que leva!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Audi A3 em venda - e nao, nao estou a vendr uma auto-estrada!

Se já viram o blogue do "avidamoraaolado.blogspot.com" já sabem. Se nao viram ficam agora a saber: O meu carro novo está a chegar esta semana e estou a vender o carro antigo: A3 de 2005, sportback, caixa automática, usado quase inteiramente por mim em trajectos muito curtos. O meu carro de eleição e que tenho de deixar para trás pela contingência que é ter três bebés e necessidade de três cadeiras atrás.
Se quiserem, entrem em contacto com o polar azul. Ele saberá o que fazer.
Entretanto, wish me luck para o meu novo carro (quase camião)...
Bjs
Do M.:
- Mamã, quando vou crescido também vou pedir uma bimby ao Pai Natal, está bem?
(LOL)

Telefonemas nao identificados (mais ou menos como os ovnis)


Lembro-me com algum carinho de, com 13, 14 anos, receber telefonemas anónimos.

Daqueles que me punham o coração aos pulos a pensar em quem seria que queria tanto ouvir a minha voz...

Também fiz alguns, confesso. Sobretudo para o R., a paixão de toda a minha adolescencia, só para o ouvir dizer está lá...

Lembro com carinho porque fez parte de um crescimento. De uma fase em que nao havia telemóveis. De partilhas de sussuros e histórias imaturas de uma menina que um dia fui.

Ao contrário, já nao acho grande piada a telefonemas anónimos aos 35 anos.

Convenhamos que, com esta idade, já nao me parece natural.

Porque das duas umas: ou são adolecescentes que aleatoriamente escolheram o meu número de telefone (coincidentemente o de casa e telemóvel) ou é alguém que, nao aleatória mas imatura e cobardamente decidiu tentar chatear-me.

Que nao chateia, na verdade. Nao me custa nada atender o telemóvel para o desligar em seguida. Mas já me aborrece um bocadinho quando ligam para minha casa.

Senao, vejam bem: tenho três bebés em casa, certo? que adormecem cedo... e que se assustam com um toque de telefone que toca sem aviso prévio!

Será só imaturidade ou mau carácter?

Falta de personalidade é, seguramente. Falta de sensatez, de equilibrio, também. Mas será também mau caracter?

Custa-me sempre acreditar que existem pessoas más. Sei que existem, naturalmente, mas custa-me pensar que há pessoas más que, ainda que de longe, me conhecem...

A tal bola cor de rosa de onde nao quero sair, lembram-se?

Assim, prefiro sempre acreditar que é imaturidade e nao malvadez. Incapacidade de lidar com a minha tranquilidade, com a minha felicidade com os meus principes. Nada mais que isso. O que já nao é pouco, ainda assim. Mas é menos, apesar de tudo.

E é, tao somente, digno de pena. Apenas isso.


Gosto de

Ursos de peluche.

E os meus três principes também!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Melhor é impossível


Outro dia revi o filme “Melhor é impossível”

Um filme com o Jack Nicholson no seu melhor, que me comove sempre pela declaração de amor mais bonita que já ouvi:
“ - por ti quero ser um homem melhor”.

O Amor tem muitos rostos, muitos momentos, diferentes modos de manifestação e afectos.

Mas, a mim, esta ideia de querermos ser melhor pelo outro e para o outro comove-me.
Nao acho que ninguém deva mudar por alguém que nao por si próprio, mas procurar ser uma pessoa melhor para encaixar no mundo do outro, acho mesmo bonito…

como é que foi?

Agora, sempre que pergunto ao M. como é que correu o dia dele, ele diz-me:
- Mas, mamã, ainda nao me contaste como foi o teu dia no escritório... Conta-me tu primeiro!

Ontem tive de ir outra vez de ir a Lisboa. Nao que me custe. Desde que nao seja eu a conduzir até acho piada, mas ter três reuniões numa só tarde é dose e terminei o dia efectivamente cansada.

Até às 19 horas, a coisa até vai, mas depois disso começo a ficar impaciente, com vontade de estar em casa com os miudos...

