O amor é um lugar estranho

A Sofia copolla é que tinha razão: O amor é mesmo um lugar estranho...

A propósito: Já viram o filme? Se nao viram, vejam. Lindo, lindo de morrer.

E o "morrer em Las vegas"?

Sem dúvida alguma, um dos meus filmes favoritos.

Vejam e digam-me alguma coisa!

Já agora: Alguém já leu o livro "o primeiro amor" de Samuel Beckett?

Eu nao li. Mas gostava. Porque continuo sem perceber como é que alguém, a uma pergunta tão simples como: Como sabes se me amas?, responde: - já leste o primeiro amor de Samuel Beckett?

- Como?????

Mas quem é que já leu Samuel Beckett? Aliás, quantas pessoas sabem que ele alguma vez escreveu alguma coisa?

Gente tão estranha no mundo... Neste e no do amor.

Estranho.... muito estranho mesmo!

Mas já agora, pelo sim pelo não, mais vale ler o livro... depois de ter visto tantos filmes de amor, mais vale ler o livro e fazer de conta que se percebeu a profundidade da coisa...

Ah, outro muito bom: ligações perigosas. E "Idade da Inocência".

Acho que estes quatro são os meus filmes de amor favoritos. Pelo menos, são os de que me recordo sem pensar muito nisso.

Sim... o amor é mesmo um lugar estranho!

Podia explicar-te que às vezes a vida é apenas aquilo que é e não aquilo que devia ser, mas isso já tu sabes.
Podia explicar-te que às vezes nos perdemos de nós e não sabemos como nos reencontrar, mas isso também tu já sabes.
Podia até explicar-te que às vezes, por muito que se queira, não é possível voltar atrás, mas até isso tu já sabes.
Por isso, em vez de te explicar o que já sabes, queria apenas dizer-te que, para mim, independentemente de quaisquer palavras, serás sempre poesia.

Sobre nada

Era bem mais fácil que a vida fosse fácil. É que era bem mais fácil…
É tão claro, tão verdadeiro, que não sei como é que ainda ninguém tinha pensado nisso:
Que para ser fácil, bastava que a vida fosse fácil!
Mas não é.
O que é um problema porque não sendo a vida fácil, é difícil vivê-la…
Então não era mais fácil que ela fosse logo mais fácil?
Mas quem é que decidiu inventá-la difícil?
Caramba!
O que sei é que há alturas em que não podemos fazer mais nada a não ser deixar-nos ir. E esperar que, em algum momento, tudo se torne mais fácil.
O que, convenhamos, não deve ser muito fácil!

Galinhas sem tecnologia associada? Que aborrecimento!

O P. e o M. trouxeram da escola o trabalhinho de Páscoa que é uma flor para dar aos padrinhos e um postal com uma galinha para os Pais.
Conversa entre os meus pintainhos, a propósito da galinha:
M. – oh, mano, essa galinha não faz co-co-ró-có-có!
P. – Pois não, M., não tem um botão para carregar!

(Pois claro! Não é por ser apenas um desenho e não ser real! Não… é por não ter um botão! Mas alguém duvidava??????)

A preto e branco

Para mim é sempre tudo preto ou branco. Tal como o meu filho M., que nisso é muito parecido comigo, dificilmente consigo admitir o cinzento.
Tenho, e sempre tive, uma dificuldade muito grande em lidar com meios tons: ou é branco ou é preto. Ponto.
Mas a verdade é que, racionalmente sei que o cinzento existe. Que nem sempre as coisas são tão claras, transparentes e exactas como eu queria.
Diziam-me ainda hoje que eu nao mudei nada em mais de 10 anos. E é verdade. Mudei mesmo muito pouco. Continuo intransigente e com a terrível mania de achar que eu é que estou correcta.
Mas muitas vezes não estou. E estou sinceramente a tentar ser uma pessoa melhor. A não julgar as pessoas apenas pelos meus critérios, de acordo com os meus principios de preto e branco. A viver, eu própria, fora desses limites pouco coloridos pelos quais sempre me regi.
Nao tem que ver com vida pouco colorida! nada disso... Tem que ver apenas com principios de vida, com certezas minhas que adoptei como certas e que, de algum modo, me protegem, me seguram. Porque é bem mais fácil viver conhecendo as regras, do que nao tendo nenhumas...
enfim, estou a tentar deixar que o cinzento entre na minha cabeça (não na minha vida, que já é uma paleta de cores!) E acho significa que, apesar de tudo, estou mais sensata. Sim, acho que em 10 anos fiquei mais sensata, mais serena. Cresci. Nao tanto como gostaria, mas cresci. adquiri a capacidade de ouvir, de perdoar, de entender motivações.
Nem sempre é fácil. Tenho muitas vezes a natural tendencia para fechar a porta quando alguma coisa nao me agrada. Para decidir sem pedir ou ouvir opinião... mas estou a tentar melhorar. Porque há pessoas que merecem ser ouvidas. Que merecem que se lhes dê a hipótese de se explicarem...

A ver vamos o que consigo fazer com estes novos meios tons...

Sobre a inteligência nas Mulheres e a sua falta nos Homens

A frase diz: "Sei que não serás tão inteligente como a Mulher, por isso toma este acessório para que pense por ti".

(...)

E não é que pensa mesmo?

