sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Já gaitei!

O P. e o M. são, como já por diversas vezes disse aqui, muito musicais.
Só para terem uma ideia, esta semana, já levaram para a escola, um piano, uma gaita, uma viola e um cão que canta e dança...
Então, ontem, estavam já na cama e o M. estva a tocar a sua gaita do Noddy.
Disse-me ele: Olha mãe, estou a gaitar!
- Estás a quê, filho?
- A gaitar. Estás a ver? Já gaitei!

E assim surge um neologismo na lingua portuguesa!...

Textos que não são meus


Há duas mensagens que tenho de colocar aqui, que não são minhas.
Uma, foi a C.(muito querida, como sempre), que me enviou. Um texto de Fernando Pessoa que já conhecia mas do qual já não me lembrava e que gostava muito de ter sido eu a escrever e uma mensagem, da Carla Almeida, que podia muito bem ter sido eu a escrever, num momento não muito longínquo da minha vida. Muito claro, muito lúcido, muito verdadeiro.
Aqui vão as duas:

1. Construir um castelo - Fernando Pessoa

“Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

2. Carla Almeida:
“Hoje de manhã íamos no carro, depois de mais um acordar em correria, e eu sentia-me exausta, e olhei-te e estavas exausto, e lá atrás os miúdos gritavam um com o outro, É meu! Não, é meu! Ó mãe! Ele chamou-me bebé! Eu não sou bebé! E os gritos enchiam-nos os ouvidos e o sangue principiava a ferver-nos dentro das veias, sim, que eu bem senti o teu sangue ferver-te nas veias da mesma maneira que o meu, uma vontade imensa de gritar CALEM-SE C**AL*O!, e o cansaço, às 8.30, tão fundo. Olhei para ti sem que te apercebesses (creio que estavas a entrar numa espécie de transe) e pensei: isto é a vida. A vida tal como ela é. E há poucas pessoas capazes de aguentar a vida como ela é. E quando se dão conta de que a vida não é como no Sexo e a Cidade, quando percebem que a vida não é só jantares românticos e festas e fins-de-semana em resorts de luxo, quando percebem que estão num carro, às 8.30 da manhã, completamente esvaídas, sem forças para darem um grito sequer, quando percebem, as pessoas - muitas pessoas - rebentam. Desistem. Dizem: Isto não é vida. Vou-me embora. Separo-me. Vou à procura de outra coisa. Melhor. Mais excitante. Mais glamorosa. Mais cool. A porra é que é engano. É mentira. É ficção. Daí a pouco, noutra casa, noutro carro, sentirão o mesmo. Sem tirar nem pôr. Porque isto é a vida. A vida tal como ela é. Claro que há momentos de uma felicidade que não tem tamanho nem preço nem palavras que a definam. Ah, sim, claro! Mas são momentos. Excelentes por serem isso mesmo: instantes. E a gente vai naquele carro e pensa: daqui a bocado vai ser melhor. Amanhã vai ser melhor. No fim-de-semana vai ser melhor. Nas férias vai ser excelente. Para o ano é que vai ser em grande. E vai. Mas a vida, a puta da vida, é aquele momento no carro. E a maior parte das pessoas que eu conheço não me parece minimamente preparada para aquele momento. Ou seja, para a vida."

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Ponto final

Não vou escrever mais nada triste. Não sou assim, não quero ser assim. Este é um blog de coisas alegres e bem dispostas! De histórias divertidas de uma mãe que se vê à rasca com 3 miúdos terroristas… mas que os ama de paixão…
E permitam que deixe uma coisa clara:
O V. comportou-se muito mal. Mal comigo e sobretudo mal com os filhos porque sei que o problema dele não éramos nós (enquanto casal), mas a nossa vida enquanto luta diária de paciência, de rotina, de ensinamento, de barulho e mais barulho, de falta de tempo para ter vida própria.
Portou-se muito mal, é certo e não posso perdoar-lhe o sofrimento que, de forma absolutamente inconsciente, imatura e fútil, provocou na nossa família: em mim, nos nossos filhos, nos pais dele, na minha mãe, nos nossos amigos…
Se tivesse valido a pena, eu era capaz de tentar entender. Se ele se tivesse apaixonado a sério, se nós nos déssemos mal, se a nossa vida fosse má, se tivéssemos deixado de gostar um do outro, eu até podia tentar entender, mas assim… por um motivo tão completamente fútil…não posso.
Mas, apesar disso, tenho de dizer que, como pai em part-time, tem sido um bom pai. Foi buscá-los à escola mais vezes em 15 dias do que num ano inteiro, predispôs-se a ir ao médico com o M. caso eu não tivesse tempo, tem passado alguns momentos de qualidade (ou de palhaçada, como me contou o M.) com eles.
Curiosamente, está mais presente agora. Em part-time, é certo, mas, ainda assim, presente.
E isso minimiza a minha mágoa.
Não posso dizer que é uma má pessoa porque estava a ser injusta. Não posso dizer que tivemos um mau casamento porque não seria verdade.
Durante sete anos foi um bom casamento. Durante um ano foi um casamento médio que a mim não me bastava. Nos últimos 15 dias foi uma telenovela-pesadelo, mas não posso, por estes 15 dias assumir como verdade que o V. é uma má pessoa. Que eu sei que não é. Pode até neste momento estar a sê-lo, mas eu sei que ele é uma pessoa melhor que isto.
Estou magoada e, neste blog, posso escrever o que eu quiser. Porque é meu. Mas não quero ser injusta. Nunca fui e não é agora que vou começar a sê-lo.
Não quero que a minha mágoa tolde o meu bom senso. Isto posto, a partir de agora, só volto a falar de coisas boas e bonitas!