Só cheguei por volta das onze e os meus pequeninos maiores ainda nao dormiam. O M. estava com birra de sono, a chorar baba e ranho pela mamazita querida e a minha mãe, que tinha ficado com eles, já nao sabia como o acalmar...

Peguei nele ao colo, dei-lhe miminhos, expliquei-lhe que cheguei mais tarde porque tinha ido trabalhar mas que tinha tido muitas saudades e fomos os três (porque o P., com tamanho choro também nao conseguia dormir...) para a cozinha comer pasteis de belém e chupas que lhes tinha trazido de Lisboa.

Depois dormimos os três bem aconchegadinhos...


E é nessas alturas, em que eu tenho os meus três pintainhos debaixo da minha asa, que eu sou realmente feliz.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Nao gosto de


pessoas mesquinhas.

Incomodadas com a felicidade dos outros.

Pessoas mal educadas, sem berço (de educação, entenda-se), sem principios, que nao sabem o que é estar de bem com a vida.


Felizmente, sempre vivi nesta bola cor-de-rosa onde nunca deixei entrar ninguém que não valesse a pena.

Felizmente, continuo à porta dessa bola (ás vezes com um pézito já de fora, mas continuo a insistir em nao sair de lá...) e continuo rodeada de pessoas que valem a pena.

Obrigada!

Gosto de

Almoçar na Baixa do Porto.
Em cafés e restaurantes onde costumava ir quando andava na faculdade.
Ainda nao vi o assador de castanhas... Mas não deve faltar muito!
Hoje fui.
Gosto tanto, tanto...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Programas

Sábado de tarde fui com os miudos a um magusto organizado pelo parque biológico de Vila Nova de Gaia.

Uma fogueira no chão, castanhas a assar, muito fumo (mesmo muiiiiiitooooo), grupo de cantares populares, danças, muitos pássaros em volta (e animais da quinta) e lanche a seguir.

Muito engraçado. Uma experiencia certamente a repetir.

Esqueci-me de postar aqui a festinha com antecedencia, mas vou tentar estar mais atenta.
Por isso, duas notas:
1º: Vejam a programação do Europarque para Dezembro.
Tem pelo menos 3 programas que eu acho que valem a pena. Nao vou ao Zig-zag porque é muito caro para nós, mas irei certamente à "quinta da amizade" - já reservei, e nao sei ainda se ao outro espectaculo sobre música clássica e seus compositores.

2º: Vejam também a programação do teatro de marionetas do Porto.
Se este fim de semana nao for a Lisboa, já tenho programa para domingo: Cinderela em marionetas.

Prometo que ponho aqui mais ideias rapidamente, nenhuma delas muito cara, que isto de se ter muitos filhos (sim, porque três filhos é uma multidão) e, ainda assim, querer cultivá-los e dar-lhe asas com pouco dinheiro, não é muito fácil!

Beijinhos e boa semana (apesar de já estarmos a meio, eu sei...)

Amôra...

Hoje, o M., de manhã:
- Oh, minha amôra...
- ?
- Então, mãe? tu dizes "meu amor" e eu digo "minha amôra"

Algo me diz que esta coisa dos géneros masculino/feminino ainda vai dar muito que falar...

domingo, 8 de novembro de 2009

No tom de pele


Há pessoas que nunca deixam de ser, para nós.

De ser.

Como a cor da pele, que de vez em quando fica mais bronzeada, para enganar um bocadinho, mas que rapidamente volta ao tom inicial.

Há pessoas assim. Cujo ser se pode, momentamente, tornar mais ténue em nós, mas só para enganar um bocadinho...
Porque depois, tudo volta ao quando inicial.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Dúvida pertinente

uma pessoa com quem eu trabalho ocasionalmente e com quem estive em reunião há uns tempos atrás, chama-se F. de la Ceca.
Considerando que o senhor é espanhol, como é que voces acham que se lê:
- F. de la queca
ou
- F. de la seca?

é que sinceramente nem sei qual é preferível...
Para ele, queca, talvez?????

Ah, dúvida pertinente, esta minha... de quem nao tem mais nada com que se preocupar!