A escolha da escola

A decisão sobre a escola que o P. e o M. deviam frequentar não foi propriamente fácil.
Sempre achei que devia ser uma escola internacional, que leccionasse num idioma que não o português, para que desde cedo adquirissem uma ou mais línguas estrangeiras como se fossem a sua língua mãe.
Apesar disso, quando tivemos de escolher a escola, encontramos alguns obstáculos. Se Por um lado a école francaise não me agrava muito, o colégio inglês era demasiado caro e o colégio Alemão – desde sempre o meu preferido – tinha a língua alemã da qual não percebo rigorosamente nada!
Falei com algumas pessoas, professores, alguns antigos alunos do colégio Alemão e esse sem dúvida alguma reunia todas as minhas preferências.
Apesar disso, continuava com um grande inconveniente: A minha total ignorância no alemão.
Tendo esse facto como assente, acabamos por procurar alternativas, tendo eu conseguido que os miúdos fossem para a minha segunda opção: um colégio pequenino, perto de casa, com um ambiente muito familiar, poucos alunos, muitos educadores e auxiliares.
Até ao momento, estou satisfeita. Bastante satisfeita. Não acho que seja um colégio que traga grandes mais valias (não tem uma língua estrangeira mãe nem, que eu saiba, nenhum método especial de ensino) mas é um sitio em que os meus filhos se sentem bem e no qual eu os deixo de coração muito tranquilo.
Gosto muito desta escola, mas não deixo de sentir sempre uma pontinha de dúvida sobre se terei tomado a opção correcta.
Foi, por isso, que fiquei contente quando hoje, ao deixar os miúdos na escola, vi que o Presidente da Câmara também estava lá a deixar a filha dele.
Não por ele ser o presidente da Câmara, mas porque sei que ele estudou no colégio alemão. E se ele estudou no colégio alemão e, apesar disso, escolheu esta escola para a filha estudar isso tem de ter algum significado, certo?
Não é fácil começar a decidir pelos filhos tão cedo, começar a definir o futuro deles quando ainda são tão pequeninos, por isso, sempre que a minha escolha é corroborada, fico feliz. (do mesmo modo que fiquei ontem quando uma vizinha minha, professora no colégio alemão e cuja irmã é a sua directora, me disse que eu tinha feito uma boa escolha com a escolinha dos meus filhos).

Amor eterno

Só para que conste, e sem nenhuma razão em particular:

Acredito no amo eterno, sim.

o helicoptero

Hoje, num elevador daqueles mais compridos, disse-me o P:

- Este elevador é mesmo grande mamã! parece mesmo um helicoptero!

... sem comentários!

Outra vez o Vaughn

Esperem lá: Como é que o Vaughn passou de repente a ser Michaux e é dos maus????
Alguém me explica como é que ele pode ser dos maus?
Nao está certo, caramba!
Lá se vai a minha fé nos pedidos de casamento lindos feitos em voo de helicóptero, mesmo antes de uma missão ultra perigosa para salvar a ordem mundial!...
Há cada uma!

Nota: Ainda acredito que seja apenas uma manobra de diversão e que afinal o bom que afinal era mau seja, no final, realmente bom.

Respostas

Então aqui vão as respostas ao desafio das verdades e mentiras... Claro que o único que acertou em todas foi o V., mas ele tinha uma grande vantagem competitiva porque conhecendo-me desde os 17 anos, é evidente que nao temos segredos um para o outro...

Ora pois então:

1. Gosto de tripas à moda do porto - Gosto pois! Sou uma verdadeira mulher do norte, carago!
2. Nao gosto de andar de avião - mentira. Gosto e muito porque significa que vou viajar, que adoro.
3. Tenho medo de experiências novas - Nao, nao tenho. Claro que nao quero experimentar tuuuuudo, mas sou, por norma, mente aberta...
4. Já traí um namorado - Pois já. Mas nao devia tê-lo feito e ele nunca soube. Apesar de ser feio trair, pelo menos nao o deixei a sentir-se mal...
5. Nunca copiei na escola/faculdade - mentira! copiei uma vez num exame de economia II mas senti-me tão mal que jurei que nunca mais!
6. Adorei estar grávida - mentira! nunca gostei de estar grávida. Nao gostei do estado, das alterações de corpo, das roupas, de nada. Só mesmo dos filhos que daí resultaram!
7. Na escola primária a minha professora dizia que eu era uma aluna de "craveira excepcional" - verdade, vejam lá bem! Mal sabia ela que me transformaria numa pessoa absolutamente mediana...
8. Nunca apanhei uma bebedeira - Mentira. Apanhei uma numa festa de queima do 3º ou 4º ano.
9. Gosto muito de café - Mentira. gosto do cheiro e gosto de um pequeno sabor no leite, mas nunca sózinho! Foi essa, alías, a primeira afinidade que eu o V. encontramos, aos 17 anos...

E aqui está! pena não ter segredos escabrosos! a minha vida seria certamente mais interessante para os outros!

As estações do ano para quem tiver dúvidas

Não há mesmo nada de mais doce do que ouvir os diálogos dos meus filhos.
Hoje fui buscá-los à escola e no caminho para casa, encontramos umas flores no chão:
P.: - Olha Mamã, flores no chão!
Eu: - caíram da árvore.
M.: - Não pode ser mamã! Na Primavera as flores não caem das árvores! isso é no inverno...
Eu, outra vez, encantada com este meus filhos lindos: E então na primavera?
M.: - Na primavera pomos o chapéu para nao apanharmos sol, mas vestimos o casaco porque ainda está frio.
P: - E no Verão vamos para a praia e para a piscina!

Pois é: Para quem tinha dúvidas, as estações do ano, pelo menos para os meus filhos, ainda são como eram antes!

E para além disso, VIVA A PRIMAVERA. Porque sim, porque sim!

