quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Então nao se pode ser bonita e inteligente em simultâneo?????


Outro dia li num sítio qualquer que os homens gostam de mulheres bonitas e inteligentes mas raramente se casam com elas…
Atendendo ao facto de eu ter casado, o que é que isso faz de mim? E atendendo ainda ao facto de me achar bonita e inteligente (sim, porque presunção e água benta cada um tem as que quer) o que é que isso faz de mim? Presunçosa? Ou inocente?

Seja como for, lá haverá o seu quê de verdade no que vai escrito. Porque os homens em geral têm a necessidade de se sentirem superiores, se precisarem que precisem deles.
E ter uma mulher tão ou mais forte que eles assusta-os. Ter uma mulher que está com eles porque quer e não porque precise faz alguma confusão nas suas cabecinhas quase sempre básicas…
Não, isto não é nada contra os homens! Na verdade nem tenho razão de queixa porque fui encontrando alguns que, ao longo destes anos de juventude/maturidade se quiseram casar comigo (vá-se lá perceber….) mas é a favor de algumas mulheres bonitas, inteligentes e interessantes que conheço que são preteridas por outras não tão bonitas nem inteligentes, precisamente por isso mesmo!
Não é justo!
Bora daí fazer um abaixo assinado: Sim, somos bonitas e inteligentes e sim…. Vocês têm mesmo de levar connosco!

E sim, também sei valorizar as coisas boas...

Acho que os meus bebés voltaram ao seu estado normal: crianças equilibradas e felizes.
Depois de um período que imagino tenha sido de alguma confusão nas suas cabecitas, as coisas estabilizaram.
E a verdade é que o V. tem contribuído muito para isso.
Tem sido um Pai muito presente, mais disponível, mais atento e preocupado.
E eles sentem isso.
Eu sinto isso.
Tem arranjado tempo para eles onde antes não havia e acho que eles entenderam que o Pai está finalmente com eles.

Como disse num outro post qualquer: A experiência não é o que nos acontece mas o que fazemos com o que nos acontece. Espero que esta tenha valido para alguma coisa…

Nota final: Sei que não é fácil lidar com a minha necessidade, com a minha exigência de perfeição. Sei que não é fácil estar à altura das minhas expectativas. Provavelmente sou exigente demais. Mas, provavelmente também, basta um pequeno esforço para lá chegar…

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

O merecido reconhecimento ou a mera necessidade de dizer OBRIGADA


Quem disse que o Homem não é uma ilha tinha mesmo razão. Claro que para a frase ter ficado para a história alguma razão devia ter, mas entre o que se diz e o que se constata vai, por vezes (a maioria delas) uma grande diferença.
Mas o facto é que o Homem não é uma ilha.
E tenho vivido essa sensação de modo muito intenso nos últimos tempos.
Sou uma pessoa forte. Com uma personalidade muito vincada. Não há como negá-lo. Às vezes forte até demais porque passo uma imagem que nem sempre é verdadeira. Há dias em que estou mais frágil, muitos dias em que só queria repousar a cabeça, em que queria deixar de ter de decidir, mas na maioria dos meus dias, sou uma pessoa forte. Sou-o muito por mim, é certo, porque é assim que sou e nao sei ser de outro modo, mas também muito (e hoje sinto-o muito de perto) por causa das pessoas boas que tenho à minha volta.
A minha força de nada adiantaria se nao tivesse tantas pessoas amigas que me rodeiam, a mim e aos meus filhos e nos permitem viver felizes.
Ontem, na festa de aniversário dos meus bebés, disse a todos que lá estavam que sem eles aquela festa não seria possível.
Isso nao é inteiramente verdade, mas tem muito de verdadeiro:
A minha irmã e a minha Mãe têm sido absolutamente incansáveis. Mudaram a vida delas, a casa delas para a minha nestes últimos dias, só para me ajudarem. A minha irmã, a minha princesa, adora os meus filhos e tem-me demonstrado isso todos os dias. Passeia com eles, preocupa-se, está atenta, tem sido a melhor Tia e a melhor irmã que eu podia desejar.
A minha Mãe, a minha melhor amiga. Tem feito de tudo por mim e pelos meus meninos, e ontem estava tão cansada que nem tinha explicação. Apesar disso, sempre disponível para nós, sempre com um sorriso, com uma palavra... é, sem dúvida, o nosso porto de abrigo.
O J., namorado da minha irmã, com um carinho e uma atenção pelos meus filhos que me emocionam;
Os meus sogros, com uma atenção a nós absolutamente inexcedíveis. Nunca podia ter querido sogros melhores... Nunca!
Todos os meus amigos (mais e menos antigos), pela disponibilidade e preocupação desinteressada. Nem sei como estive tanto tempo sem lhes dar a real importância que têm...
O resto da familia, pelas palavras queridas, pela amizade, por estarem ali e demonstrarem que estão ali, para o que nós precisarmos...
Realmente, se eu soubesse ser mais afectuosa, teria de os encher de beijos a todos!
Como não sou, só sei escrever: OBRIGADA.
Não que estes venham ler estas palavras, que eu sei que nem todos aqui chegam, mas fica pelo menos para mim, este imeeeeeeennnnnnnnnso obrigada.