Sobre a Gripe A


Sei que é um texto comprido, mas está bem escrito, muito simples e esclarecido. Acho que vale bem a pena ler.


Face à gripe, paciência e tranquilidade

[Por Juan Gérvas,Médico de Canencia de la Sierra, Garganta de los Montes e El Cuadrón (Madrid). Professor Honorário de Saúde Pública na Faculdade de Medicina da Universidad Autónoma de Madrid e Professor Visitante de Atención Primaria en Salud Internacional da Escuela Nacional de Sanidad (Madrid).Buitrago de Lozoya (Madrid)

20 de Agosto de 2009.]


Resumo:

A gripe A é muito contagiosa e pouco grave. Menos grave do que a gripe habitual de todos os anos (gripe sazonal). Face à gripe A é conveniente manter um comportamento prudente e tranquilo, similar ao que temos com a gripe sazonal. Deve-se consultar o médico apenas em caso de enfermidade importante (tosse com sangue, grande deterioração respiratória).

Os antivirais Tamiflu e o Relenza não previnem a gripe A, têm efeitos secundários importantes. Devem reservar-se para tratar casos graves.

A vacina contra a gripe A é experimental, e por agora não se sabe nada sobre a sua segurança ou sobre a sua eficácia.As pandemias prévias não produziram grande mortalidade desde que se passou a dispor de antibióticos para tratar as pneumonias que complicam a gripe. Essas pandemias também não tiveram um segundo surto de maior agressividade.


Para além da gripe A, os serviços de saúde têm que atender os milhares de doentes agudos e crónicos habituais, pelo que convém não saturar a actividade de médicos, enfermeiras e restante pessoal com pacientes ligeiros com gripe A.


O problema:

A gripe é uma doença viral de que se padece durante o Inverno, sob a forma de epidemia (epidemia sazonal), que afecta grande parte da população. Como diz (e bem) o refrão popular, "a gripe dura sete dias com tratamento, e uma semana sem ele".

A gripe é uma enfermidade leve, com febre e sintomas variados tais como dor de cabeça e muscular, náuseas, diarreia e mal-estar geral, que obriga a estar um par de dias em repouso.

Não convém baixar a febre a todo o custo (nem sequer nas crianças), e o tratamento é o da dor e do mal-estar.

Pese embora a pouca gravidade da gripe, pode demonstrar-se que a mortalidade aumenta na população em dois picos anuais, um nos dias de Verão com o máximo de calor, e outro nos dias de Inverno com a epidemia de gripe.

Por isso se aconselha a vacina contra a gripe, apesar de se discutir a utilidade desta vacinação.


A epidemia de gripe A, que começou no México em 2009, é de menor gravidade que a epidemia habitual.

É uma gripe que contagia muito facilmente, e por isso é uma "pandemia", porque pode chegar a afectar metade da população. Mas a contagiosidade da gripe A não diz nada sobre a sua gravidade, sendo de facto menos grave do que qualquer das gripes anteriores.

Afecta muita gente, mas mata menos do que a gripe sazonal de todos os anos. Os números são variáveis consoante a fonte dos dados, mas por exemplo, no Reino Unido houve centenas de milhares de casos e só umas 30 mortes e nos Estados Unidos da América, com um milhão de casos só 302 mortos.

No Inverno austral (que coincide com o Verão em Espanha - e em Portugal), na Argentina morreram 350 pessoas, na Austrália 128, no Chile 105 e na Nova Zelândia, 15. Com o Inverno austral quase no fim, no mundo inteiro houve, até agora, 2396 mortes.

Para situar o problema, calcula-se que em Espanha morram durante um Inverno "normal", por gripe sazonal, de 1500 a 3000 pessoas.


Tivemos muitas pandemias, e a mais letal, a "espanhola" de 1918 matou, sobretudo por pneumonias bacterianas, os pobres (mal alimentados, amontoados, com habitações insalubres e mal protegidos do frio).

