quarta-feira, 14 de maio de 2008

As novas aventuras dos cinco - take one


Não foi preciso esperar muito para poder escrever uma nova aventura dos cinco (ainda sem cão e não na ilha dos murmurios mas aqui em casa mesmo):


O M. adora brincar com chaves: chaves da casa, da garagem, da casa das máquinas, do carro, dos brinquedos, tudo lhe serve...


Ontem, como de costume, quando me preparava para os levar à escola, o M. pediu-me a chave do carro para a mão e eu dei-lha.


Claro que tive o cuidado de deixar uma porta aberta, porque com o sistema de segurança ligado, as portas fecham-se e só voltam a abrir com a chave.


Coloquei então os dois miúdos mais velhos nas cadeiras, apertei-lhes o cinto e fui buscar o J. que estava todo arranjadinho para passear (tinha prometido às educadoras do P. e o M. que o levava para elas o conhecerem).


só que neste entretanto, o P. esticou-se e fechou a porta do carro.


Conclusão:


Dois miúdos fechados dentro do meu carro, já com cintos apertados, com a chave lá dentro, sem possibilidade de abrir por fora e sem chaves duplicadas....


Boa...


Primeiro: procurar por todo o lado uma chave duplicada: em casa, na casa dos sogros, no escritório do V. - nada!


Segundo: assistência audi - nada a fazer! Só forçar a fechadura da porta ou partir o vidro.


Terceiro: começa a chover torrencialmente;


Quarto: A mochila do M. cai ao chão e ele começa a chorar para eu a ir apanhar...


Quinto: O P começa a achar estranho e quer que eu entre para o carro...





- Isto não me está a acontecer! pensei eu. Mas estava!





Solução: Peguei num martelo e comecei a bater no vidro para o partir, com medo de magoar os miúdos ou que eles se assustassem...





Nunca pensei que fosse tão dificil partir um vidro! Como é que os assaltantes fazem????


Demorei mais de cinco minutos, entre as minhas tentativas e as tentativas da minha mãe e os miúdos histéricos dentro do carro a pedirem o "pum-pum" (que para eles é o martelo).





Quando finalmente consegui partir, o M. continuou a pedir-me o pum-pum (como é que agora vou explicar que não podem bater com o martelo no carro?) e o P. começou a chorar porque o vidro "patiu".





conclusão:


Um vidro estilhaçado espalhado pelo carro e pelo chão da garagem; um vidro provisório no carro, passeio sem efeito, chegada tarde à escola (sem J.), um sermão e missa cantada do V. porque tinha dado a chave ao M. (como se ele pudesse falar... onde é que está mesmo o duplicado????) e o resto da tarde (depois do colégio) a ouvir as marteladas do P. e do M. (do martelo de S. João)pela casa fora...





Ah, se a Enid Blyton nos conhecesse....

1 comentário:

Anónimo disse...

até parece k estava a ver a cena!!! realmente no momento não deve ter sido fácil.. mas agora, confessa, dá mesmo para rir!! Esta história é digna de ficar gravada pra posteridade!! :)
Mónica