Pedidos de casamento e disparates afins

Mais alguém viu o episódio de ontem (ou de hoje à pouco, antes da meia-noite) da "Vingadora" em que o Vaughn pede a não sei das quantas vingadora em casamento?
É que ele é mesmo lindo! E não sei porque nao faz mais filmes. A sério! nao posso ser só eu a achar isto, certo?
Depois, o pedido:
" Ás vezes acordo antes de ti e fico a admirar-te. E a pensar na pessoa extradordinária que és e na sorte que tenho por te ter a meu lado..." Se nao foi assim, foi qualquer coisa do género.
E eu pensei: Bem podia ter sido uma declaração á Hugh Grant: " My life without you is like a broken pencil: unuseful (falta-me aqui alguma letra, de certeza!)"
Mas com aquela carita, o que é que interessa? foi lindo e acabou-se.
E depois disto só consigo pensar: Como é que eu tenho sempre tanto para escrever? E sobre tanta coisa inútil?
Devo mesmo ser uma pessoa muito interessante...
Ou, como diria o V., num dos nossos primeiros encontros: deves mesmo ter muitas qualidades, eu é que ainda nao encontrei nenhuma!
(valeu-me ao menos ser gira, que deve ser o que me vale ainda hoje...)

E de repente, lembrei-me: o meu pedido de casamento (o pedido a sério, aquele que eu aceitei) teve direito a restaurante, pais de um lado, pais do outro, tulipas brancas... tudo como manda a tradição, mas sem uma frase que me ficasse realmente na memória!
Tenho de trabalhar isso...

Enfim, até amanhã que isto já deve ser muito sono!

Verdade verdadinha!

Ora aqui está! Só quem sabe onde prefere estar, pode deixar o que tem.

E para se estar onde se prefere, é preciso luta. É preciso empenhamento de corpo, de alma e coração. Uma decisão completa. A nao ser assim, lá teremos de ficar onde estamos, porque não merecemos mais.

E mai nada, minhas senhoras e meus senhores!

É impressão minha ou tudo está muito caro???? Ou: ter três filhos é uma maluqueira?

Outro dia fui comprar sapatos para os miúdos, de nova estação: €150,00 que deixei na sapataria.
Hoje fui comprar chapéus para os mais velhos: Mais €40,00.
Esperem lá! 8 contos, em moeda antiga, por dois chapéus?????
É impressaõ minha ou é muito dinheiro?
É que isto de ser em euros, às vezes nao dá bem a noção das coisas...
Dois chapéus são dois pedaçinhos de tecido que servem para eles levarem para a piscina e pouco mais. Molham-se, enrugam-se, estragam-se e no final do Verão vão para o lixo porque o uso é tanto que nao dá para guardar para o J.
com os sapatos é igual. comprei agora para o J. uns sapatos de meia estação, sendo certo que daqui a dois meses terei de comprar uns mais abertos, por causa do calor... dois meses? 50, 60 euros para dois meses? multiplicado por três é uma autentica renda! E sapatos também nao se aproveitam... primeiro porque em rapazes pequenos se estragam muito rapidamente e depois por causa do formato do pé...
Como é possível ter três filhos, pergunto eu?
Claro que depois se admiram que a taxa de natalidade seja baixa...
Com estes preços, pudera! Nao há mesmo orçamento que resista...
Enfim, desafos de Mae que acaba de vir das compras e nao deixa de se admirar com os preços que se praticam...

Nota: Eu sei que posso comprar panamás mais baratitos, mas:

1. Os chapeus têm de durar a primavera/verão

2. têm de levar com terra, relva, lama, ir à piscina, levar com cloro e água salgada, serem lavados vezes sem conta e ficaram impecáveis até ao fim da estação

3. têm de ser neutros, bonitos, com abas largas para proteger do sol, adequados a dois meninos de 3 anos mas com tamanho para 10 anos ... Sei que pode parecer estranho, mas tenho filhos de cabeça grande! é que nem parece, olhando para eles, mas, também neste caso, o tamanho nao engana! 8-10 para o M., 10-12 para o P....

Verdade ou inverdade?

Há muito que tenho visto este desafio noutros blogues.

Acho engraçado mas ainda nao tinha tido a oportunidade de pensar bem nele.

Tenho de aqui escrever 9 factos sobre a minha vida. seis serão mentira e três verdade. Depois vocês têm de descobrir as diferenças.... Enfim, acho que é mais ou menos assim...

Então aqui vai:

1. Gosto de tripas à moda do porto

2. Nao gosto de andar de avião

3. Tenho medo de experiências novas

4. Já traí um namorado

5. Nunca copiei na escola/faculdade

6. Adorei estar grávida

7. Na escola primária a minha professora dizia que eu era uma aluna de "craveira excepcional"

8. Nunca apanhei uma bebedeira

9. Gosto muito de café

E pronto, já está! Se alguém quiser tentar adivinhar, depois revelo aqui os meus segredos...

Ao Pai dos meus filhos

Parabéns!

Sei bem como é fácil perder-se no meio de tanta exigência, de tanto ruído, de tão pouca vida própria.
Sei, também, que, apesar disso, fazes um esforço para fazeres o correcto. E que, quando não o fazes, percebes e ficas triste por não ter feito melhor.
É difícil viver à altura das expectativas de três crianças que te amam de paixão e que te absorvem completamente…
Mas, ainda assim, e muito embora de forma muitas vezes atabalhoada, estás aqui. Tens estado sempre aqui para eles.
E é por isso que os meus filhos têm muita sorte de te ter como Pai. Porque não desististe de ser Pai deles quando era bem mais fácil ter desistido. Porque continuas a tentar corresponder ao que eles merecem. Porque queres ser mais na vida deles. Porque queres crescer com eles, em simultâneo com o crescimento deles em ti.

Sei, de uma certeza absoluta, que os nossos filhos te consideram o melhor Pai do mundo.

