quinta-feira, 29 de maio de 2008

Conversas M. e J.

Como o J. é muito bebé e os outros também são muito pequeninos, tenho sempre algum receio de que o M. e o P. o possam magoar sem querer.
Eles são muito cuidadosos, mas não deixam de ser pequeninos...
Por isso, habituei-os a não se chegarem ao irmão com brinquedos na mão (para tristeza deles, que adoram mostrar-lhe tudo...).
Hoje, dei com o M. a falar com o J.
Pôs-lhe as maozitas sapudas bem em frente à cara e disse-lhe:
" Óia, J., não tem nada na mão. Nada, nada!"

Depois, disse-lhe eu: Então conta ao Mano como foi a tua escola!
Ele pensou um bocadito e disse-lhe:
"M. turra cabeça. Um galo"

E pronto. Foi este o resumo de um dia cheio de horas na escola...

domingo, 25 de maio de 2008

Ainda a história do colo


No seguimento do meu post de ontem, relativo a colos pequenos, disse-me hoje o P.:
"-mamã, quero colo"
Disse-lhe eu: anda, P!
e ele muito aflito:
"- colo nas duas pernas, mamã!"

sábado, 24 de maio de 2008

Desejos de Mãe


Quando era mais nova e me imaginava grávida, sempre pensei que seria uma grávida sofredora, muito receosa.
Afinal, fui uma grávida sempre muito optimista. se calhar precisamente por ter passado por duas gravidezes complicadas, não tive oportunidade de ser negativa...
Mas a verdade é que muita coisa podia ter corrido mal. E mais verdade ainda é que muitas vezes corre.

Hoje, ao olhar para um desses casos, para uma gravidez que não correu tão bem como devia e para uma situação que nenhuns pais deviam passar, mais uma vez não pude deixar de agradecer a Deus pelos meus filhos. Pelos Anjos perfeitos e saudáveis que tenho hoje ao meu lado; Por não ter de tomar decisões impossíveis de imaginar...

Quando o P. rachou a cabeça, o meu mundo foi completamente abalado. Senti-me a morrer por dentro, num exagero que não é comum em mim. Sou por norma bastante racional até em termos de sentimentos, mas esse não consegui controlar.
Com um exagero estúpido que não conhecia em mim, sei que senti que o meu coração se partia em mil pedaços.
E quando liguei ao nosso amigo que o transportou até ao Hospital (eu sei que devia ter sido eu, mas estava em cuecas no meio da rua com o P. nos braços cheio de sangue e o M. em casa, sozinho a chorar desesperado. A minha solução foi mandar na frente o P. com quem tinha o carro mais a jeito, vestir-me, entregar o M. à minha sogra e ir a correr noutro carro atrás deles) e ele me disse que o P. estava a ser visto em neurocirurgia (pelos visto é normal, mas eu não sabia), o meu mundo acabou. Chorei desalmadamente e rezei com toda a força que tinha para que nada de mal lhe acontecesse.

Felizmente, foi só uma rachadela de cabeça sem importância, apesar dos cinco pontos e da cicratiz mal feita e ele continua saudável e lindo como sempre, mas foi um golpe emocional muito grande...
Por isso, não quero nem imaginar se algo de mais complicado lhes acontecesse.
Não sei se teria a força de vontade necessária para seguir em frente; se conseguiria encontrar um sorriso onde quer que fosse. Ainda que fosse por qualquer um deles.

Consigo lidar bem com qualquer situação, excepto com problemas de saúde, seja de que tipo for.

É um handicap, eu sei, mas não consigo evitar. Forma-se um nó no peito, na barriga, no cérebro, que não consigo ultrapassar...

Por isso, e por todos os outros motivos, só desejo com todas as minhas forças que Deus proteja os meus meninos de todos os males.

O Avô cantigas


Agora passamos as nossas viagens de carro a ouvir o avô cantigas.
Primeiro, a música preferida era o "atchim"; depois passou para a música do "pintiinho" e agora é mesmo a do "vô cantigas".
E a verdade é que o CD é muito giro. farto-me de cantar as músicas e já as sabemos quase de cor. Outro dia, acordei a contar a musica do "sapo sarapicolé"... (ando a precisar de ouvir música de adultos...)
E não posso deixar de perguntar-me como é que o Avô cantigas ainda esta vivo...
mas ele já não era velho quando eu era miúda????
Se ele já era velho há trinta anos, como é que continua fresco como uma alface (apesar de na mesma velho) agora? como é que era o avô cantigas para mim e continua o avô cantigas para os meus filhos?

