segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A horas de ir de férias...

E pronto: a poucas horas de ir de férias... e com muita, muita vontade!
Pouca vontade mesmo, só de fazer as malas.
É que fazer malas para quatro é muito maçador... por isso este meu intervalo...
Enfim, sem nada para dizer a nao ser: Fui!
(ainda nao, mas quase... LOL)

E quando menos se espera...


Em teoria sou completamente contra os miudos verem muita televisão. tão contra que nao me passa pela cabeça que tenham televisão no quarto.

Na pratica, há dias em que daria quase tudo para que eles se sentassem cinco minutos caladinhos e quietos em frente à dita.

O que raramente consigo porque como nao incentivo, nao lhes criei o hábito...

Apesar disso, e como, neste período de férias os dias dificeis são muitos, tenho tentado que estejam aí uns cinco minutos por dia entretidos a ver o DVD do ruca (como tem natal e neve, tem resultado, muito embora por esse período temporal...)

Ora um dia destes, interrompi o dito Ruca para irmos para a cama (depois de quase cinco minutos ininterruptos).

Chegados á cama, chegou a reivindicação do P.

- O h mãe, porque é que nao tenho televisão no quarto? Queria tanto...

Eu - porque nao se deve ter televisão no quarto...

P.: - mas a C. e a B (primas) têm...

Eu - mas elas já são crescidas...

P.: - E tu também tens mãe! (a porcaria dos exemplos... nao me posso esquecer disto!)

Eu - mas isso é para tu poderes ver quando quiseres...

P. - E então porque é que eu nao sou que tenho televisão no quarto?

(...) respiro... puto chato!

Eu - Filhinho, nao tens, nao podes e, enquanto a mamã tiver juízo, nao vais ter nunca, entendido?

P - mas tu tens mãe, tu tens, e eu também queria....


(3 anos e meio... 3 anos e meio, caramba! será que vai sair daqui um sindicalista?????)
Ainda bem que amanhã já estamos de férias!


Os meus orgulhos de fim de semana:
1. As peras da minha pereira - enormes, saborosas, sem qualquer tratamento, que eu e os meus pintainhos andamos a colher;
2. Os meus bebés mais crescidos que já se despem e vestem sozinhos, fazendo questão disso;
3. O M. e o J. que, apesar de terem passado a tarde a vomitar, ao final do dia já estavam optimos e bem dispostos;
4. A minha irmã que, apesar das formigas, da inundação na cozinha, da avaria do frigorífico e estragos consequentes da comida, continua apostada em sobreviver a este desafio...

E sobre este fim de semana


Sol, sol, sol,

Póvoa, Fão, ares de rio e de lua

Campos de milho.

mais sol, sol, sol.


Easy like a sunday morning


sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Abraços


E hoje, mesmo antes de sair de casa, já a descer as escadas:
M. - mamã, mamã!
Eu - Sim?
M. - falta o meu coração, mamã...
E ficamos num abraço apertadinho, logo seguido do P., que também veio com ar malandreco reivindicar o seu.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

ADORO

Acordar todos os dias e, todos os dias gostar muito de acordar...

Tão, tão bom estar viva...
Tão, tão bom poder renascer a cada raio de sol...
Tão, tão bom ser feliz nas pequenas maravilhas da vida
(...)



Por mero acaso descobri o blog de um colega com quem trabalhei há uns anos (sempre por telefone/e-mail , mas foi uma negociação que durou algum tempo, falavamos muito) que morreu, de cancro, no inicio deste ano.

Triste, por ele. Pela familia e amigos que não conheci.

Aproveitemos então!
Sejamos felizes.
Nao percamos tempo com merdas (desculpem lá a linguagem) e futilidades que nao levam a lado nenhum.
Sejamos felizes. Façamos por isso. Procuremos, em cada dia, o rumo da nossa felicidade. E sejamos capazes de percorrer esse rumo sem desvios, de encontro ao nosso castelo.


Beijos muito doces neste inicio madrugador de sexta-feira, cheios de muitos mimos e muita alegria por gostar sempre de estar por aqui.