E o meu desejo, para ti e para eles, é que continuem sempre a amar-se como hoje.

Ao meu Pai

Paizinho

Nada do que dissesse te faria suficiente justiça.
Continuas a acompanhar-me com a tua imagem, com o teu amor, a tua generosidade de pai infinita. Continuas a ser o meu modelo de Pai e a tua falta é, sem dúvida alguma, a maior dor que já senti.
Amo-te hoje tanto como no dia em que, contra a tua vontade, te foste embora e sei que estás no céu a tomar conta de todos nós.
Parabéns!
Foste, mesmo, o melhor Pai do mundo!

A mamã é uma jóia

Ontem, perguntei eu ao meu filho M.:

- A mamã é a tua princesa, não é meu amor?

- não, mamã, és a minha joia!

Pois claro! onde é que estava a dúvida????

A vida não é cómoda, pois claro que não! Por isso é que se chama Vida, certo?????

Há pessoas que perdem as suas vidas por puro comodismo. Porque não se querem esforçar, não querem lutar, preferindo optar pelo lado mais fácil.
Provavelmente porque sempre tiveram tudo de mão beijada, nunca tiveram de se esforçar por nada.
E, de repente, perdeu-se. A vida, a alma, o sentido. Mas não faz mal, porque é mais cómodo.
A idade passa, o tempo avança e nada se fez para mudar o rumo àquela história, mas ainda assim não faz mal. Ao menos, é mais cómodo.
Não tiveram de pensar muito, de raciocinar, de sentir, de sofrer, de rir, de nada. Mas é bem mais cómodo ainda assim….

Eh, pá! À m. com o comodismo! O que é que é preciso para que se perceba que a vida não é cómoda?
Não é, não senhor. É difícil. Tem dias bons e dias menos bons, há dias (e noites) em que é preciso muita vontade para nos manter-nos à tona, mas é mesmo assim.
É sinal de uma vida cheia. Que não é cómoda mas é vida!
Que não é cómoda mas não é vazia, desprovida de sentido, de sentimentos, de preocupações, de carinhos, de zangas, de maus humores, de cedências e nem tanto, de desamores e de amores verdadeiramente sentidos.

Hoje, só quero ser capaz de ter este sentido de vida durante muitos e muitos anos. Querer, com toda a minha força, viver. Ser feliz. Sentir-me plena. Aos 35 anos e pela vida fora.
E conseguir transmitir esta força aos meus pequerruchos para que não se transformem em pessoas acomodadas e de mal com a vida.

Os meus filhos e as vacas

O P. quer sempre levar um brinquedo para a escolinha.
Um dia destes queria levar duas vacas de peluche que o V. lhes trouxe (uma para ele e outra para o irmão) da Suiça.
Disse-lhe eu:
- Oh, filho, as vacas são exactamente iguais. Leva só uma!
- Mas, oh mamã eu gosto tanto de vacas!

Começa cedo este meu filho!!!!!!


No Sábado passamos por um cão, relativamente grande (nem era assim muito)
Disse-me o M.
- Olha, Mãe aquele cão parece mesmo uma vaca!
- É tão grosso!

(pois, sei lá! Não tenho muito a dizer sobre isto…)

O meu Bébé J. começou a andar!!!!

A grande novidade deste fim de semana foi que o J. começou a andar.
Ainda muito timidamente, com seis, sete passos seguidos, mas a verdade é que já está cheio de vontade e começou! Muito mais cedo do que eu imaginava, porque os irmãos só começaram a andar em Maio, com quinze meses, o que mais uma vez demonstra que casos não são casos e que as crianças são todas diferentes umas das outras.
Está tão crescido o meu bebé (ou quéqué ou balancé como os irmãos lhe chamam – vá-se lá saber porquê!)
E a grande novidade aconteceu no sábado, num parque infantil na ribeira de Gaia.
Que bom eu poder estar lá para contar e vivenciar mais este marco na vida do meu pequerrucho!
No Domingo de manhã fomos, eu e os meus príncipes mais velhos (e a minha irmã) à mini-caminhada do Pai, organizada pela SportZone.
Foi realmente giro.
O tempo estava óptimo, quente e sem vento e o ambiente muito engraçado, com uma série de pais e mães a partilharem com os seus filhos uma actividade diferente, num momento que os miúdos vão querer recordar.
E, quando à noite ouvi uma notícia sobre uma família que, tendo vindo passear para a praia viu as suas crianças serem levadas pelo mar, tendo perdido uma delas (pelo menos hoje de manhã ainda não a tinham encontrado), mais uma vez sinto a bênção que é ter a possibilidade e a vontade de partilhar com os meus bebes todos os seus momentos, ainda que muitos incluam choros e birras…
Imaginar a dor que seria perdê-los, não estar com eles, não os ouvir todos os dias, causa-me já tal sofrimento que não consigo sequer pensar na dor daqueles pais que perderam um filho quando apenas pretendiam dar-lhe uma tarde boa…
E tantos de nós (eu incluída) que tantas vezes só queremos um pouco de sossego, um pouco de silêncio… Que estupidez! Quando essa falta de silêncio é precisamente evidência de partilha, de crescimento, de desenvolvimento conjunto! Como poderia eu trocar os primeiros passos do meu filho J. por um momento de silêncio? Como poderia eu trocar uma manhã bem passada com o P. e o M. por uma momento de sossego????
Não! Não poderia… Porque me apetece viver com eles o máximo de tempo que nos for possível e criar imagens e memórias boas. Que, mais tarde, vamos recordar com carinho e verdadeiro amor.

Hoje, ainda, o meu pensamento estará com a tal família. Que consiga sobreviver a esta tragédia e aceitar com serenidade a vida que nem sempre é justa

Para quando a tomatina????