Nas outras duas grandes pandemias, de 1957 e 1968 não houve tal letalidade, entre outras coisas pela existência dos antibióticos para tratar as pneumonias bacterianas.Ao estudar as pandemias dos últimos séculos (de 1510 à actualidade) demonstra-se que nunca foi contagiada simultaneamente toda a população e que sempre que houve um segundo surto da pandemia, a gripe manteve um carácter ligeiro também na segunda volta.

O que se pode fazer face à gripe A?

Quando em 2005 a Organização Mundial de Saúde (OMS) prognosticou que poderiam morrer de gripe aviária até sete milhões de pessoas, desatou-se o pânico no mundo. Depois houve apenas 262 mortes.

Assistiu-se assim, a um gravíssimo erro de prognóstico.

Em 2009, com a gripe A, convém não repetir o mesmo erro. Por isso é central evitar o pânico.

É absurdo ter pânico face à epidemia de gripe A, por mais que venha a afectar (levemente) um grande número de pessoas.

Face à gripe A convém fazer o que sempre se faz face à gripe: cuidar-se com prudência e tranquilidade. Boa hidratação, boa alimentação, boa higiene, e recorrer ao médico quando haja sintomas de importância, tipo tosse com expulsão de sangue e grande deterioração da respiração.

Convém não tossir para cima de ninguém, não mexer no nariz, tapar a boca ao tossir ou espirrar e lavar as mãos antes de comer, depois de ir à casa de banho e quando estão sujas de mucosidades.

O vírus elimina-se pela mucosidade nasal aproximadamente durante os primeiros cinco dias da enfermidade. O uso de máscaras não parece que ajude a evitar a propagação da epidemia. Convém não fazer muita vida social nesses primeiros dias, como é costume em caso de gripe. No que respeita à gravidez, não há nada a dizer, pois estes cuidados são para se ter sempre, não havendo deste modo nada mais a fazer.

Não há nenhum tratamento preventivo: os medicamentos contra a gripe não previnem a enfermidade (nem o oseltamivir - Tamiflu, nem o zanamivir - Relenza).

Uma vez diagnosticada a doença, estes medicamentos são também quase inúteis (tiram meio dia à evolução da enfermidade).

Também não existem estudos que avalizem a sua efectividade na gripe A. Para além disso, têm efeitos adversos.

Por exemplo, durante a epidemia de gripe A, em crianças tratadas em Londres com oseltamivir - Tamiflu, metade tiveram efeitos adversos, geralmente vómitos, e em 18 % registaram-se alterações neuropsiquiátricas.

Talvez em alguns casos valha a pena o seu uso como tratamento, por exemplo em doentes graves e em pacientes com doenças crónicas importantes, mas não são úteis nem em crianças nem em adultos saudáveis.

A vacina contra a gripe é de pouca utilidade em crianças e adolescentes, com uma efectividade de 33 %, e absolutamente inútil nos menores de dois anos. Há dúvidas sobre a sua eficácia em adultos e idosos.

Sobre a vacina contra a gripe A não sabemos nada, mas em 1976 produziu-se nos Estados Unidos uma vacina parecida, também com toda a pressa pelo perigo de pandemia, e o resultado foi uma epidemia de efeitos adversos graves (sindroma de Guillain-Barré, uma doença neurológica) que obrigou a parar a vacinação. A pressa não é boa para nada, e ainda menos para parar uma gripe como a A, que tem tão baixa mortalidade.

Convém não repetir o erro de 1976. Em todo o caso, é exigível a assinatura de um formulário de "consentimento informado" que deixe claro os benefícios e riscos, e o procedimento a seguir face aospossíveis danos por efeitos adversos.

Dada a pressa que há em produzir a vacina, e para evitar as consequências legais relacionadas com os problemas de segurança, em caso de danos serão os Estados, e não a indústria farmacêutica, a responder às reclamações.


Mais alguma coisa?

Os testes diagnósticos rápidos da gripe A têm pouca sensibilidade (de 10 a 60 %). Quer dizer, não vale a pena fazer a determinação para saber se se tem na realidade a gripe A. Tanto faz, pois os conselhos a dar são os mesmos, e o teste não acrescenta a segurança de não se ter a gripe A.Tanto o vírus da gripe A como o da gripe sazonal podem mutar, inutilizando as vacinas.