Sem estas pessoas a nossa vida seria, decerto, bem mais difícil!...

Só bolos e festas!

Estes últimos dias têm sido só festa!!!!
Desde quinta-feira não fazemos outra coisa senão cantar os parabéns e comer bolo!
Acho que os meus piruças (como lhes chama a minha mana) estão felizes.
Tiveram a sua festa privada com o papá e a mamã como o M. queria e a sua festa com muiiiiiita gente como o P. queria.
Assim, agradamos a gregos e a troianos:
Quinta-feira fomos os quatro (eu, o V., o P. e o M.) almoçar à praia. Brincaram muito na aareia, jogaram à bola e depois fomos ao parque. Chegaram a casa cansados mas ainda com direito a parabéns e a bolo com os papás, o mano J., a Avó F., o Avô F. e a Avó Naná.
Sexta-feira tivemos outra vez bolo e parabéns ao J., também com as mesmas pessoas e ontem, a festa completa: De manhã foram os três tomar o pequeno almoço com a titi e o J. à praia (e mostrar a sua fatiota de carnaval) e à tarde, a verdadeira FESTA: com três bolos (sim, porque apesar da festa ser comum cada um tem direito ao seu bolo), muitas velas, muitos balões, muitas, muitas prendas e muitos muitos amigos.
correu tudo lindamente e os meus pequenotes estavam felizes!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Parabéns aos meus três principes


Ontem os meus príncipes mais velhos fizeram 3 anos e o meu príncipe bebé faz hoje um ano.
Foram três anos muito, muito intensos…
Com momentos muito bons e outros nem tanto mas, apesar de tudo, inesquecíveis. Que eu não trocaria por nada.
Independentemente da vida que eu sei que teria se não os tivesse, decerto mais fácil, não me arrependo nem por um segundo de os ter. São os meus heróis, os meus príncipes, o meu sorriso, a minha luz.
Três bebés lindos, doces, meigos, sensíveis, inteligentes, criativos, que todos os dias me enchem a alma!
São terroristas, sim. Todos os dias! E aborrecidos e birrentos muitas vezes. Mas são meus. E amo-os com uma paixão que não posso descrever.
Meus três amores pequeninos:
Dizem que a mamã sabe escrever. É verdade. Mas não o suficiente para transmitir por palavras o bem que vos quero.
Se vos pudesse proteger de todo o mal, fá-lo-ia, mas também não sou capaz. A mamã é só uma mamã, não é Deus.
Mas, apesar disso, e apesar de todas as falhas que tenho enquanto ser humano e enquanto mãe, prometo que vou estar sempre ao vosso lado e que, o que não puder evitar, vou tentar minorar. Para que vocês cresçam saudáveis e sejam, no futuro, pessoas boas, equilibradas e felizes. Vamos, em conjunto, crescer. Vamos, em conjunto, brincar e criar muitos jogos que serão nossos. Vamos, em conjunto, aprender a viver. Haverá alguns dias menos bons. Em que estou com menos paciência ou menos tempo, como tantas vezes acontece, mas teremos sempre o nosso momento do conto. O nosso momento das canções de embalar. O nosso momento de carinho e de mimo. E, nesse momento, nesses momentos, saberemos que estamos juntos para a vida, para o que der e vier!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Ai eu já pensei pintar o céu de azul