Eu sei que nem todos somos do Porto (para óbvia infelicidade de quem não é...) mas aqui vai uma excelente oportunidade para uma visita à invicta...

Eu vou, nao tenho dúvidas!

Um dia destes chegamos à tomatina...

Notas à imagem em anexo que mal se vê:

1. Batalha de almofadas dia 4 de Abril de 2009, às 18h00 em ponto, nos Aliados

2. Tragam almofadas macias dentro de sacos ou mochilas, apenas as tirando cá para fora a poucos minutos das 18h00. Pontos extra se forem de penas

3. É proibido lutar com outros objetos pesados, assim como armadilhar as almofadas.

4. Só podes atacar quem tiver almofada, e caso peçam para parar, tu paras.-a luta não tem hora marcada para acabar, apenas dependendo de nós.

5. Não deixem as almofadas para trás; temos que deixar o local minimamente limpo

O Avozinho A. está nas nuvens...

Outro dia à noite, no momento de rezar ao Jesus e agradecer por tudo e mais alguma coisa (o P. e o M. gostam especialmente de agradecer pelas prendas…e agradecem todos os dias, ainda que não tenham recebido nenhuma…), estávamos a pedir saúde e alegria para todos (incluindo os vizinhos, a pedido expresso do Sr. Padre da nossa freguesia que me encarregou de rezar pelos moradores da minha Rua), perguntou-me o P:
- E o teu Pai, mamã?
- O meu Pai está no céu.
- Com os aviões?
- Sim
- Então está no tecto? (isto porque no tecto do quarto estão pintados aviões….)
- Não filho, para além do tecto, está mesmo no céu, nas nuvens.
- E não cai?
- Não, está em cima das nuvens, a tomar conta de nós…

E é que está mesmo, meus amores! Está mesmo…

A propósito do primeiro dia de ginásio (de ginásio e nao de ginástica, certo????)

Ainda não tinha aqui contado como foi o nosso primeiro dia no ginásio:
Aqui vai:

Correu bem.
Eu e a G. lá fomos, cheias de boa vontade e decidimos começar pelas máquinas (que ainda não estamos psicologicamente preparadas para aulas…).
Primeiras impressões:
1º. O nosso instrutor (é assim ou treinador???? Ou se calhar personal trainer, que é muito mais chique!) chama-se Júnior. E garanto-vos que de júnior não tem nada… Aliás, quem precisava de exercício era ele!
2º. Quando estava numa máquina de trabalhar as pernas, perguntou-me o Júnior se eu estava a sentir trabalhar a parte do rabiote (serão os glúteos????). Disse-lhe eu que sim. Disse a G. muito repentinamente: - mas eu também queria sentir isso no meu rabinho!...
Gargalhada geral seguida de muita galhofa…
E o Júnior ficou logo a ver com o que podia contar nos próximos tempos: muita galhofa e pouca ginástica!
Enfim… perdemos o respeito logo no primeiro dia de aulas!
Conclusão do final da aula: Esqueci os chinelos, o gel de banho, a escova… e temos de ir às compras comprar um fato de treino sexy! Sim, que isto de ir para as aulas de fato de treino discreto, tipo dona de casa não está com nada!
É escolher um fato bem giro e justo, que dê mais vontade de ir às aulas!
E como diria o A.: lá inventaram elas mais um pretexto para ir ás compras!
Ora, ora… para quê a ginástica se não pudermos ir às compras e comer chocolates???? (mais do que eu já comia, que cuidado com alimentação é coisa que não sei bem o que é….)

Ressaca pós aniversário

E o meu dia de aniversário passou…
É oficial: Tenho 35 anos. Parece muito… mas sinto-me como uma adolescente tantas e tantas vezes e comporto-me como uma, outras tantas…
Não sei como posso ter a meu cargo três filhos e educá-los bem quando eu sou ainda, tantas vezes, uma criança… A brincar com a vida. A brincar pela vida…
Enfim!
Foi um dia muito bom.
De manhã trabalhei mas tirei a tarde pelo que, com o sol óptimo que estava, tudo correu bem. Fui almoçar a um sítio muito bonito, depois fui comer um gelado e à noite as pessoas de quem mais gosto estiveram comigo a cantar-me os parabéns.
Recebi prendas, claro, mas o mais importante são mesmo as pessoas. E essas estiveram lá, a festejar comigo mais um ano de vida!

Nota: Obrigada por todas as mensagens de parabéns! É muito bom receber carinho e amizade em qualquer dia do ano, mas no nosso aniversário sabe ainda melhor.

Parabéns a mim que também mereço!

Hoje é o dia do meu aniversário.

Ah, pois é: 35 aninhos! nem mais nem menos!

Quem me diria, há uns anos atrás, que eu estaria aqui, com esta idade?

Só novidades... Só surpresas...

Eu que aos 3 anos queria ser bailarina, cientista ou pintora, que aos 6 queria ser advogada, que aos15 anos queria ser poeta e aos 20 anos queria ir dar aulas para Moçambique... Quem iria adivinhar que aos 35 continuaria no Porto da minha alma, como advogada de empresa, estaria com três bebés no coração e a escrever num blogue, numa vida o mais burguesa possível?

Até para mim é uma surpresa completa!

Mas uma surpresa boa! Muito boa! Nao trocava estes meus últimos 35 anos anos de existência por nenhuma outra vida e nao lhe mudava um milimetro que fosse (com excepção feita à morte do meu Pai).

Não sei onde vou estar daqui a dez anos. Pelo que vi até agora, bem posso estar no brasil a vender cocos... também seria uma surpresa...

