A nossa casa sem o som deles é uma casa vazia.
Desde que fizeram mais ou menos um ano, aos sábados dormem na minha Mãe que é, literalmente, o nosso anjo da Guarda.
E é tão bom ficar com o V. em casa, no nosso silêncio de namorados, de casados antes de filhos!
Mas este silêncio é sempre interrompido pelas nossas conversas deles, pelas nossas lembranças, pelo nosso recapitular de histórias, de birras, de choros e de risos.
É bom ter um tempo só para nós (que vai obviamente acabar na terça-feira, uma vez que não podemos pedir a ninguém que nos fique com três crianças...), mas é bem melhor ter a casa cheia.
Deles. Das nossas impaciências, dos nossos maus-feitios, das nossas imperfeições, mas sobretudo dos nossos amores, dos nossos abraços, beijos e ternuras!
Adoro quando chegam a casa da escola e vêm a gritar o meu nome (ou antes: a minha condição de Mãe) e enchem a casa de sons e de barafunda.
Ontem esteve cá em casa a F. que disse que nunca imaginou que eles fossem assim: tão travessos. Mas felizes.
Abrem o sorriso às pessoas e ao mundo. Ainda que tímidos, se estivermos perto, riem e rodopiam sozinhos, no seu mundo feliz.
Que abençoada sou por terem chegado à minha vida!
No quarto deles, mandei pintar uma frase na parede: "E dois anjos caíram do céu". Porque é assim que eu e o V. nos sentimos desde o seu nascimento. Que nos caíram no colo, para transformar toda a nossa vida. Para nos transformarem a nós e nos tornarem melhores pessoas.
Quanto aos anjos... bem, não são bem dois anjos. Mas são os meus anjos. Os meus tesouros. A minha vida.
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