Quando no domingo de manhã anunciei aos meus dois principes que iamos fazer pinturas, disse-me o M:
- preciso de uma escada, mamã!
- de uma escada? para quê?
- para chegar ao céu!
- E p´ra quê, filho?
- Oh, mãe, para pintá-lo!
(...)
- E de que cor queres tu pintar o céu?
- de cor-de-rosa, mamã!....
(....)

E eu, para ti, meu bebé, lindo, quero que toda a tua vida seja cor-de-rosa! Quero que o teu mundo seja uma bola de sabão inquebrável, daquelas que reflectem todas as cores do arco-iris; que a tua alma seja uma paleta de sentimentos claros e vívidos. Que sejas feliz. Sempre!

(desejo igual e naturalmente extensivo aos dois manos, mas mais adequado a este desejo infantil que me adoçou o coração)

três estrelas....


Os meus principes mais velhos são um sucesso entre o mulherio...

Assim que chegamos à escola, vem sempre um bando de meninas (mais velhinhas e todas muito queridas) ter connosco:

- Olha o P. e o M.! Que giros que estão hoje!...

E outros comentários afins....

E eles lá se vão pavoneando, entre o levemente tímido e o levemente orgulhoso, com olhares languidos e sorrisos entreabertos....


Vão dar que fazer estes meus rapazes!

E tendo a constatação de que o J. é tão lindo como os irmãos, vou ter três problemas entre mãos...

A vantagem que temos quando alguém nos desilude demais é que depois, já nada nos pode admirar…
A partir do momento em que desistimos de acreditar, de criar expectativas, de esperar, a partir desse momento, tudo se torna mais fácil.
É certo que é um momento triste. De viragem, de dor. Mas, em contrapartida, pode proteger-nos para o futuro. Pelo menos as supostas desilusões deixam de o ser porque já não há ilusões para alimentar.
O que significa que, em teoria, há realmente um aspecto positivo em tudo na vida. Às vezes só temos de procurar bem fundo, mas que há…. há!

Jogos do dia a dia


O amor e a cumplicidade fazem-se de pequenos gestos, de pequenos segredos, de pequenas rotinas que se vão desenvolvendo no dia a dia.
Eu e os meus filhos (sobretudo os mais velhos porque o J. só agora começa a participar mais activamente nas brincadeiras) temos essa coisa muito nossa de desenvolvermos jogos, palhaçadas, momentos que só nós percebemos. Porque não entendíveis para quem não divide o nosso dia-a-dia.
A última das nossas brincadeiras é a dos beijinhos:
Eu peço um beijo.
Eles dizem que fugiu.
Eu pergunto: Para onde?
Eles respondem: para a rua!
Eu vou à janela ou à porta, apanho o beijinho e coloco-o de volta na boca do P. ou do M.
Em seguida recebo um beijo repenicado delicioso!

O mesmo se passa com os abraços.
As regras são as mesmas mas quando apanho o xi-coração devolvo-o ao coração dos meus príncipes para que estes entretanto me abracem como se não houvesse amanhã!

E pronto! É também desta matéria que é feito o amor!

Obras de arte












No Domingo estivemos a fazer pinturas.
Como o dia estava cheio de sol (o que não tem sido habitual), viemos para o jardim e deixei o P. e o M. pintar papeis, madeira, mãos, roupa e quase tudo o mais que estava à volta deles.
Ficaram entusiasmadíssimos e levaram a sua missão muito a sério.
Agora sim podem dizer que são uns verdadeiros artistas….



quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

O valor do dinheiro

Conversa entre o P. e o M., hoje de manhã, a propósito de umas bolachas que o P. tinha dentro de uma tacinha:
M. - oh, mano, também quero bolachas!
P.: - Eu dou!
M. - Não, mano. Vendes, vendes?
P.: - Está bem, pode ser.
M.: - Quanto custa, P.
P.: - Dinheiro. Cinco vezes...