Mas sei o que quero hoje, neste meu aniversário:

Sentir-me em paz. Porque isso significa que tudo o resto está bem, comigo e com as pessoas de quem mais gosto.

Quanto ao resto, insignificante.

O meu melhor presente, já tive hoje de manhã: estar com os meus maiores amores e receber um beijo de todos eles.

Só posso mesmo agradecer à vida ter-me feito chegar até aqui com tantas coisas boas e bonitas!

E até o sol me veio brindar com o seu sorriso...

Sobre violetas ou sobre como as sogras podem ser nossas amigas!

Ontem quando cheguei a casa, os meus principes mais velhos tinham, cada um deles, um ramo de violetas para mim.
Adoro violetas. Desde sempre. Adoro a cor, adoro o cheiro, a simplicidade e adoro as memórias que me trazem. De poeta, de sonhadora, de adolescente, de actriz de teatro, de locutora de rádio, de amigas bailarinas, de poemas, de canções, de mais poemas e de mais canções. E memórias ainda mais antigas, da minha primeira casa onde nasciam violetas no quintal. A casa era pequena e não especialmente bonita, o quintal também nem era assim tão grande, mas foi a casa onde nasci e de onde passei os primeiros 26 anos da minha vida. Da casa não tenho saudades. Mas foi lá que fui criança feliz. Lembro-me das violetas pelo cheiro, pela saudade desse tempo de menina que já lá vai mas que me permitiu ser hoje uma pessoa tão equilibrada.
Obrigada sogra!
Sim, foi ela que deu as flores aos meus filhos para me darem a mim, do mesmo modo que no dia dos namorados deu uma rosa a casa um dos meus filhos para eles me darem a mim.Como digo desde que me casei: posso até mudar de marido, mas de sogra nunca!

Nota: sei que isto das sogras nao é consensual e que a maior parte das mulheres nao gosta das suas, mas que hei-de fazer???? nao posso falar mal da minha! É realmente um amor e uma grande amiga!

Este foi um fim de semana agitado.
A minha avó paterna fez 90 anos e no sábado fomos à sua festa de aniversário. Os miúdos divertiram-se imenso e eu tive oportunidade de rever primos que não via há um montão de tempo. Muito, muito bom.
No Domingo fomos à piscina pela manhã. O J. ainda não foi mas o P. e o M. divertiram-se imenso.
Adoram água e adoram a companhia do Pai.
De tarde fomos brincar no parque e comer um gelado. O dia estava óptimo e até o J. gostou de gelado!
Estão muito, muito crescidos estes meus homenzinhos em tamanho pequeno!

Uma história de amor

- Queres casar comigo? Perguntou-lhe ele no dia em que supostamente apenas lhe deveria ter perguntado se queria ser sua namorada
- Que se passado um mês ainda estivessem juntos lhe diria que sim, respondeu ela.
Um mês volvido não estavam juntos e não casaram.
Ela tinha outra história à espera dela. Ele encontrou uma outra história para viver.
Durante doze anos não se viram. Nem falaram.
E, de repente, depois de 12 anos, voltaram a encontrar-se. E ele telefona-lhe todos os dia, a toda a hora…
No dia do primeiro encontro, a mesma pergunta:
Queres casar comigo? É ela o amor da vida dele…
Ela já não tem uma história para a qual voltar, mas tem, ainda assim, uma história
Ele também.
E independentemente do final deste conto, será sempre um bonito conto de encantar

Obrigada, B., por esta história de amor!

Confesso a minha ignorância nesta coisa de blogues. Vou tentando actualizar-me, mas não é muito fácil...

Por isso, já perdi alguns miminhos que me atribuíram e eu não consegui ir buscar. Desculpem!

Apesar disso, e apesar de ter sido difícil, consegui agora (acho que não pelo meio mais fácil...) postar este.

Obrigada M.!

Sobre o J., os filhos em geral e a falta de tempo ou sobre a capacidade de partilhar o esse tempo

O J. deu antes de ontem o seu primeiro passo. Já podia ter sido há mais tempo, mas eu não incentivo.
O M. e o P. começaram a andar apenas com 15 meses e o J. será quando ele quiser.
Mas que é giro vê-lo tanto tempo em pé, sozinho e a dar os primeiros passitos, é.
Tem crescido a um ritmo assustador. Está grande, esperto, resmunguento, adora comer (ainda ontem se fartou de comer arroz), bebe leite em grandes quantidades (300ml de cada vez), adora brincar com os irmãos e tirar-lhes os brinquedos, continua a ter birras de sono (vejo-me aflita para ele adormecer), gosta pouco de colos estranhos (Mãe, Pai, Avó e pouco mais) e continua sorridente até mais não…
Já fez um ano. E de repente percebo que ele cresceu e que eu não aproveitei como devia estes primeiros doze meses da sua vida. Aproveitei como podia, é certo, mas mais com instinto de sobrevivência que outra coisa.
Sobrevivemos. Mas sei que daqui a uns anos vou olhar para trás e pensar no que perdi…
Não é fácil dar atenção a três bebés.
Nenhum deles pode ter atenção exclusiva e isso ás vezes é difícil de gerir… Apesar disso, todos os dias me esforço para brincar com os três, para ter um bocadinho para cada um deles, um miminho especial.
Estava a ler há pouco um artigo que dizia que grande parte das birras vespertinas dos miúdos tem que ver com o facto de os pais não tirarem 10 mts do seu tempo quando chegam a casa do trabalho para eles.
Porque os nossos filhos passam tanto tempo fora de casa que quando nós chegamos, têm imensas expectativas e vontade de “matar saudades”. Bastariam esses 10 minutos para que eles percebessem que nós, pais, também tivemos muitas saudades deles…
Será que é assim tão fácil???
Não sei. Mas sei que olho por mim várias vezes a dizer não. Só não. A educar. E também é preciso tempo diário, de qualidade, para brincar.
A partir de agora vou fazer um esforço ainda maior para dedicar os meus 10 primeiros minutos em casa, aos meus filhos. Não a dar-lhes a sopa, ou a levá-los à casa de banho, mas a brincar.
Vamos ver se é assim tão fácil…

Parabéns, princesa!