O meu bébé


O M. Tem andado a piscar muito os olhitos, por isso ontem fui com ele ao oftalmologista.

É o médico que o acompanha, a ele e ao P., desde que nasceram (por serem prematuros, foram acompanhados por uma série de especialistas...) e confio muito nele.

Fomos ontem a uma vaga, para ver o que passava com os olhitos e imediatamente a seguir a termos entrado no consultório, disse-me o médico:

- Apesar de ainda não lhe ter visto os olhos em profundidade, posso garantir-lhe que isto é um tique nervoso. Houve alguma mudança significativa na vida dele?

Bem, o meu mundo desabou!

Estava preparada para um problema objectivo, com uma cura objectiva, não para esse diagnóstico...

tique nervoso?????

O meu bebé que ainda não tem sequer 3 anos? O meu menino doce, ternurento, que adoptou para si o papel de homem da casa, que cuida do P. e do J., que me mima à noite com as suas mãos gorducinhas?

O meu anjinho que quando nasceu não teve direito a colo, que estava numa incubadora cheio de fios, de tubos, de sensores, e sei lá mais o quê? A quem não pude cantar canções de embalar?

Não! Não é justo!

E não, não posso perdoar!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

OBRIGADA!


Já vos aconteceu sentir que quanto mais conhecem os factos, mais preferiam não os conhecer?
Estou precisamente a pensar nisso… que quanto mais conheço a lama, mais parece que nela me enterro…
Se há duas semanas atrás me dissessem que eu ia estar no meio desta historieta de segunda categoria, não ia acreditar…
Mas o certo é que estou, apesar de nada ter que ver com isso….
O que vale é que sou uma pessoa equilibrada que sabe estar muito acima desta porcaria toda!
Sei que a minha família (incluída aqui a família do V.) está preocupada comigo.
Têm sido todos incansáveis… na preocupação, na disponibilidade, no carinho.
E eu agradeço genuinamente esse carinho, mas preocupação não…
Sei que sou fisicamente frágil, que estou um bocadinho magra demais, que sou pequena e de aparência fracota, que estou numa autêntica mansão sozinha com três bebés, mas sou muito forte psicologicamente. E por isso não há motivos para preocupação. A sério.
Sou suficiente forte para aguentar este episódio da minha vida como apenas isso – um episódio. Triste, é certo, mas um mero episódio duma história que ainda tem muitos capítulos para contar…
A todos, incluindo família, amigos, colegas, companheiros aqui do blog, OBRIGADA!
As vossas palavras, as vossas mensagens são um conforto para mim e é sempre bom saber que não estamos sozinhos.
Sobretudo quando percebemos que desconhecemos completamente uma pessoa com quem partilhamos mais de metade da nossa vida…
Estou bem. Os meus principes estão bem. Estamos a seguir com a nossa vida. E Vocês já fazem parte dela!
Beijinhos apertados!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

A fugir

Ontem o J. fez vários “só-sós”. Foi a primeira vez que tentei, porque na verdade não tenho pressa nenhuma e sempre deixei os meus filhos terem o seu próprio tempo, mas foi muito bom estar ali, com ele, e presenciar mais um marco da sua vida tão curtinha…
Confesso que me faz muita impressão pensar que alguém se possa cansar dos meus meninos, da vida com os meus meninos.
Estão tão crescidos, são tão lindos! E tão atinadinhos…
É tão bom poder partilhar a vida com eles! Não só de passagem, de fugida, mas partilhar efectivamente, ajudá-los a crescer, crescer com eles…
Não percebo. A sério que não percebo. É o que mais me dói. Pensar que se pode trocar esta realidade por outra coisa qualquer, qualquer ela que seja, apenas porque sim. Porque se está cansado dos ruídos, da falta de tempo, das responsabilidades. Porque se quer estar apenas em part-time.
E, por isso, por esse motivo tão fútil, se abdique das maravilhas do crescimento. Dos passos, das palavras novas, das descobertas, dos mimos, dos abraços, do acordar, do adormecer. Do contar histórias, do dançar canções. Do envolvimento diário. Do crescer em conjunto. Todos os dias. Todas as noites. Toda a vida.
Confesso que não percebo. Mas sei que é isso que não posso perdoar.