A vacinação contra a gripe sazonal não dá protecção contra a gripe A.

Convém não esquecer que uma criança (ou um adulto) pode ter outras enfermidades, além da gripe A. No Reino Unido houve casos de crianças que morreram por meningite por causa de falso diagnóstico de gripe A.

Durante a pandemia de gripe A continuará a haver enfartes do miocárdio, apendicites, insuficiência cardíaca, diabetes, asma, tentativas de suicídio, fracturas da anca, depressão, esquizofrenia e as outras mil enfermidades que requerem atenção médica. O comportamento sereno, paciente e tranquilo dos pacientes com gripe A é essencial para que os serviços de saúde funcionem bem e para que os médicos e restante pessoal de saúde se possam dedicar aos doentes que deles necessitem, com ou sem gripe A.

Indo eu, indo eu a caminho de Lisboa

Outra vez a caminho de Lisboa, com uma reunião marcada para amanhã às 9.30h.
Pois claro, gente sensível é assim: com uma viagem de 3 horas pela frente, marcam-me uma reunião para as 9.30h...
Vai daí, vou já hoje, que pelo menos aproveito e janto com a minha maninha, de quem morro de saudades!
Encontramo-nos por lá!
Bjs

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Lógica da batata

Um destes dias deixei o computador em cima do balcao da cozinha a carregar a bateria.
O fio condutor estava assim ligeiramente em cima do fogão, o J. tocou num botaozinho do dito cujo e de repente já só via fios a derreter e um cheiro a queimado insuportável.
Conclusão lógica deste episódio que fiz questão de partilhar no escritório no dia seguinte:
- pois então, para que isto nao vos aconteça, o meu conselho é que tenham um fogão de indução.
Comentário da G.;:
- mas então nao era mais fácil e mais barato nao colocar fios de computador em cima do fogão?
Comentário do A:
- ou então, bem mais fácil e barato era nao teres filhos!

Ah, pois. É como a lógica da batata!

Porque há dias em que os meus principes me fazem perguntas a que nao sei responder e pedidos que nao posso, em consciência, concretizar.


Há momentos em que doçura deles me parte o coração...

Gosto de


Tulipas.


Lembram-se daquele em post em que falava das minhas flores preferidas?


Pois é. Tulipas e violetas, sim.


Violetas pelo cheiro, pela cor, pela simplicidade, pelo passado que evoca, pelo meu canteiro no quintal da minha Mãe quando eu era bem pequenina, pelas vendedoras na Baixa do porto, pelos poemas que trocava com a minha amiga V., a bailarina, muito, muito, pelas memórias.


Tulipas porque sim. Porque são lindas e nada mais.


Gosto de brancas, amarelas, vermelhas, cor de rosa, purpura, de todas as cores. Em magotes. Gosto de as ver em ramos e em jardins. Espalhadas por minha casa e pelo meu jardim na Primavera


Gosto muito.



coisititas

Ainda nao tenho a bimby... mas já tenho todos os livros de receitas, em português e em Espanhol!
Que desbunda...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

He is not so interested


Alguém viu o filme "He is not so interested?"

Já o fui ver há algum tempo, mas hoje, ao ler uma critica sobre o filme, apeteceu-me voltar ao tema.

Quem me dera ter visto o filme aos meus 13 anos.... tinha-me poupado uma data de perguntas e expectativas goradas (lol).

Seja como for, meninas leitoras (acho que isto tb se aplica aos meninos, mas isso é problema deles, nao nosso, lol):

Se ele nao telefona, se ele nao manda mensagens ao longo do dia, se nao dá os bons dias ao acordar e as boas noites ao adormecer, se nao vos enche de mimos e palavras doces, se nao vos leva a almoçar/jantar a sitios giros, se nao inventa tempo para estar convosco, se nao dá flores e mais flores e chocolates e afins, se nao está ao vosso lado quando voces mais precisam: HE IS NOT SO INTERESTED!

Por isso, desistam e bola pr'a frente que atrás vem gente.