A minha irmã princesa faz hoje anos.
Sempre foi e será a menina do meu castelo.
A ti, minha querida, que tenhas apenas o melhor do mundo.
E, caso não seja possível, porque infelizmente o mundo nem sempre nos dá tudo o que merecemos, que tenhas a certeza que estarei aqui. Ao teu lado, atrás de ti, à tua frente, onde tu quiseres. Para te segurar na mãe e dizer que tudo vai sempre correr bem.
Parabéns!
Amo-te de todo o coração.

Eu e o pouco glamour da minha vida

Ainda ontem estava a conversar com um amigo sobre o quão pouco glamorosa é a minha vida.
Dizia-me ele que estava num jantar, com não sei quantos advogados e que estava a ser uma seca e, enquanto isso, eu de pijaminha, na minha cama, a trabalhar e a ver televisão.
É. É mesmo muito pouco glamorosa:
Levanto-me por volta das 07.30/08.00h, dou o leite ao J., dou banho ao P. e ao M., visto-os, espero que a minha Mãe chegue para lhes dar o pequeno-almoço, arranjo-me eu, vou levar o P. e o M. à escola, chego à empresa por volta das 09.30 (nos bons dias…), saio pelas 19h, volto a casa, dou a sopa aos meus três príncipes, jantamos em seguida em conjunto, vamos para os quartos, visto-lhes os pijamas, brincamos, conto-lhes uma historia, deito-os na cama, tomo banho, visto o meu pijama e vou eu, finalmente, para a cama.
E no dia seguinte, os horários, os conteúdos, tudo se repete…
Pouco glamorosa, sim.
E nessa falta de glamour, encontro a minha felicidade.
Adoro ser mãe dos meus filhos. Não ser mãe, mas ser a mãe deles.
Adoro trabalhar onde trabalho, fazer o trabalho que faço, ter os colegas que tenho.
Adoro passar as noites com os meus filhos, apesar de, invariavelmente, haver pelo menos uma birra de sono…
Adoro estar na minha cama, bem quentinha, com a chuva a cair lá fora e saber que os meus bebés estão no quarto ao lado, bem perto do meu abraço.
Pouco glamorosa, sim. Mas feliz. Feliz, preenchida, completa. Não a trocava por nada!

(se bem que uma baby-sitter nocturna me desse um certo jeito…)

Poemas

Acho que já aqui escrevi que quando era mais nova (não muito, só um bocadinho…) era muito dada à escrita.
E quando comecei a escrever neste blog, a minha escrita voltou a desenvolver-se. Não com a desenvoltura e a beleza que tinha nessa altura, mas pelo menos voltei a escrever. E voltei a descobrir a magia das palavras….
Nessa minha redescoberta, tenho andado à procura de um poema de que gostava muito e de que me tenho lembrado variadíssimas vezes, mas de forma incompleta.
Outro dia decidi procurá-lo na Internet (bendita, que tem sempre tudo…) e encontrei não só esse (do José Gomes Ferreira) como um outro (este encontrei por mero acaso) do Eugénio de Andrade que era o poema que servia de capa ao meu “ livro dos escritos” dos 17 anos…
Vou escrever aqui os dois, para partilhar convosco!

I)
Quem foi o arquitecto
que fez este café
tão longe da Natureza
e tantos homens de pé?
Criado, põe esta gente na rua!
E abre um buraco no tecto
que eu quero ver a lua.
( José Gomes Ferreira - Poesia III )

II)
Creio que foi o sorriso,

o sorriso foi quem abriu a porta.

Era um sorriso com muita luz lá dentro,

apetecia entrar nele, tirar a roupa, ficar nu dentro daquele sorriso.

Correr, navegar, morrer naquele sorriso.

(Eugénio de Andrade)

E há sempre palavras substitutas...

O P. para um carro:
- Esta porra não anda!
Disse-lhe eu:
- Já sabes que não gosto dessa palavra, filho!
- Esta caramba não anda, mamã!...

Recomeços

“Recomeça se puderes

Sem angústias e sem pressas.

E os passos que deres nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade.

Enquanto não alcances não descanses. De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado, vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.

Sempre a sonhar e vendo o logro da aventura. És homem, não te esqueças! Só é tua a loucura onde, com lucidez, te reconheças..."

(Sísifo, Miguel Torga)

Nós mulheres e a ginástica

Como é que depois de ter filhos continuo a vestir o 32????
A sério que me admiro!
Porque não sou propriamente estreita… sempre fui pequena e magra mas também sempre tive anca… mas a verdade é que fui à salsa experimentar umas calças e as únicas que me serviam era o 32…
É certo que é um modelo de calças bem justo, mas ainda assim…
Não estou a reclamar nem nada, que isto que passar por duas gravidezes, uma delas gemelar, sem estrias, sem barriga e sem engordar, é milagre da natureza, mas ainda assim não deixo de me espantar!
Pelo sim pelo não, e para ajudar a natureza, hoje é um dia especial! Eu e mais três amigas vamos inscrever-nos no ginásio. Faz bem ao corpo e à alma! E já que a natureza foi minha amiga, mais vale colaborar com ela! Não vá o diabo tecê-las, fica zangada e põe-me com rabo de traineira….