O nevoeiro

Outro dia o P. abriu a porta, quando íamos para a escola e deparou-se com um imenso nevoeiro.
Disse ele:
Olha mãe, tanto nevoeiro! Que gajo tão feio! Não gosto nada!

Nem eu, filho… nem eu!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Capacidade de adaptação à mudança

É impressionante como sou o elemento agregador na vida dos meus filhos.
Tudo o resto pode estar mal porque desde que eu esteja com eles, eles estão bem. Eu sei disso. Eles sabem disso.
E é impressionante porque eu nem sequer tenho especial instinto maternal… Nem fazia questão de ter filhos… e, de repente, sou o centro da vida deles. O elo que lhes permite ter estabilidade e equilíbrio.
É uma responsabilidade tão grande! Mas assustadora! Não porque tenha medo de assumir essa responsabilidade, muito pelo contrário, mas porque tenho medo de que alguma coisa me aconteça. Porque sei que enquanto eu cá estiver eles vão ser os meninos equilibrados, doces e felizes que têm sido até aqui.
Os meus filhos são, como qualquer outra criança, muito sensíveis. Já se aperceberam das mudanças na nossa casa, na nossa vida. Mas a verdade é que isso, pelo menos até ver, não os afectou em nada. Continuam a acordar felizes e brincalhões. Continuam a adormecer felizes e tranquilos. Não chamam pelo Pai, não perguntam por ele, não me parece que lhe sintam a falta.
Claro que quando o vêem fazem uma festa enorme, de verdadeira alegria porque gostam muito dele, mas acho que já não o vêem como parte de nós.
Ainda hoje o P. e o M., por volta das 7h passaram para a minha cama, por isso, quando o J. acordou estávamos todos juntos, no meu quarto.
O J. estava a chorar, porque tinha fome, e o P. começou a fazer-lhe miminhos e a dizer-lhe:
- Não chores, bebé, o P. está aqui. Estamos todos aqui, bebé, não chores…
Eu levantei-me para ir buscar o leite e quando voltei o J. já não estava a chorar. O P. tinha-lhe dado a chupeta dele e o M. tinha-lhe dado um brinquedo. Disse-me o M.
- estás a ver, mamã? O J. já não está a chorar. Estamos todos com ele!
Uma ternura os meus queridos!
E nessa ternura percebi que o “todos” deles, somos nós os quatro, sem o V.
Isso entristece-me, como é evidente.
Do mesmo modo que me entristece eles não terem procurado pelo Pai quando desceram as escadas da casa da minha mãe (costumava ser uma brincadeira deles: O Pai escondia-se e eles procuravam-no) nem se terem admirado por irmos tomar o pequeno-almoço no meu carro, sem o V.
Entristece-me, claro. Mas por outro lado, percebo a imensa capacidade de adaptação que as crianças têm, a imensa facilidade que têm de se moldarem a novas realidades, a novos estilos de vida, desde que eu esteja lá.
E Estou. Estou e sempre estarei!

Nota: Eu e o V. separámo-nos.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Promessa para toda a vida

Já aqui escrevi que não sou rancorosa. Porque as más acções ficam com quem as comete, não com quem as sofre.
Mas tudo muda se fizerem mal aos meus meninos. Se os fizerem sofrer. Isso não posso admitir. Por eles sim, fico rancorosa. Por eles sim, posso ficar má. Por eles sim posso mudar tudo na minha vida. Porque são os meus anjinhos e a minha função de Mãe é protegê-los sempre. Posso até nem conseguir em tudo, mas garanto que vou sempre, durante toda a minha vida, tentar. Porque não faço promessas vãs. Não faço promessas que não posso cumprir. Se assumo, respeito o compromisso até ao fim. Este é o meu compromisso de vida: Os meus bebés, os meus principes, os meus docinhos de coco.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

O Homem da casa chegou!