Muito estranho... deve ter conseguido alguma pílula da longevidade...

Às vezes


Às vezes, só às vezes (embora muitas vezes), gostava que o tempo parasse.
Naquele exacto momento em que os meus principes mais velhos acordam de noite, chamam por mim, eu chego ao quarto deles e eles olham para mim com um sorriso: " a mamã tá aqui"... e logo em seguida arrastam-se cada um para o seu lado, para eu entrar e me aconchegar no meio deles.
E eu enrosco-me naqueles corpos pequenos, cada vez menos pequenos, no meio de duas camas de grades que juntamos numa só, para dormir mais meia hora ou uma hora, ou quinze minutos que sejam, no quentinho daquela ternura.
Às vezes, só às vezes, gostava que o tempo parasse.
Naquele momento exacto em que acordo no meio deles e eles me dizem: "bom dia, mamã"
Em que eu peço um beijo e um xi-coração e os dois se atiram para cima de mim com beijinhos e xi-corações "apetados, com as duas mãos".
Às vezes, só às vezes, queria poder impedi-los de crescer. De perderem esta inocência, este carinho, estas mãos gordinhas e olhar tão ternurento.
às vezes, muitas e tantas vezes, queria que o nosso mundo se confinasse àquele quarto, àquele momento, àquele tempo de vida. E que tudo fosse perfeito como aqueles inicios de manhã...

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Família com sorte

Hoje fomos à feira do livro. Estava mesmo com muita vontade de ir, apesar de não ter comprado nada para mim.
em contrapartida comprei oito livros para os miúdos.
Fui apenas com o P. e o M. mas mesmo assim é sempre um experiência muiiiiito cansativa! O carro de gémeos é enorme e muito pesado.
Comprei-lhes dois livros sobre os temas mais em voga neste momento: os bombeiros e as gruas.
Adoraram! E a seguir, paramos no jardim do palácio (o sol deu-nos um presente pequenino) e fizemos um pic-nic com bolachas...
Mas como os meus filhos são bem diferentes, o M. viu o livro num só momento e devolveu-mo. O P. veio o caminho todo na feira do livro e no carro a olhar para o livro como se de facto o estivesse o ler.
Depois fomos ao escritório do V., lanchar com ele.
Apesar de trabalhar muito mais agora, quantos pais têm a oportunidade de lanchar com o Mulher e os filhos num dia da semana á tarde?

... Por isso, apesar de termos menos tempo para nós enquanto familia, continuamos a ter muita sorte...

Os miúdos gostam muito de ir ao escritório: São o centro das atenções e têm um armário com brinquedos que incluem legos!

Mais uma vez a diferença dos meus gémeos a notar-se: O P. ficou comigo a fazer construções de legos; o M. foi com o Pai mexer no computador, no agrafador e em tudo o resto que tivesse aspecto de máquina que podia estragar...

Depois, estavam a brincar com um balão e pediram-me para colocar o balão na barriga, debaixo da camisola...
Será que me queriam dizer alguma coisa????

Os sinais

Diz-me o M. ontem no banho:
- mamã, o M. tem sinal no pé.
Pois tem...
Em seguida quiseram descobrir todos os sinais do corpo: O M. no pé, o P. na perna e eu na barriga.
Agora, andam sempre a levantar-me a camisola a apontar para o meu sinal...

E eu que queria tanto continuar a esconder a minha barriguinha...

Colos pequenos

Sempre soube que ter filhos gémeos era uma dávida. Uma dupla benção. Mas desde o inicio senti falta de mais tempo. De mais colo para distribuir pelos meus dois meninos.
Hoje, acho que até nem era mau de todo...
Porque um colo dá para distribuir por dois: Há dois braços e duas pernas e muitas vezes estive e continuo a estar com os meus dois pequerruchos mais velhos assim no meu colo. Mas não dá para distribuir por três, por mais que eu queira...
E isso dói-me tanto, tantas vezes...
O J. é um bebé tranquilo, mas não deixa de ser um bebé. que precisa de atenção e disponibilidade. Que muitas vezes não tenho. Porque o P. e o M. são também isso: bebés. Mais velhos mas pouco mais velhos. E muito exigentes. Muito agarrados a mim. E eu gosto e incentivo isso, mas depois o colo não chega...
O que vale é que o meu coração é suficientemente grande para os três, que o meu amor não se esgota por muito que se divida e que não são tantos os momentos em que eu tenha de abdicar de dar atenção a um em prol dos outros.
Mas que esses momentos são difíceis, são...

terça-feira, 20 de maio de 2008

A casa dos Reis


A nossa casa vive em função deles e para eles.