E por falar em ginástica, aqui fica o resumo de como eu e as minhas amigas decidimos começar a ir ao ginásio:
No final do ano, e como resolução do final de 2008, pensamos que seria giro começar a fazer ginástica:
- Boa! Excelente ideia! No início do ano vamos começar!
Inicio de Janeiro:
- Ah, pois… agora não dá muito jeito! Inicio do ano é sempre complicado, com muito trabalho... Melhor deixar para Fevereiro.
Inicio de Fevereiro:
- Agora é que vai mesmo, mesmo, ser.
- E é hoje que nos vamos inscrever?
- Pois… hoje ainda não pode ser. E se o L. nos trouxesse os papéis da inscrição?
- Excelente ideia! E a seguir vamos ao site ver os horários…
Passada uma semana:
- Então, vamos agora?
- Se calhar é melhor esperar para o início de Março… mais vale começar no princípio do mês, certo?
- Certíssimo!
Primeiro dia de Março, segunda-feira:
- Vamo-nos inscrever hoje?
- Hoje? Segunda-feira? Nem pensar! Segunda-feira é início de semana, dia de muitas decisões… melhor terça!
Chegadas a terça-feira (HOJE!):
- Hoje sim, é que vamos mesmo começar!
- E levamos já fato de treino?
- Não! Que ideia! Hoje é só para nos inscrevermos! Uma coisa de cada vez… até porque precisamos de ir às compras comprar um fato de treino decente!
- Claro! Finalmente uma boa ideia! Compras….
- Mas só nos inscrevemos por um mês, tá? Assim não podemos dizer que não tentamos
- Outra excelente ideia. Sim, por um mês é o ideal… sempre experimentamos…
Hora do almoço:
Quatro miúdas, cheias de boa vontade, no ginásio:Pois então, queríamo-nos inscrever…
E trouxeram fotografia?
?????
Fotografia? Para quê? Nem sequer é um concurso de beleza….
- Não… mas podemo-nos inscrever e trazer a fotografia depois?
- Ah, isso não convinha muito…
O quê?????
(…)
- O melhor será levarem os papéis da inscrição e depois trazem quando quiserem começar…
(…)
Lá se foi a boa vontade!
Haja paciência!
Antes ir às compras!...

A propósito de tudo e de quase nada

Já alguma vez conheceram um jardim completamente furado por toupeiras??????
Confesso que se fosse o meu jardim eu não ia achar piadinha nenhuma, mas sendo o jardim da minha prima, acho mesmo engraçado….
Porque nem sabia que existiam toupeiras nos jardins sem ser nos desenhos animados…
Há cada uma…
E isto a propósito do nosso dia de Carnaval. Fomos a Celorico, a casa da minha prima A. e os miúdos adoraram. O P. e o M. andaram atrás da gata, foram ver a cadela, tiraram laranjas da laranjeira, brincaram na terra, cansaram-se. O J. teve ainda mais atenção, com mais colos disponíveis, apanhou sol, correu também atrás da gata, brincou ao cu-cu com a cortina e os irmãos… Foi um dia bem divertido…
É certo que não foi propriamente um dia de Carnaval, mas foi giro ainda assim.
E os meus bebés já tinham tido o seu quê de Carnaval:
O P. e o M. já se tinham vestido de bombeiros (lindos….) e no Domingo o P. vestiu-se de rato mickey, o M. de pirata (bem o seu género) e o J. de Dinossauro bebé a sair do ovo (tão, tão fofinho…)
E na noite de Carnaval fomos jantar fora, o P. e o M. comeram um gelado de gente grande e ainda andaram de carrossel!
O J. não, porque é muito pequenino e, ainda que não fosse, na hora do carrossel já estava a dormir, mas os mais velhos adoraram.
Só andaram uma vez, é certo, mas gostaram ainda assim (ou por causa disso mesmo)
O que me leva a outra questão:
Já alguma vez se debateram sobre se devem dar mais ou não aos vossos filhos?
Eu debato-me muitas vezes com isso. Felizmente, posso dar-lhes praticamente tudo. Mas sei que não devo. E muitas vezes fico indecisa entre o dar porque eles querem e eu posso e o não dar porque lhes vai fazer.
Como no carrossel, por ex.
Andaram uma vez e, como é normal, queriam andar a segunda. Disse-lhes que não podia ser. Que uma vez já era bom. E eles, que são miúdos compreensivos, não reclamaram. Perceberam e saíram do carrossel sem se queixarem. O que ainda me dá mais vontade de lhes dar mais…
Enfim, isto de ser educador e tentar dar uma educação equilibrada não é fácil.
Mas acredito piamente que o facto que as crianças terem tudo lhes faz mal.
Não ter tudo, não ter a vida demasiado facilitada, faz-nos perceber o valor das coisas. Faz-nos ficar felizes com as pequenas coisas do dia a dia.
Não quero que os meus filhos sejam eternos insatisfeitos… Quero que percebam que as pequenas dádivas do dia a dia nos podem fazer felizes…
Quer seja uma viagem no carrossel, um chocolate pequenino, tirar uma laranja directamente da laranjeira ou um beijinho e um xi-coração bem fortes!

Os presentes dos meus filhos

Estou quase a quase a fazer anos...
Perguntei aos meus principes mais velhos que presente me iriam dar...
A resposta deles:
M.: Um carrossel, uma goma e uma coca cola. mas a goma não é para comer! tem um botão que se carrega e a goma salta. É uma goma saltitona...
P. Uma gaivota. Daquelas que voam mas não picam. E não é a sério. Tem um botão que se carrega para a mamã voar...

Não são lindos???? Com a mania das tecnologias, é certo, mas lindos, lindos de morrer...