Como já aqui disse muitas vezes, os meus filhos são crianças muito doces, muito ternurentas, mas o M., para além disso, é de uma sensibilidade extrema, apesar de nem sempre parecer.
Ontem decidiu ser o homem da casa.
Primeiro ajudou-me a arrumar as compras que o Pai tinha trazido; depois pôs-me sacos novos nos contentores do lixo ( - aqui não tem saco, mamã!).
Quando lhes pedi para arrumar os brinquedos, ele arrumou os dele sem reclamar e, na ausência de pressa do P., começou ele a arrumar os brinquedos do irmão. Quando eu lhe disse para não arrumar porque não era criado do P., respondeu-me:
- O Miguel, arruma, mamã, o M. gosta.
Quis ser ele a ajudar o P. a subir as calças e até ao subir as escadas se mostrou crescido.
Primeiro não pediu colo como é seu habitual e depois, quando o P. pediu colo e ficou a chorar nas escadas ele foi a correr aflito: Eu dou-te colo mano, eu dou!
(como se ele conseguisse, o meu anjinho lindo…)
Finalmente, tirou ele a roupa e os sapatos (costuma resmungar para tirar os sapatos quando são de cordão, mas ontem nem me pediu ajuda!), foi sozinho à casa de banho limpar o narizito, foi buscar as fraldas do J. e esteve sempre ao meu lado a entregar-me os toalhetes: Eu ajudo-te, mamã, eu ajudo!
Nitidamente, cada um dos meus filhos vai desempenhar um papel diferente na nossa casa: O P. é o palhaço, o bem disposto, o cantor, que já desenha lindamente, um verdadeiro artista.
O M. é o protector, organizado, responsável, amigo, o confiável.
O J., ainda não sei bem. É muito simpático e divertido, gosta muito de festa, de bater palmas, de explorar. Adora brincar com os irmãos, mas não gosta de partilhar colo com eles. Não gosta de partilhar atenção. Provavelmente vai ser o miminho da casa, o mais exigente, mas a sua personalidade ainda não está perfeitamente definida.

Amo de paixão esta minha família linda que, apesar de tão recente, é tão minha, tão nossa, tão para sempre.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Sobre o gostar


A ideia de gostar é uma ideia bonita. Convenhamos que até a palavra amor é bonita…
O único problema que a ideia tem, é ser precisamente uma ideia. Ou seja: Não basta dizer que se gosta. Ou ter a ideia de que se gosta. É preciso que esse gostar se manifeste nos pequenos actos e gestos do dia a dia. É preciso que a ideia de gostar sobreviva à realidade do gostar muito uns dias e outros nem tanto. Mas de gostar sempre, ainda assim.
E às vezes, a ideia fica nesse ideia, do mesmo modo que um manifesto de intenções que nunca chega a sair do papel.
Ou como aquela música dos Deolinda: chegou o momento, mas afinal ainda não é bem o momento. Vamos esperar pelo amanhã, que será melhor…
Às vezes amanhã não é suficiente. È necessário agir hoje. Gostar hoje. Gostar todos os dias. Porque no amanhã o hoje já passou e já houve tanta coisa que se perdeu…
Não concebo a ideia de perder um só dia da vida dos meus filhos.
Ainda que haja dias em que me apeteça ter mais tempo para mim, só para mim e para cinco minutos de silêncio, nunca, nunca deixo de gostar deles. Não numa mera ideia, num conceito filosófico bonito de gostar, mas na aplicação da teoria à pratica: na sobrevivência, no dia a dia, ao seu crescimento, às suas necessidades e ao seu ruído. Faço muitas vezes um esforço para não me perder, mas facilmente me encontro. Neles. Em mim. No nosso gostar. No saber que a partir do momento em que nasceram, estão em mim, são em mim. No saber que uma relação, seja ela de que tipo for, é preciso semear para colher.
Não percebo as pessoas que gostam em ideias. Que gostam em palavras, por muito bonitas que essas palavras sejam. Se é hoje que gostam, que seja. Que demonstrem, que lutem, que fiquem, que sobrevivam, que queiram, que tenham vontade, que entranhem em si o gostar, que nada seja mais importante para si que esse gostar.
Hoje. Porque amanhã, pode já não haver tempo para que essa ideia deixe de ser apenas um manifesto numa folha de papel branco e o momento passou.

Beijos e mais beijos

Ontem, quando o P. acordou, pedi-lhe o meu beijo e xi-coração habituais. Depois de mos ter dado, disse-lhes eu:
- agora quero mais cinco beijos!
Respondeu-me ele:
- Não pode ser, mamã! os beijos fugiram.
- Fugiram????
- sim! Foram para o céu!

e com cara de malandreco e umas cócegas à mistura lá me lanbuzou com os beijos que tinham fugido...

