Segunda-feira foi o meu primeiro dia de regresso (não ao futuro....) ao emprego.
Quando me vi, de manhã, sozinha, com três putos, todos a chorar por um motivo distinto, o P. e o M. a fazerem birra para não tomarem o pequeno-almoço, o P. a acabar por cuspir-me o iogurte para cima (apanhando, no seu raio certeiro, a roupa do irmão que achou imensa piada), e sairmos todos de casa amarrotados, descabelados e com muitas manchas na roupa, pensei:
- Que bom voltar a trabalhar!Finalmente livre destas pestes ambulantes!
Mas depois, ao longo de todo o dia, tive saudades. Do J. De lhe dar banho, de o ter perto sempre que queria, de assistir ás primeiras papas... De ir buscar o P. e o M. à escola. De irmos todos para o jardim brincar ou só passear... E claro que esqueci, durante este meu delírio saudoso, das birras, dos choros, das gritarias, das àguas e comidas entornadas, dos brinquedos espalhados, das bolachas esmigalhadas, dos conflitos....
Logo que cheguei a casa, fui a correr dar-lhes um beijo e disse-me o P.: - O mano hoje chorou à porta de casa. queria a mamã....
E, como é evidente, todo o meu saudosismo se concentrou naquele momento, naquelas palavras, na culpa de mãe que não está em casa para ir buscar os filhos ou, ao menos, para os receber em casa...
Dei-lhes muitos e muitos beijinhos, abraços e brincadeiras para colmatar um dia inteiro de ausência. Que não é suficiente.
E, depois, nova onda de birras, de choros, de gritarias, de àguas e comidas entornadas, de brinquedos espalhados, de bolachas esmigalhadas, de confiltos....
E uma vontade enorme, sempre a crescer, de que o dia terminasse e pudesse de novo ir trabalhar, apesar de descabelada, amarrotada e cheia de manchas!
- Ciclo estranho, este de Mãe...
quarta-feira, 2 de julho de 2008
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