Primeiro, foi a cozinha:

- de uma gaveta com brinquedos, agora temos três;

- Os talheres e outros objectos perigosos mudaram de sitio;

- a garrafeira não é utilizada proque é muito baixa;

- o espaço está sobrecarregado com um liteiro, uma mesa de brincadeiras, cadeiras, bancos e um quadro de pinturas;

Depois, a sala: deixámos de ter mesa de centro e mudamos os sofás de lugar para os meninos terem mais espaço;

Mais tarde a varanda do terraço: fechamos com vidro para terem um lugar com muito sol para brincarem de inverno;

E agora o jardim: Se eu não soubesse diria que isto é quase um parque infantil: E ainda falta uma cama de bolas e um cavalinho que consegui arrumar na garagem sem perceberem...


São mesmo os donos desta casa!

Os carros do P. e do M.



Os veículos dos meus filhos todos estacionados em fila indiana, arrumados pelo M..

Pelo meio, a mesa do lanche, que eu tentei arrumar mas ele não deixou.

É muito organizado e com a mania que sabe fazer tudo. Só em último caso me pede ajuda.

Em tudo o resto é:

O "M. sabe", o M. "consegue", o "M. faz", o M. arruma, etc, etc, etc.

Ás vezes até chateia esta sua mania da arrumação, sobretudo porque só arruma quando quer e não quando lhe peço... Outro dia estivemos mais de uma hora num finca-pé, ele a não arrumar as brinquedos que tinha tirado da gaveta, eu a dizer-lhe que tinha de arrumar...

Não é fácil esta tarefa da educação...

Mas pelo menos quer arrumar muitas vezes... Já não é mau!



E quase que podíamos fazer uma corrida!...

Os três meses do J.

Hoje, o meu bebé mais pequenino faz três meses.
E está tão lindo!
Fui com ele tirar o passaporte para as nossas próximas férias e até se riu para a menina do Governo Civil.
Para além de ser muito bonito é muito simpático e exceptuando as alturas de cólicas (não estou a ver passarem com a chegada dos três meses...) é muito tranquilo.
E eu... todos os dias me apaixono mais um bocadinho!

quinta-feira, 15 de maio de 2008

À minha Mãe



Hoje a minha Mãe faz anos.

A ela, enquanto Mulher, Mãe, Avó e Amiga, Parabéns!

E obrigada!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O elevador

Como não vivo num apartamento, andar de elevador é uma coisa mais ou menos rara para os miúdos.
Outro dia, digo-lhes eu num centro comercial:
Vamos, filhos, vamos chamar o elevador!
Eles correram para o elevador e começaram a chamar: levador! levador!

Quem me manda a mim não ser explícita? Se não era mesmo para chamar, devia ter avisado, certo?

Deslizes

A minha Irmã tem uma amiga que se chama Patrícia que outro dia dormiu em casa da minha mãe. Os meus filhos também lá estavam.
No dia seguinte, fui buscá-los, como sempre, para o pequeno almoço de domingo e perguntei-lhes:
- Então, quem é que dormiu com a Titi?
- Responde-me o P.: A Picha, mamã!

Ah??????

Lamechices


Quando decidi escrever neste blog, estava de baixa, em casa, na cama, e com muito tempo disponível (o P. e o M. já estavam na escola e mesmo que eu quisesse não podia brincar com eles).

Assim, comecei a escrever para passar o tempo. Para me distrair e também para não me esquecer das pequenas doçuras e traquinices de todos os dias dos meus dois pimpolhos, que entretanto se alargaram e são três.

É, por isso, com imensa ternura que vejo que outras pessoas (algumas que nem sequer conheço pessoalmente) partilham das minhas aventuras, desses momentos que vou aqui publicando.

Obrigada!

Pela visita, pelos comentários, mas sobretudo pela amizade que muitas vezes não se diz. Mas que eu sei que existe.

As novas aventuras dos cinco - take one


Não foi preciso esperar muito para poder escrever uma nova aventura dos cinco (ainda sem cão e não na ilha dos murmurios mas aqui em casa mesmo):


O M. adora brincar com chaves: chaves da casa, da garagem, da casa das máquinas, do carro, dos brinquedos, tudo lhe serve...


Ontem, como de costume, quando me preparava para os levar à escola, o M. pediu-me a chave do carro para a mão e eu dei-lha.


Claro que tive o cuidado de deixar uma porta aberta, porque com o sistema de segurança ligado, as portas fecham-se e só voltam a abrir com a chave.