Meninos Mágicos

Os meus filhos são mágicos.
Mágicos porque de uma doçura, de uma ternura, que não sabia existir.
Mágicos porque me abraçam de manhã, com aquelas mãozinhas ainda (!) sapudas e eu tenho a certeza de que tudo vai correr bem.
Mágicos porque me fazem felizes em todos os momentos da minha vida, com o seu sorriso, com a sua sensibilidade, com os seus mimos, o seu crescimento, com a sua existência.
E a sua magia faz de mim uma mãe mágica! Que conseguiu, neste mundo tresloucado, ter três bebés lindos, euilibrados, amigos e generosos que me comovem todos os dias até às lágrimas.
Hoje, a meio da noite, o P. e o M. passaram para a minha cama. E naquele exacto momento em que o J. acordou, com a sua voz de bebé a dar sinal de que quer brincar, o M. puxou a minha cara para a dele para se afundar em mim e o P. puxou-me pelos braços para eu o abraçar. Acordaram, os meus três meninos, lindos, felizes e bem dispostos como sempre.
E isso, fez-me abençoar, uma vez mais, a vida que tenho e a sorte que tenho por serem estes os meus meninos.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Estou a passar por uma fase um bocadinho estranha.
Acho, aliás, que me meteram assim numa espécie de episódio de telenovela mexicana com contornos africanos….
Se não fosse tão grave, até teria a sua piada…
Bom, na verdade, apesar de ser grave, tem mesmo alguma piada. Pode ser sinal de alguma inconsciência, mas não consigo deixar de achar piada…
E, apesar de tudo, sinto-me muito serena. Tranquila. Com uma maturidade que não me conhecia.
Não sou rancorosa. Não sou. Posso ficar magoada, mas não deixo que isso me corrompa.
Aceito as coisas que não posso ou não quero mudar com a naturalidade possível. Com o equilíbrio de quem está bem consigo mesma e com a vida. E para isso, não posso guardar rancores nem amarguras.
Como disse no meu ultimo post, não houve nada até hoje de suficientemente mau para me fazer uma pessoas infeliz.
Este episódio, felizmente, também não o conseguiu fazer. Até porque, olhando com racionalidade para todas as vantagens e desvantagens, depois de conhecer todos os contornos mexicano-africanos desta telenovela, as vantagens são infinitamente melhores.
Lamento não ter tido mais visão. Ter estado desatenta. Não ter conseguido escolher o melhor caminho. Ter escolhido, obviamente, o pior.
E é engraçado como às vezes basta um só momento para deitar por terra anos de boas e felizes memórias.
Um só momento. Uma só frase. E num relance, num mero piscar de olhos, percebemos a decisão correcta a tomar. Sem dúvidas, sem temores, com a certeza de que não voltaremos atrás.
E como diria Aldous Huxley:
“A experiência não é o que acontece a alguém, é o que alguém faz com o que lhe acontece.”

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Histórias com finais felizes


Todas as histórias deviam ter finais felizes. Que não têm.
Umas vezes porque as personagens não querem, outras porque não sabem mais, outras ainda porque não tinha de ser.
Há corações demasiado inquietos que não conseguem apreciar a beleza das coisas realmente importantes da vida. E que, por isso, não têm histórias felizes. Nem permitem finais felizes às outras pessoas.
A verdade é que, apesar disso, e pelo menos sob a forma como vejo as coisas, a felicidade devia estar apenas dentro de nós. Não devia depender de outras pessoas, para que não fosse tão incerta. Mas às vezes depende.
Por isso é que a minha história de felicidade se resume, tantas vezes, a ver os que me são queridos, bem. Porque a felicidade deles implica a minha.
Claro que também sou feliz por natureza. Sou bem disposta, de bem com a vida, optimista, positiva. Não me lembro de nada que em algum momento me fizesse sentir mal o suficiente para ser infeliz.
Nem a morte do meu Pai.
Adorava-o. Continuo a adorá-lo. A sua morte foi e é uma enorme pedra na estrada de pedrinhas de brilhantes (como na música que canto aos meus filhos) que venho percorrendo desde sempre, mas nem isso abalou a minha capacidade de sorrir, de rir, de ser feliz.
Porque percebi que tinha o meu próprio caminho para trilhar, a minha própria história para desenhar.
E, agora que já sou bem crescida (pelo menos a maior parte das vezes) continuo a acreditar em histórias com finais felizes. Continuo a ter um coração bem quietinho, equilibrado, que aprecia a beleza dos pequenos momentos, das pequenas magnificências da vida.
Ver o J. bater palmas e olhar para mim como se eu fosse o seu Deus, ter um beijo e um abraço de bom dia do P., sentir o M. bem juntinho a mim, como se acreditasse que o posso proteger de todo o mal, ler um livro na praia, tomar um banho de agua quente, sentir o sol na cara, apreciar o branco tão branco da neve, são os meus pequenos momentos de felicidade. Que, sendo pequenos retalhos, vão construindo uma manta bem coesa que nos vai cobrindo, a mim e aos meus príncipes, com o brilho de mil estrelinhas.
E o que eu quero mesmo, de verdade, é que as nossas histórias tenham um final feliz. Que a minha magia consiga manter uma bola cor de rosa à nossa volta para que tudo fique, sempre, bem.

domingo, 18 de janeiro de 2009

O P. já está bom. Em contrapartida, está agora o M. no pico da gastroentrite, com vómitos, diarreias e sem comer nada e eu começo a sentir-me levemente enjoada...
A vantagem de ter três filhos é que sabemos sempre o que vai acontecer: Se um está doente, os outros também vão ficar... é só uma questão de tempo. E de antecipação....
O J. para já, está bem. Divertido, palrador, brincalhão.
Há já uma semana que dorme noites seguidas o que é, realmente, um descanso... Confesso que já não aguentava muito mais!
Está lindo, crescido, já diz umas palavritas (que só nós entendemos, é certo...) e consegue ser ainda mais resmuguento que os irmãos!
Estou bem arranjada com tanto homem resmuguento!
Haja saúde!...

