Conversa entre os meus filhos mais velhos, hoje de manhã:
O P para o M.:
- Mano, emprestas-me o teu livro dos piratas?
- Não, mano, é meu. Tu tens o dos bombeiros.
- mas eu queria ler o teu!
- não P., não empresto.
- Tu és mau! Oh mãe, o M. é mau! (em grande choradeira)
Intervenho eu:
- Não é mau, filho, mas foi ele que escolheu o livro. Pede-lhe com jeitinho que pode ser que ele te empreste:
- Dá-me o livro!!! (muito alto e com maus modos).
Diz o M. – Não é assim mano. Pede por favor. E baixo!
P.: - emprestas-me o livro por favor?
O M: - Diz obrigado.
- Obrigado Mano, emprestas?
- Empresto. Mas senta-te no Banco.
E o P. lá se sentou no Banco.
- Agora põe as pernas para fora, viradas para a Televisão.
E o P. lá pôs as pernitas na posição solicitada e voltou a perguntar:
- Emprestas-me o livro, Mano?
- Empresto. Mas vamos fazer uma magia!
E pôs-se a correr, a fugir com o livro na mão.
O P. correu atrás dele: Onde vais mano?
- Vou esconder o livro e tu encontras…
Andaram a correr de um lado para o outro e passado um bom bocado, como já estavam caladíssimos, perguntei:
- Está tudo bem?
Respondeu-me o M.:
- Está tudo muito bem, mamã!
Fui ver o que estavam a fazer e estavam no quarto de brincar, em cima de uma cadeira, a tirar todos os livros da estante e a atirá-los para o chão.
E o livro dos piratas, aquele que ambos queriam, atirado para um canto, sem nenhum deles lhe ligar nenhuma…
terça-feira, 18 de novembro de 2008
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1 comentário:
É de facto notável. Não fosses tu a escrever, eu até duvidava.Ser gémeo deve ser uma experiência única. Pelo menos para os Pais é.
Ainda bem que te lembraste de escrever estas lembranças, para que nunca sejam esquecidas. Excelente ideia a tua, com aliás a grande maioria delas.
Bjos. V.
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