terça-feira, 13 de abril de 2010
Se eu escrevesse uma declaração de amor, gostava que ela pudesse ser assim:
Gosto de ti
por me conheceres e aturares o meu mau feitio
por me deixares decidir milhentas coisas sem ares de machão, mas estares sempre pronto a decidir quando eu não quero ou não posso ou estou simplesmente cansada
Por me massajares os pés no final do dia e nunca achares um aborrecimento fazê-lo
Por nunca me deixares adormecer sem me dizeres o quão sou importante para ti
Por me abraçares durante a noite mesmo que estejam 40 graus e nenhum de nós aguente tanto calor
Por olhares para mim todos os dias como se fosse a primeira vez
Por me amares assim, incondicionalmente, apesar dos maus dias que tenho
Por achares que eu sou o teu milagre
Por me mimares muito, sempre
Por todos os dias me acordares com um bom dia de amor
Por me deixares escolher a tua roupa e achares sempre que tenho muito bom gosto
Por me tratares como uma princesa
Por estares atento e saberes sempre o que me oferecer de presente
Por estares bem com os meus amigos e nunca me pedires para os deixar. Por os aceitares sempre no nosso meio, quando percebes que é importante para eles e para mim
Por me dares liberdade e espaço
Por me encheres de flores mesmo sem motivo algum
Por estares sempre disponível para me acompanhar, seja em trabalho seja em lazer
Por gostares de todas as pessoas que eu gosto
Por aceitares as minhas imposições de tempo e de vontade
Por, no final de um dia difícil, te abandonares, sem complexos, nas minhas mãos
Por não teres medo de chorar no meu colo
Por respeitares o meu trabalho e te orgulhares daquilo que faço enquanto profissional
Por fazeres um esforço para não me deixares sozinha mesmo quando ambos sabemos que é quase impossível estares presente e, mesmo assim, apareceres
Por me admirares em todas as dimensões de mim enquanto ser humano
Por seres um abraço, um afago, um consolo
Por me salvares de mim mesma, tantas vezes
Por ires comigo ao cinema quando eu sei que não tinhas a menor vontade
Por me ajudares com as compras, com o jantar, com os miúdos e a vida em geral como se isso fosse uma partilha normal e não um obrigado que eu tenho de te dizer
Por te preocupares comigo
Por não me deixares mesmo quando eu, tantas e tantas vezes te digo para ires embora.
Por teres sempre tempo para estares comigo
Por seres meigo , delicado e atento.
Por conversares comigo e partilharmos gelados
Por te deitares comigo na relva de um jardim público qualquer a olhar as nuvens e a dizer disparates
Por ires dançar comigo pela noite fora quando eu tenho vontade, mesmo não tendo tu vontade nenhuma de dançar
Por me perdoares as maluquices, os disparates, as infantilidades. Sempre.
E por gostares de mim daqui até ao infinito e voltar.
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