Coloquei então os dois miúdos mais velhos nas cadeiras, apertei-lhes o cinto e fui buscar o J. que estava todo arranjadinho para passear (tinha prometido às educadoras do P. e o M. que o levava para elas o conhecerem).


só que neste entretanto, o P. esticou-se e fechou a porta do carro.


Conclusão:


Dois miúdos fechados dentro do meu carro, já com cintos apertados, com a chave lá dentro, sem possibilidade de abrir por fora e sem chaves duplicadas....


Boa...


Primeiro: procurar por todo o lado uma chave duplicada: em casa, na casa dos sogros, no escritório do V. - nada!


Segundo: assistência audi - nada a fazer! Só forçar a fechadura da porta ou partir o vidro.


Terceiro: começa a chover torrencialmente;


Quarto: A mochila do M. cai ao chão e ele começa a chorar para eu a ir apanhar...


Quinto: O P começa a achar estranho e quer que eu entre para o carro...





- Isto não me está a acontecer! pensei eu. Mas estava!





Solução: Peguei num martelo e comecei a bater no vidro para o partir, com medo de magoar os miúdos ou que eles se assustassem...





Nunca pensei que fosse tão dificil partir um vidro! Como é que os assaltantes fazem????


Demorei mais de cinco minutos, entre as minhas tentativas e as tentativas da minha mãe e os miúdos histéricos dentro do carro a pedirem o "pum-pum" (que para eles é o martelo).





Quando finalmente consegui partir, o M. continuou a pedir-me o pum-pum (como é que agora vou explicar que não podem bater com o martelo no carro?) e o P. começou a chorar porque o vidro "patiu".





conclusão:


Um vidro estilhaçado espalhado pelo carro e pelo chão da garagem; um vidro provisório no carro, passeio sem efeito, chegada tarde à escola (sem J.), um sermão e missa cantada do V. porque tinha dado a chave ao M. (como se ele pudesse falar... onde é que está mesmo o duplicado????) e o resto da tarde (depois do colégio) a ouvir as marteladas do P. e do M. (do martelo de S. João)pela casa fora...





Ah, se a Enid Blyton nos conhecesse....

segunda-feira, 12 de maio de 2008


Os meus filhos nas camas dos cães da Avó "Ninanda".


Segundo o V., se daqui a dois anos eu não voltar a engravidar (é, para já, a nossa média), compramos um cão!

Afinal é só o que nos falta! E se tivermos mais um filho podemos sempre escrever novas aventuras dos cinco!

Brincadeiras de final de dia


Hoje, depois da escola, levei os meus pintainhos mais velhos a brincar no espaço "morangos". É um espaço com insufláveis, barcos com bolas, escorregas, um campo de futebol, e outros.

A mim não me pareceu nada de espetacular mas os miúdos adoraram.

correram, saltaram, brincaram á vontade, sem eu ter medo que caissem e se magoassem e sem as reras do "não mexas aí, não partas acolá.

Não fosse o preço (€3,00 por miúdo/hora + €1,00 parque estacionamento) e levava-os lá mais vezes.

Não que seja especialmente adepta de brincadeiras em espaços fechados, mas quando o tempo não ajuda, temos de inventar soluções.

E como o V. diz, tenho de aproveitar para brincar muito com eles enquanto não volto ao trabalho. Depois o tempo passa a ser contadinho...


Quando vinhamos para casa, de volta, passei na minha cunhada para eles brincarem mais um bocadinho com as primas mas quando parei o carro, disse-me o P.: não, mamã, à casa, vóvó Naná e J.


Tão querido!

Preferiu ir para casa ver o irmão do que ir brincar com as primas! Acho que já gostam genuinamente do J., apesar dele só estar nas nossas vidas há menos de três meses.


O P. e o M. são muito meigos, muito atenciosos.

Ainda hoje, quando os deixei na escola, estava uma outra mãe a deixar o filho e quando ele abriu a porta a Mãe pediu-lhe um beijinho. O miúdo andou sempre e nem ligou (o que me parece, entenda-se, absolutamente normal!...) Mas o M., ouviu isto, veio para trás e agarrou-se ao meu pescoço: beijinho e picão (pois... isto do picão é um xi-coração com sabor a salpicão...) mamã!


Fico mesmo deliciada com esta meiguice!


Eles andam numa fase muito "mamazuda".


Agora sou eu que os acompanho em tudo e isso reflecte-se no modo como se relacionam comigo.

Claro que continuam a perguntar pelo Pai a toda a hora, mas estão muito amorosos comigo, muito dependentes.