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Notícias do P.

O vómito do P. não foi só tosse...
Continuou a vomitar ao longo do dia e com diarreia, pelo que desconfiamos de um problemita gastro-intestinal. Imagino que nãoo seja nada sério porque desde as 5 da tarde que nao vomita nem faz cóco e agora já nao tem febre, por isso já deve estar a passar...
Ontem a Minha sogra e a minha cunhada estavam muito alarmadas, que tinha de ir com o P. ao médico, que parecia grave....
Mas perdida estava eu se me assustasse com uns vómitos... com três filhos isso não me assusta...
supositório ou xarope para baixar a temperatura, dar liquidos às colherzinhas de forma espaçada, tentar introduzir os sólidos e esperar que passe... não há ciencia nenhuma nisto, apenas paciência!
Ontem à noite o P. já comeu umas 5 colherzitas de papa e bebeu água e hoje também comeu umas colherzitas de papa, comeu duas bolachas e bebeu chá. Não é muito, mas sem vomitar é sinal que as coisas estão a correr bem.

vamso esperar para:
1º ver se passa;
2º ver se os irmãos também vão ser afectados...

E já agora: quando é que páram as doenças? Há mais de um mês que estamos nisto: varicela num, tosse, varicela noutro, gripe, tosse outra vez, gripe outra vez e agora gastroentrite????
Quando é que chega o verão?!!!!!!!

Algumas imagens do nosso Natal

Estão aqui algumas imagens (atrasadas) do nosso Natal. Temos a chegada do Pai natal (meu primo P. em Celorico), as meias dos meus três meninos por cima da lareira, a árvore de natal de todos decorada com bonecos e a árvore de natal pequenina decorada pelos meus principes mais velhos, um dos nossos presépios, a aldeia do Pai Natal e pormenores dessa aldeia, com algumas das casinhas de música que fui coleccionando ao longo dos anos (na verdade, todas oferecidas pela minha sogra...)
Fica aqui apenas o apontamento - para nao esquecer.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

início de manhã preenchido

Pois a minha manhã de hoje começou logo de madrugada com um xi-xi do M. na minha cama...
Depois, quando o acordei, já para se vestir, disse-me ele: estou aborrecido, mamã (sim, sim, imagina eu que levei com um xi-xi em cima, sem saber ler nem escrever...)

Passado mais um bocado fui levantá-lo para se lavar e diz-me ele: Não posso, mamã, estou choquinho! (o quê?????)

Já depois de lavados e vestidos, fui mudar o J.: cócó até às costas. Ok, é o normal, toca mudar a puto. Enquanto isso, disse-me o P: preciso de fazer cocó, mamã!
Enquanto coloquei o J. num local seguro e fui à casa de banho com o P., disse-me ele, em tom aflito:
- já saiu, mamã....
Pois sim!
Lá tive eu de o mudar todo, lavá-lo e voltar a vestir...

A seguir: pequeno-almoço. Depois do pequeno almoço, vesti-lhes as batas, os casacos, todos prontinhos para sair de casa e o P. vomitou. Mas vomitou a sério, com vómito para tudo quanto era lado (incluindo a roupa dele e os meus sapatos....)
E a solução qual foi? Mudá-lo outra vez, limpar as minhas botas com um toalhete e esperar que eu não ande por aí com roupa cheia de vómito.... sei lá bem!

Resultado: Saí de casa ás 09.30h, para ainda os deixar na escola, sendo certo que a minha hora de entrada é (ou era, há muitos anos atrás....) às 9h!

Isto de ser mãe e trabalhadora tem muito que se lhe diga.... Ainda bem que tenho horários flexíveis, senão já estava em casa a fazer scones....

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Olha a minha vidinha...


Outro dia o P. e o M. foram ao cabeleireiro. Esta já foi a terceira vez, mas se da primeira vez eu fui com eles, destas últimas quem foi com eles foi a C., uma “menina do escritório” do Pai, como eles lhe chamam, que é muito querida e de quem eles gostam muito.
Seja como for, foram ao cabeleireiro sem mim.

Ontem, estavam com a tesoura de médico na mão (sim, porque entre outras coisas querem ser médicos e cada um deles tem uma série de instrumentos muito profissionais…) e o M. decidiu que me queria cortar o cabelo.
Eu sentei-me numa das suas cadeirinhas, ele foi buscar um pano grande à gaveta, colocou-o à volta do meu pescoço e começou a cortar-me o cabelo.
Passado um bocadito puxou-me uns cabelos e disse-lhe eu:
- Cuidado, querido, estás a magoar a mamã!...
Resposta do reguila:
- Não é a magoar, mamã, são coceguinhas!

(Imagino eu que tenha sido isto que o cabeleireiro lhes disse, mas de qualquer modo... como é que estes putos cresceram tanto e tão depressa??????)