Provence

Amanhã vou tirar o dia de férias. Mas é só um dia e isso é muito pouco...
Depois, vou tirar também o dia de aniversário dos meus meninos, mas continua a ser pouco...
Preciso de mais dias, de mais férias, de mais descanso...
Estou, por isso, a planear umas mini-férias, mas ainda não sei bem quando. Março, abril, será por aí...
Gostava de ir a Londres, a Amesterdão ou a Provence.
Estou indecisa mas, provavelmente, escolherei Provence...
Tenho mesmo muita vontade de passear no meio de campos de alfazema! Tenho esse sonho desde sempre e este ano parece-me um bom ano para o concretizar!
Preciso de flores. Muitas flores e cheiros. Cheiros bons, entenda-se!
E Londres é demasiado sombria...
É. Quase de certeza, Provence...

Quanto ao resto, desisti. Custa-me sempre desistir das coisas, de pessoas, mas quando não vale a pena, não vale. Ia ser só mais à frente, mas é melhor que seja já. Desisti. Terminou.
Andar para a frente que atrás vem gente! com alfazema, com lavanda, com rosas e outras que tais!

E a primavera que está quase quase a chegar.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Felizmente há luar!


Há dias bons e dias menos bons.



Ontem à noite foi um dos menos bons, com choro, birras, mais choro. E os meus pequerruchos acabaram por ir para a cama sem que eu lhes contasse a história habitual. Depois, fiquei arrependida, como sempre... com vontade de lhes dar milhentos beijos e de lhes pedir desculpa por, às vezes, não perceber que são apenas crianças.



Lindos e doces, mas apenas bebés. É só que às vezes nao é tão fácil como eu gostaria que fosse...



Todos os dias tento ser uma Mãe melhor. Mas nem sempre consigo. Dar-lhes carinho e educá-los ao mesmo tempo tem sido a tarefa mais dicifil da minha vida...



De qualquer modo, mesmo nos dias menos bons, sei que nao vou desistir. De os amar, de os mimar, de viver com eles. Porque a vida é mesmo assim. Nem sempre doce, nem sempre amarga, mas sempre vida. E é preciso estarmos disponíveis para ela. Eu estou. Disponível para aceitar esta vida quase sempre mais doce, mas com alguns amargos de boca. Porque gosto de me sentir viva. De me sentir com alma.



de que adiantaria estar tranquila, se os momentos doces não tivessem alma? Se nao me sentisse realmente viva?



Se é assim que tem de ser, que seja!



Prefiro, de longe, sentir-me viva! Viva e feliz!




E, felizmente há luar! Por motivo nenhum em particular. Apenas porque sim.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Porque vi num outro blog e me apeteceu copiar!


