Tenho muito poucas certezas em relação à educação dos meus filhos. E muitas, muitíssimas dúvidas.
Confesso que leio pouco sobre isso. Um bocadinho da revista de “Pais e Filhos” e não há tempo para mais. Apesar disso, tento conversar sobre outras mães, recolher experiências, ouvir histórias…
Continuo com dúvidas.
Sobre o momento de tirar a chupeta, o momento de tirar a fralda, o momento de ir para a escolinha, qual a melhor escolinha, que actividades frequentar, quando castigar, se e quando dar uma palmada, quando dizer não, quando dizer sim, quando ceder, quando ser inflexível, quando deitá-los sozinhos na cama, quando deixar a luz de presença ligada, quando deixar escolher a roupa, quando ensinar regras de convívio social…
Sei lá! São tantas as dúvidas que se vão acumulando no dia a dia que nem sei.
Mas, como em todos os outros aspectos da minha vida, tenho algumas certezas: Podem não ser correctas, mas são as minhas certezas. E é apoiada nelas que tento manter o difícil equilíbrio do meu dia a dia.
Tenho, por ex., a certeza, de que os miúdos precisam de regras. Quase tanto como de mimos. Precisam de regras e de rotinas. E tenho a certeza de que se não fossem as rotinas que já fui criando, não conseguia sobreviver um dia…
A verdade é que quando as rotinas falham, tudo se torna mais difícil.
Exemplo disso é o P.
Até agora, ficava na escola com a maior vontade e satisfação. Bastou um dia de doença em que o deixei ficar em casa, para que percebesse que é possível ficar em casa. E que é bom ter a atenção toda e mimos e brincar com os brinquedos dele durante todo o dia. Percebeu isso, e desde esse dia (semana passada), chora sempre que o deixo na escolinha. Porque não quer, porque quer ficar em casa, porque está doente e quer dormir…
Claro que passados 5 minutos já nem se lembra, mas esta quebra na rotina diária abalou a tranquilidade do retorno á escola…
Outra certeza que tenho é a de que só posso impor regras e ser inflexível se der muito mimo em troca. Os miúdos só aceitam as minhas imposições se, em troca, lhes fizer outras cedências. Por isso, dou muito mimo, muito colo, muito amor e cedo em muitos aspectos do nosso dia a dia, naqueles aspectos que acho que não são assim tão importantes, para que possa ser inflexível nos outros aspectos que acho que são realmente importantes.
Não sei se funciona. Não sei se é a melhor forma de educá-los. Mas sei que quando lhes ralho ou me zango, continuam a querer o meu colo, a querer o meu apoio. A minha Mãe costuma dizer que é “quanto mais me bates, mais gosto de ti”, mas a verdade é que isso me dá algum conforto para seguir em frente com esta lógica. Porque espero que eles percebam que os meus ralhetes não diminuem em nada o meu amor. Apenas o fortalecem porque faz parte da educação que quero para eles.
Sei lá!
Se ser mãe fosse inato, provavelmente não teria estas dúvidas. Tudo aconteceria naturalmente, sem ter de pensar nisso…
Como não é (pelo menos para mim), tenho de pensar. De repensar. De tentar fazer o melhor. E, ainda assim, com uma grande margem de erro…
terça-feira, 21 de outubro de 2008
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4 comentários:
Olá,
Li este post com especial atenção e, quanto a mim, na minha modéstia opinião não há melhor forma de educar do que aquela que está carregada de amor. O mimo nunca é demais!
Parabéns e ...muita alegria!
Um abraço
Acho que o que estás a passar é normal! Só quem não tem noção da importância da educação na vida futura é que não tem dúvidas e receios! Mas pela tuas palavras parece-me que estás no bom caminho!
Beijinhos
è o receio de muitas mães, eu também me pergunto muitas vezes se estou a dar boa educação.
Mas eu acho que está a dar uma educação muito correcta
bjs
eu tb concordo que muito mimo acima de tuso mas as regras fazem mesmo falta ..
bjinhos
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