Ou, como diria a minha mãe: Atrás de uma árvore alta há outra mais alta ainda...


Depois do filme, as historietas do R., minha grande paixão da adolescencia, ganhou um outro significado...

Galinhas, nós? Não!...


Hoje, depois de mais uma reunião daquelas em que se fala de quase tudo menos do tema da conversa, uma reunião curiosamente convocada por mim e por onde se começaram a debater temas que nao eram os que me interessavam, só consegui chegar cá fora e comentar com a G.: quem disse que as mulheres quando se juntam parecem galinhas a cacarejar nao estava naquela reunião...

Arre que há homens que gostam mesmo de falar e de se ouvir! e de se rir imenso com o que dizem...

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Sobre o meu Benjamim


O meu filho J. está tão lindo, mas tao lindo, que nem sei como é que alguma vez vivemos sem ele.

Completa-nos, faz-nos rir, é bem disposto, terrorista, independente, um verdadeiro doce.

Já repete tudo o que dizemos (a maior parte das coisas só se percebe com intérprete, mas já é um bom começo) e só gosta de brincar. Sózinho, acompanhado, com ou sem brinquedos. É-lhe indiferente. Gosto mesmo é de brincadeira da boa, com muitas cócegas á mistura.

Brinca lindamente. às escondidas, aos carros, às caçadinhas, com bonecos. Gosta de ver televisão. Adora dançar e cantar. Agora que aprendeu o "manel tim-tim" nao quer outra coisa. E corre e mexe em tudo. Um verdadeiro perigo ambulante. Sempre bem disposto, com tolerancia à dor. Nao é muito chorão nem mimado. Birrento sim. Faz birra e a palavra preferida é "nao". Mas adora os irmãos de paixão. chama-os para todo o lado, chora de manhã porque nao vai com eles para a escola (de vez em quando agarra mesmo na mochila e vem para a porta com um "vamos?"), pega-lhes na mão para dançar ou para os levar para o quarto dos brinquedos, um verdadeiro "terrorista - amor"...

Nao se deixa ficar nunca para trás. Reivindica o seu lugar, sempre. Nas prendas, no colo, nos passeios, na comida, em tudo. Marca sempre o lugar dele. Sempre.

E sim, havia um lugar vazio na nossa familia mesmo à esperinha deste benjamim de olhos azuis...


Eu e a bimby


Confesso que gostava de ter uma bimby.

Gostava, pronto.

Gostava de poder entrar em fóruns, trocar receitas, ser chamada de bombólica e de poder contar as coisas maravilhosas que fiz com um só electrodoméstico!

O problema é a porcaria do preço. Enerva-me que uma coisa que supostamente é tão util possa ter um preço tão caro.

É que as coisas que eu posso comprar com aquele dinheiro faz toda a diferença.

Vai daí, nunca comprei.


Mas agora, tenho uma amiga que tem uma bimby. Que nunca usou. Que nunca tirou, sequer, do saco. o que, convenhamos, é um sacrilégio...

Uma bimby virgenzinha, bem a acenar para mim. E com um preço mesmo a dizer: leva-me para casa, leva-me para casa...


Caramba, como é que eu hei-de resistir a esta provocação?


Pronto. Vou trazê-la para casa e nao se fala mais nisso. E vou, finalmente, fazer parte de uma elite de bombólicos e sentir-me integrada numa verdadeira familia (lol)



É que há coisas...

Pergunta ontem do P., depois de termos deixado a minha avó em casa:
- mamã, porque é que a avó E. tem voz de velhinha?

domingo, 1 de novembro de 2009

Já todos os que aqui me acompanham sabem que tenho a terrível mania de achar que sei sempre tudo.
E aposto que também já devem ter desconfiado que é só uma mania (lol)...
Seja como for, dias há quem que gostava mesmo de saber tudo.
De perceber as coisas, as pessoas, a vida em geral.

Nao não entendo.
E isso ás vezes frusta-me. Entristece-me. Porque há, decididamente, coisas que eu gostava de entender... gostava de poder ver mais além...

Se serei feliz sem as compreender? provalvemente... Mas nunca será a mesma coisa!