Já:
Andei na catequese e num grupo de jovens
Cantei num grupo coral durante muitos anos e até na missa de domingo da RTP(!)
Fiz teatro e, com a minha personagem, muita gente chorar
Fiz rádio;
Escrevi muito bem, poesia, contos e não-só
Andei no meio do milho a correr e lembro-me disso como que fosse hoje
Chorei por amor
Fiz chorar e sofrer muito por amor
Pesei 47 quilos durante um determinado período de tempo e nunca mais lá consegui chegar (por muito que coma chocolates nunca saio dos 45, excepto em período de gravidez…)
Estive indecisa entre muitos caminhos e opções a tomar
Sofri uma perda muito grande
Plantei árvores e flores
Escrevi um livro
Tive amigos que perdi
Tive amigos que recuperei
Me enganei sobre pessoas
Dancei até nascer o sol
Fui assaltada no meio de um jardim (cordoaria, pois então!)
Estive horas ao telefone (a namorar, a chorar, a dar e a ouvir conselhos, a partilhar receitas, histórias, a estudar…)
Escrevi e recebi muitas cartas e bilhetes de amor
Me senti triste e desamparada (mas nunca desisti de me sentir melhor!)
Fui a menina mais requisitada da escola e afins(deve ser pelos cabelos loiros e compridos)
Fui injusta (mas sempre tentei remediar)
Pedi desculpa
Desculpei
Descobri novos amigos
Calquei a maior pedra que existe na cidade do Porto
Andei de parapente no Rio de Janeiro
Andei de Balão
Passei pelo Porto de side car
Quis ir dar aulas para Moçambique
Quis ter uma bimby
Quis ser actriz ou cantora famosa (…)
Apanhei uma bebedeira (mas só uma…)
Fumei (inclusive coisas menos legais… mas só mesmo para experimentar e numa fase em que raramente dizia que não a uma experiência nova)
Traí e fui traída
Menti (mas não me orgulho)
Sonhei de olhos abertos
Decidi muitos assuntos durante o sono
Tive inveja
Usei o cabelo frisado (horrível!)
Quis ser muito rica
Quis ter um filho adoptado (e continuo a querer)
Estive duas vezes grávida e não gostei de nenhuma
Me arrependi de algumas atitudes e de algumas decisões
Copiei num exame (Só uma vez, em economia 2, num tema muito pequenino que por muito que estudasse não me entrava na cabeça e estive arrependida o tempo todo)
Fiz campismo
Terminei noites a molhar os pés na água do mar com o sol a nascer
Fiz Topless
Já andei de mota sem capacete (numa insensatez que agora não compreendo)
Já vendi melões com a família de uma amiga minha na antiga estrada 125 no Algarve
Fui dama de companhia enquanto estudava
Fiquei enjoada de tanto comer chocolate
(…)
Se me lembrar mais, acrescento!






Obrigada http://www.vida-aos-sopros.blogspot.com/ pela excelente ideia…

Fim de semana


Fui ver o filme "A troca". Muito bom. Sem violência gratuita mas muito bem descrito, muito bem feito. Com uma mãe com um sofrimento muito interior. Pouco choro, poucas lágrimas, muito sentimento contido, muita dor calada que se transforma em actos heróicos. que tranformou a vida de muitas outras pessoas.
Uma Angelina Jolie demasiado magra, demasiado caracterizada, numa interpretação muito boa.
Gostei muito.
Depois do filme descobri uma baixa do porto cheia de vida.
Não sei realmente por onde tenho andado...
Parece que já é assim há imenso tempo! E eu sem saber que a baixa tinha mudado. Eu que a adoro mas só visitava durante o dia.
Que bom! Fico mesmo muito satisfeita!

Ainda não é bem a baixa de Santa catarina mas lá chegaremos.
Dos clérigos lá é só um passinho de pardal e não há-de falta muito para que todos vejam o encanto que eu vejo há muito nas ruas e ruelas do Porto.

Gostei das ruas, gostei da companhia, gostei da noite, gostei de ouvir musicas que conheço desde sempre...

As amarguinhas! alguém se lembra das amarguinhas?

Amores e não amores

O P. está doente. Vomitou ontem, depois da sesta, vomitou depois ao final da tarde já em casa e passou a noite com febre...

Acho que não será nada de especial, mas ainda assim, fico sempre com o coração apertadinho...

O que me faz pensar que, de facto, não há amores maiores e amores menores. Há amores e não amores.

E o que sinto pelos meus filhos é um amor. Assim. Amor apenas. Infinito, sem limites nem condicões, eterno.
Um amor que mesmo nos momentos mais dificeis, como aqueles em que os três acordam ao mesmo tempo e os três reclamam o meu colo e eu maldigo Deus por não me ter feito com três pernas e seis braços, me faz ter a certeza nunca, por motivo algum, eu seria capaz de os abandonar.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Morangos com açucar



Ontem os meus filhos mais velhos descobriram os morangos com açúcar.
Não os da televisão, que ainda é muito cedo para isso, mas os da imagem ao lado…
E, na verdade, ficaram apaixonados! Não sei se pelos morangos (que obviamente já conheciam) ou se pela combinação, ou só mesmo pelo açúcar, mas o certo é que aquele ritual de partir os morangos aos pedacinhos e colocar-lhes açúcar os encantou.
Comeram duas taças cheias cada um e pediram para repetir… Até o J. queria experimentar, mas não pude deixar…
Em contrapartida dei tangerina a todos…
Sem açúcar pode não ser tão bom mas foi igualmente bem recebido!
Estão finalmente uns comilões, estes meus meninos!