E eu deixo e gosto.

Isto dura tão pouco....


domingo, 11 de maio de 2008

Esquecimentos

Hoje, quando chegamos a casa da minha mãe para almoçar, fui buscar ao frigorífico a sopa dos miúdos para aquecer no microondas.
Tirei a sopa para os pratos, liguei o microondas e fiquei à espera que aquecesse.
Passado um bocado, diz-me a minha mãe:
- O que é que estás a aquecer?
- respondo eu: a sopa.
- Então e este prato que está aqui em cima?
Olho para ela admirada, paro o microondas, abro-o e... não estava lá nada....

Estou a ficar senil ou é só o facto de ter três filhos?????

O direito a ser uma criança feliz


Ás vezes penso que os meus filhos são miúdos de sorte. Como hoje de manhã em que os levámos a tomar o pequeno almoço ao palácio de cristal e eles deram comida aos patos e aos peixes, jogaram à bola e brincaram ás escondidinhas com o Pai.
Olho para eles e penso que têm sorte.
E imediatamente a seguir me recrimino porque eles não têm sorte. Têm apenas o que merecem. O mínimo que qualquer criança merece. As crianças que não têm esse mínimo é que não têm sorte.
As que têm não são sortudas. Estão apenas a viver a sua realidade de ser crianças. A realidade a que têm direito e que todos os adultos têm a obrigação de lhes proporcionar.

Felizmente os meus filhos podem viver essa sua realidade.
Felizmente exercem todos os dias o seu direito a serem felizes.
E felizmente, eu posso, quero e sou feliz no cumprimento dessa minha obrigação.

As gruas


Os míudos (os mais velhos, claro) andam encantados com os meios de transporte: Vão connosco na rua e admiram-se imenso com os camiões (já sabem fazer o plural das palavras, que é uma coisa que me espanta), os taxis ("taquis"), as motas (diferenciam as que têm homens em cima, das que não têm), as bicicletas, os comboios em cima das pontes, os carros debaixo do túnel (curiosamente, p P. diz "tindi" - não sei que semelhança tem isto com túnel...), os autocarros e as gruas.
Especialmente o P. as "guerruas" e os " miões dos bombeios".
Outro dia, ao irmos para a escola, diz-me ele:
"Óia mamã, uma guerrua.
é gande! até ás estelas!"

Tão linda esta noção de espaço e de que as estrelas estão no alto....

Responsabilidade

Adoro quando o M. precisa de alguma coisa e me diz:
- ajuda, mamã...

Apesar da responsabilidade ser enorme, é bom saber que alguém confia cegamente em mim para o ajudar...

Os mistérios das nebulizações

Quando o P. e o M. eram bebés (ainda são, mas não tanto...) , passaram por uma fase em que nós lhes faziamos muitas nebulizações. E dizia eu, à boca cheia, que as nebulizações eram óptimas, que faziam imenso jeito, que eles melhoravam muito, etc, etc...
Este Inverno, os miúdos voltaram a estar constipados e mais uma vez recorremos ao nosso amigo nebulizador.
Qual não foi o nosso espanto quando o ligamos e começou a sair um fumo branco muito intenso...
Eu e o V. achamos, obviamente, que o aparelho estava avariado e o V. levou-o de imediato a farmácia para o arranjarem!( como não podiamos viver sem ele até nos emprestaram um até ao nosso estar arranjado...).
Ligamos o aparelhómetro emprestado e afinal também saía fumo branco!

...hum... muito estranho...

Liguei á G. contar a coisa estranha que nos estava a acontecer: que no ano anterior o aparelho funcionava bem e que agora estava avariado! O que é que eu estava a fazer mal?????

.... silencio do outro lado.

... Era suposto sair fumo branco. Afinal, isso é que eram as nebulizações!

... silencio do meu lado.

O QUÊ????

- Para além da constatação óbvia da minha estupidez, o que é que nós tinhamos andado a fazer no ano anterior?????

E o que é que funcionou?


Depois deste episódio compreendi duas coisas:
1º: Ninguém é tão esperto como realmente se julga;
2º: Os placebos funcionam mesmo....

domingo, 4 de maio de 2008

O meu Filho cantor

Estava a adormecer os miúdos, quando o P. começou a cantar a seguinte canção:
"A mãe tem,
A mãe tem os mininos
A mãe tem o P. e o mano...
A Mãe é uma minina..."

... Eu sei que não é muito complexa, mas tinha música a acompanhar... e ele só tem 26 meses...

Sou eu que sou uma mãe babada ou este puto vai ter futuro na música????