Os mistérios do eterno feminino ou a mentira tem perna curta

No sábado o P. e o M. foram ao supermercado com a minha irmã e a minha Mãe.
Entre outras coisas a minha irmã comprou tampões.
O P. e o M. viram, pegaram na caixa e o M. perguntou à minha irmã o que era aquilo. Ela explicou-lhe que eram tampões, para a pombinha…
Resposta do M., no meio do supermercado:

- Não, titi! A mamã também tem e não é para a pombinha, é para o rabinho!!!!


Explicação: Eu sempre lhes disse que os tampões são os supositórios da mamã….

Pois! Não vale a pena mentir!

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Mim - Rainha mago


Ontem estava a dar a sopa ao J. e o P. e o M. à minha volta, na brincadeira.

O P colocou-me uma pandeireta na cabeça e disse-me:

- Pareces mesmo uma rainha mago!(por afinidade com reis magos, pois claro...)


Tão querido...

Beringela recheada no forno


A pedido da querida C. que tem uma menina B. linda de morrer que acabou de fazer um ano, aqui vai a minha receita de beringelas no forno:
1. Lavar a beringela e cortar-lhe a parte de cima.
2. Escavar o meio da beringela e guardar a parte de dentro.
3. Numa caçarola refogar azeite, alho e juntar o que se tiver em casa: tomate aos bocadinhos, cogumelos, pimentos, milho e a parte de dentro da beringela, claro está.
4. Adicionar carne picada/bacon partido aos pedacinhos/ fiambre que se compra já em quadradinhos (esta tem sido a minha opção porque é bem prática e ainda por cima, como compro fiambre de peru, não engorda...)
5. Juntar temperos (eu junto meio quadrado Knorr de pimentão com alho e um bocadinho de molho inglês) e, finalmente, requeijão ou queijo fresco.
6. Deixar um bocadinho ao lume (mesmo só um bocadinho porque nada disto é de difícil cozedura), mexer, e já está!
Depois é só colocar tudo dentro da beringela e vai ao forno até que a beringela pareça meio murcha (assim consegue comer-se quase tudo, só fica a casca)
Não tenho bem noção do tempo, mas acho que 15m a 200º, deve servir perfeitamente.

Nota: Sábado fiz esta versão de recheio mas com tomate e coloquei um bocadinho de queijo ralado por cima, só para ficar com aspecto gratinado… uma delícia também!

Bom proveito!

O Milagre do sonomil ou nem por isso... pode ser só sorte de duas noites!

Confesso que semana passada estava a desesperar...
Porque se é verdade que nem sou muito de me queixar, há limites para tudo e estava realmente a sentir-me no limite das minhas forças fisicas e psicológicas (o que não é fácil de acontecer...)
É certo que há quase três anos que não durmo uma noite decente (excepção das pouquissimas noites em que não tenho nenhum dos filhos comigo...) e sempre me aguentei mais ou menos bem (se não contarmos com o acidente que tive por ter adormecido na autoestrada), mas uma semana inteirinha a acordar mais de 12 vezes por noite, é demais!
Os miúdos não têm culpa, mas o facto de serem três aumenta exponencialmente as hipóteses de eu não ter uma noite bem dormida:
O P. e o M. acordam pelo menos duas vezes cada um deles (ou para fazer xi-xi ou para um miminho ou outra coisa qualquer) e durante a última semana o J. estava a acordar de hora a hora, com a desvantagem de não adormecer a seguir e ficar mais de duas horas a chorar ininterruptamente... e isto para além de demorar mais de uma hora para adormecer e sempre só ao meu colo, com muito baloico e balanço...
Não estava a ser fácil...
Até que, no Sábado, decidi que a nossa vida ia mudar!
Fui á farmácia e comprei o Sonomil. Até já o tinha dado ao M. quando ele era mais bebé e também não dormia, e sem grandes efeitos, mas decidi mais uma vez experimentar.
Depois decidi que ele ia começar a adormecer sozinho, na cama dele e que ia passar a noite na cama dele também.
Ou seja: tudo de uma vez só para o choque ser grande mas breve!
E não é que parece que resultou?
Não sei se foi coincidência, sorte ou pura e simplementes sol de pouca dura mas o certo é que há duas noites que o J. só acorda por volta das 6 para beber o seu leitinho, mas continua na cama dele, sem grandes dramas.
Mais: No domingo acordou ás 9.00 da manhã! 09.!!!!!!! eu nem queria acreditar!
E adormece sozinho na cama dele (com muito choro é certo, mas adormece) e depois do leite volta para a cama dele....
Vamos ver se finalmente ele aprende as regras. Que não são muitas! É só: dormir durante a noite! Não é pedir muito, pois não?????
Se continuar assim, pode ser que depois de fazer um ano já o possa pôr no quarto dele, com os irmãos, e a minha vida possa retomar alguma normalidade...
Sim, porque preciso de voltar a controlar a minha vida! Não muito... apenas algumas horas de sosno seguidas e já me dou por feliz!

