A tarefa de educar é difícil
Percebo, por isso, quão mais confortável é nada dizer. Não pensar. Não fazer. Não se preocupar.
Percebo e algumas vezes (poucas, mas algumas ainda assim), apetece-me desistir.
Naqueles dias em que até de mim me canso, em que me ouço dizer não e não e mais não e me vejo a tomar decisões difíceis e incómodas, era tão mais fácil desistir.
Educar dá trabalho. E dores de cabeça, e faz-me, tantas vezes, doer o corpo e a alma.
Queria saber tudo de cor. Queria ter nascido a saber ser mãe. Queria ter alguém que me dissesse, com segurança absoluta: vai por ali. E eu ia…
Porque é tão mais dificil decidir. Escolher qual o caminho…
E sempre com a sensação de que o tempo passa e é agora que podemos intervir. É agora que podemos encaminhar. É agora que podemos ajudar a natureza e dar um empurrãozinho na formação de adultos sério, equilibrados e felizes.
Tenho a sorte de ter três meninos doces e bons. Doces e meigos e inteligentes. Mas não tenho a veleidade de achar que são perfeitos. Claro que não são. Não são os mais inteligentes, nem os mais bonitos nem os que dançam e cantam melhor, nem os mais organizados, nem os mais limpinhos (de longe, aliásJ) nem os mais obedientes, nem os mais nada…
Mas são meninos bons. E são os meus meninos. Que nasceram de mim e vivem agora em mim. E que, não tendo a sorte de terem uma mãe perfeita (Deus Meu… quão imperfeita sou eu enquanto pessoa e enquanto mãe…), têm pelo menos uma mãe que se preocupa. Que não é, nunca, omissa. Que toma decisões, que diz não, que encaminha, que tenta encontrar soluções.
Que luta todos os dias para encontrar o equilíbrio entre mãe amorosa e mãe educadora, entre mãe liberal e mãe que impõe limites…
oh… seca… tão mais fácil se eu fosse perfeita…
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
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