Aura especial????


Acabou de me dizer um colega de trabalho:
- A S. hoje está com uma aura especial…
- Aura?! Disse eu. - Se ainda me dissesse que estou muito bonita…
- Era isso que eu queria dizer, mas não tive coragem… Mas já agora devo dizer-lhe que quando entrou aqui de manhã, assim de rompante, eu só pensei: O sol acabou de chegar…


Eh, pá, eu já gosto de vir trabalhar, mas assim… vale mesmo a pena!


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Sobre o Ganhar e Perder


Decidir sobre o que se quer ganhar e o que se quer perder, não é fácil.
È sempre mais fácil, apesar de tudo, quando não há outra solução. Quando se ganha ou se perde sem escolha, por não se poder escolher.
Quando essa escolha existe, torna-se muitas vezes difícil pesar na balança aquilo que efectivamente se quer.
Às vezes porque estamos cegos, outras vezes porque não estamos na posse de todos os elementos, outras vezes porque nem sequer queremos saber. Mas não deixa de ser difícil ainda assim.
Lembro-me da minha Mãe muitas vezes dizer: Quando Deus fecha uma porta, abre em seguida uma janela…
E eu nunca percebi muito bem…
Então, se Deus fecha uma porta, não devia, em seguida, para compensar, abrir um portão bem grande????
Porquê uma janela? Porquê tornar as coisas ainda mais complicadas?
O certo é que entre portas e janelas, as decisões continuam difíceis de tomar.
E não devia haver essa espécie de regra cósmica que diz que “ ganhas de um lado/ perdes do outro”…
Devia ser possível, só ás vezes, ganhar tudo. E, em compensação, em alguns momentos da vida, perder tudo…
Sei lá! Ou então se calhar é bom esta regra que vai equilibrando as nossas vidas.
Assim, sabemos sempre que não podemos ter tudo. Que não é possível ter “Sol na eira e chuva no nabal”.
A porra (que palavra feia, diriam os meus filhos…) é que quando decidimos, dificilmente podemos voltar atrás. E depois, ganhamos o que ganhamos; perdemos o que perdemos. Não há volta a dar.
E isso é o que torna essa regra cósmica tão difícil de aceitar…
Se ao menos houvesse uma outra que nos permitisse voltar atrás caso a decisão não tivesse sido o mais correcta…
Mas não há.
Por isso, o que temos de continuar a fazer é a acreditar que as decisões que tomamos são as melhores. Ou, pelo menos, as possíveis. E acreditar que não nos vamos arrepender delas. Porque se decidimos a pensar que a seguir nos vamos arrepender não vale a pena.
Temos mesmo de acreditar que o estamos a ganhar é superior ao que estamos a perder.
E ter a consciência de que, se Deus nos está a fechar esta porta, pode até abrir-nos uma janela, mas aquela porta, aquela porta, nunca mais será aberta.

Diálogos

Eu para o P., que quis levar um cãozinho de peluche para a escola:
- Como se chama o teu cãozinho?
- passarinho e borboleta.
- E vai comer do teu pão, na escolinha?
Resposta do M.: Oh, mãe! É um cão de pano, não pode comer pãozinho!

Ainda eu para o P.:
- Dás-me um beijinho?
- dou mamã, um bem gôsso! (de grosso...)

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Borboletas. Porque sim.