Sim, sim, sou musa inspiradora!


Hoje de manhã o M. cantou-me duas canções:

I.

"Mamazita já te tenho dito que não é bonito andares-me a enganar...." (adaptação livre da música do josézito...)


II. "Mamazita querida, dá-me uma beijoca que tu és laroca...." (outra adaptação livre da música "carita bonita, dá-me uma beijoca...)


Tenho verdadeiros artistas em casa!!!!!

Mais uma tradição de Natal cumprida!

Sábado de manhã fomos completar uma das nossas tradições de Natal: Tirar a tipica fotografia natalícia de familia...
Esta é,na verdade, uma tradição recente para além de atípica...
No primeiro ano, tinham o P. e o M. menos de um ano, foi a primeira fotografia que ficou um doce.
No segundo ano, estava eu já grávida do J. e sem poder sair de casa, pelo que fui eu mesma que tirei uma fotografia de natal aos meus pimpolhos, mas sem Pai e Mãe incluídos.
Este ano ainda nos estamos a habituar a esta nossa realidade de familia de cinco pessoas. A acrescer, o V. trabalha aos sábados, pelo que não é fácil encontrarmos um bocadinho em que todos estejamos disponíveis para a tradição...
Por isso é que esta é uma fotografia tardia! mas ainda assim, cheia de significado. Saí de casa com os meus três pimpolhos e lá fomos passear para a Baixa do Porto de que tanto gostamos. E, ainda que com um frio de rachar, Santa Catarina continua deliciosa, com o cheiro e o fumo das castanhas assadas, muito sol e muitos saldos.
O frio era tanto que tive de entrar numa loja para comprar gorros, cachecoís e luvas para os mais velhos (gostaram especialmente da novidade das luvas...), mas depois disso o V. veio ter connosco e lá conseguimos ir ao fotógrafo posar... E olhem que é difícil conseguir uma boa fotografia a 3 crianças em simultâneo!
O que vale é que o fotógrafo já nos conhece de outros carnavais (neste caso, de batizados e sessões de fotos) e teve uma paciência fenomenal...
Vamos ver como ficam!
Seja como for, o importante é que estavamos juntos e temos uma fotografia para nos lembrarmos disso!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

E de repente, passaram 17 anos

Fez ontem 17 anos que comecei a namorar com o V.
E tanta, tanta àgua passou já por baixo dos nossos moinhos...
Muito mar, muita àgua salgada, muita foz, muitos planos, muitas músicas, muitos gelados na baixa, muitos intervalos de faculdades, muitos passeios, muitos filmes, muitos beijos e abraços.
Muito de tudo.
Até nos filhos!
Não sabemos fazer por menos.
E às vezes, parece que continuamos a brincar às casinhas, como faziamos antes com a espuma do mar.
A brincar com a sorte que temos...
17 anos que, de repente, aconteceram. Assim, num repente. Num mero piscar de olhos.
O Amor da minha vida. Companheiro da minha alma.

Ah, pudessem as saudades deixar de ser cantadas ... E o que seria do fado?

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A Princesa das Neves


Outro dia de manhã o M. enfiou-me o carapuço do meu pijama na cabeça, apreciou como eu ficava e disse-me: Pareces uma princesa das neves, mamã!

Antes das neves que princesa de nada…

Um orgulho só!


Ontem foi o primeiro dia de escola pós-férias. Hoje perguntei à educadora como tinha corrido, ao que ela me respondeu:
Muito bem Mãe. Aliás, tenho de lhe dar os parabéns porque tem uns meninos cinco estrelas!

E eu, toda inchada de orgulho.

Posso até não fazer nada mais bem feito na minha vida, mas ao menos, que os meus petizes sejam sempre meninos de cinco e mais estrelas!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

E o ano 2009 chegou!


Mais um novo ano que chega, sem pedir licença...
Que este nos traga, a todos, os clichés de sempre que, apesar de clichés são o que, na verdade, queremos:
paz, tranquilidade, saúde, emprego, amor, tudo resumido na tão desejada FELICIDADE.

O final do ano, trouxe, a nossa casa:
- constipação e tosse para os meus três filhos e para mim, por arrasto;
- varicela para o J. (pelo menos já todos estão livres...)
- baterias para o P. e para o M.
- dois trambolhões da cama para o J (sim, porque isto de gatinhar tem as suas desvantagens: por muitas barreiras que a cama tenha, ele teima em arranjar um buraquinho para se atirar ao chão...)

Enfim! Uma casa cheia. De barulho, com poucas horas dormidas e ainda assim, de muitos risos. Que tudo continue como sempre e 2009 já valerá por si só.

A todas as pessoas que partilham estas minhas aventuras:
Obrigada por um ano de partilhas e novidades!
E que tenham, sempre, o tal cliché da felicidade!

Beijinhos para todos!