O aniversário da minha irmã foi no passado dia cinco e o meu será amanhã.
Duas datas muito próximas, mas com onze anos de diferença.
Talvez por isso, sempre me tenha sentido como uma quase mãe dela.
Não aos onze anos, quando era também uma criança, mas aos 16 ou 17 já estava preparada para olhar para ela não como uma irmã mais nova, mas como uma espécie de filha por quem eu também era responsável.
Não que fosse necessário. Os meus Pais primeiro e a minha mãe, ainda que sózinha, depois, sempre cumpriram lindamente esse papel, mas a diferença de idades era tão grande, que sempre me pareceu inevitável este sentimento de um amor maior que o de simples irmãs.
A A. sempre foi, é, e continuará a ser, o meu primeiro bébé, a minha princesa. Frágil, forte, linda de morrer, a minha menina.
Deve ter sido por isso que eu só tive filhos meninos. Porque a minha necessidade de meninas já está preenchida com ela. O lugar de princesa no meu coração já está ocupado e cativo: É dela, hoje e sempre.
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