Às vezes, à medida que vamos crescendo, vamos tendo mais dificuldade em sairmos das nossas rotinas.
E como nos sentimos confortáveis na vida que temos, nas pessoas que conhecemos, acabamos por não abrir a porta a pessoas diferentes. Não porque não merecessem entrar, mas porque custa conhecermos pessoas novas e darmo-nos a conhecer.
Deixar alguém novo entrar na nossa vida dá trabalho… implica tempo. Disponibilidade. E capacidade de perceber que às vezes vale a pena e outras vezes não. E estar disposta a aceitar precisamente isso. Que nem sempre vale a pena.
O certo é que para saber, para descobrir, é preciso abrir as asas. Abrir os olhos e os braços num convite à vida.
E, muitas outras vezes, é abrir os braços em direcção a pessoas que já conhecíamos mas que, de um modo ou de outro, deixamos num determinado momento de nós.
Pessoas que nunca nos deixaram, que estiveram ali, à nossa espera. Não no verdadeiro sentido da palavra, porque obviamente não estiveram inertes, mas porque sempre estiveram ali. Numa rua um bocadinho mais distante da nossa, mas a respirar o mesmo ar, a ver os mesmos filmes, a ouvir as mesmas músicas.
Descobrir aos quase trinta e cinco anos que há outras pessoas que valem a pena é uma bênção. Não que eu não desconfiasse, mas a verdade é que não me apetecia descobri-lo. Porque estava na minha vidinha confortável, já com tanto trabalho no meu dia a dia, que não tinha grande disponibilidade para novos/antigos voos (daqueles perdidos num determinado momento…).
E de repente, apesar do meu dia a dia (noites incluídas…) que continua caótico, passei a encontrar tempo onde não existia, a ter disposição e disponibilidade para perceber que vale a pena arriscar nas pessoas!Quase a um mês de fazer anos, é um bom presente antecipado.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Notas de fim de semana


Só uma nota de fim de semana:

1º: Está a decorrer uma feira do livro (saldo) no Palácio de Cristal. Tem livros antigos e menos antigos, tudo a muito bom preço. Claro que comprei livros para os meus principes, que bem merecem, os meus queridos!

2º. O filme "o estranho caso de Benjamin Button" é muito bom. Para além do Brad Pitt ser um regalo para os olhos e da Cate Blanchett estar lindíssima, vale mesmo a pena ver o filme. Sobre amores, encontros, desencontros e a benção de se estar vivo. De nunca se saber o dia de amanhã.
E já agora, pipocas! Não há como comer pipocas a ver um bom filme num sábado à noite.


Vão e divirtam-se!

Viagens e não só


Imagino que seja muito triste ir de viagem e não ter alguém a quem ligar para dizer que se chegou bem. Alguém que realmente nos importe e se importe connosco.
Não sentir saudades nem falta de ninguém. Não ter ninguém que sinta a nossa falta.
Não ter vontade ou pressa de regressar por não ter para onde nem para quem…
Isto a propósito de uma conversa que tive com um colega de profissão com quem já não falava há muiiiiiito tempo.
A meio da conversa, sobre projectos e expectativas para o futuro, disse-me ele que gostava de atravessar a Colômbia (seria?) de mota. Se eu também faria uma viagem assim
Eu? Não…
Teria demasiada vontade de regressar, demasiadas saudades. Três semanas são muito, muito tempo para estar fora…
Mas fez-me pensar no que quero ainda na minha vida.
E, curiosamente, não quero muito mais.
Quero viajar, sim. Mas a muitos sítios e nenhum em particular. O que eu gostava mesmo de fazer era de andar de parapente no Rio de Janeiro e isso já fiz!
Também já andei de balão, andei de avioneta…
Até já fiz um cruzeiro no Rio Nilo!
E já escrevi um livro, plantei várias árvores e tive não um, mas três filhos!
Sinto, muito honestamente, que não há muito mais que eu queira, para além daquilo que já tenho.
Porque sou, de facto, feliz com o que tenho.
O que eu quero mesmo é ter sempre vontade de regressar a casa, num sinal inequívoco de que tenho sempre alguém à minha espera e de que faço a diferença na vida de alguém.