Porque adoro Miguel Torga


Frustração

Foi bonito o meu sonho de amor.

Floriram em redor todos os campos em pousio.

Um sol de Abril brilhou em pleno estio, lavado e promissor. Só que não houve frutos dessa primavera.

A vida disse que eraTarde demais.

E que as paixões tardias são ironias dos deuses desleais.


Miguel Torga, in 'Diário XV'


PS. C., se ainda falassemos, este seria para ti... sei que nao vais ler, mas serás sempre minha amiga de alma...

Violino


E hoje, antes de dormir, disse-me o P.:

- oh, mãe se eu tivesse um violino...

Eu: - sim, que fazias filho?

- Tocava, Mãe!


(e a minha dúvida, qual era mesmo????)

Música nova

Estou tão, mas tão orgulhosa de mim mesma....
Então não é que consegui colocar uma música no meu blog?
É certo que nao consequi que tocasse automaticamente, mas isso até é bom, porque assim vocês só ouvem se quiserem!
Afinal, nao temos de ter os mesmos gostos... Vai-se a ver e até foi uma coisa planeada...
Seja como for escolhi uma música que acabei de conhecer agorinha mesmo... Sou mesmo uma miúda de impulsos...
Bem, digam-se se gostam.
Se nao gostarem, olhem, azarito! (LOL)
Nãaaaa.... se nao gostarem sugiram outras músicas que posso sempre ser como os discos pedidos!
Então uma boa noitinha, sim?

Sim, sim, deve ser mesmo divertido cair na neve!...


Ontem, ao deitar:

P. - Mamã, porque é que nao temos aquelas coisas que parecem tacos de golfe mas que servem para empurrar a neve? (com gestos mais ou menos elucidativos)

Eu - O quê filho? equipamento de ski (sei lá bem como é que aquilo se chama...)

P - Sim. Podemos comprar mãe?

Eu - Para quê?

P - É tão divertido cair na neve, mamã!


(como se ele alguma vez tivesse caído ou estado sequer na neve...o que os livros puxam pela imaginação das crianças nao deixa de me surpreender)


E aqui está: mais um plano a curto prazo, para o próximo inverno: Vamos fazer umas férias na neve. Prometido e registado!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

E assim, do nada:


M. - Mamã, gostas de andar com a barriga à mostra, é?


É... parece que sim.



Solução engenhosa


Hoje o M. teve um descuido e fez xi-xi na cama.

Acordou e disse-me:

- Mamã, estou todo transpirado!

Eu - não filhinho, fizeste xi-xi nas cuecas

M. - Não, mamã, nao fiz nada porque eu nao dormi com cuecas (de facto ontem tinha-me pedido para lhe tirar as cuequitas e tinha dormido só em pijama)

Eu - Tens razão. Fizeste xi-xi no pijama

M. - Amanhã vou dormir sem roupa, está bem mamã?


E pronto. Assim se resolve o problema de xi-xi na roupa. Provavelmente se eu lhe tivesse dito que tinha feito xi-xi na cama ele ter-me-ia respondido que amanhã queria dormir no sofá:)

ADORO


Chegar a casa e começar a dançar na cozinha com os meus três principes.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Caramba.. Pensem lá nisto! e apliquem-no no vosso dia a dia


Segundo a legenda da imagem, este texto foi encontrado rabiscado na parede do dormitório de uma criança em Auschwitz.
Faz-nos pensar, não faz?

A culpa é do Pai!


Ontem, já na cama, na hora das historinhas antes de dormir:
M. Mamã, porque é que eu sou um menino e tu uma menina?
Eu – Porque tu nasceste com uma pilinha e eu com uma pombinha
M. – Mas porquê que eu nasci com uma pilinha e tu com uma pombinha?
Eu – Porque da barriga da mamã só nasceram meninos e da barriga da vóvó N. só nasceram meninas.
M.- mas porque é que da tua barriga só nasceram meninos?
Eu - ??????????????????????

Solução de mãe aparvalhada: mudar de conversa:

EU – por exemplo, tu tens muitos amigos meninos e muitas amigas meninas. Ora vamos lá dizer o nome deles….

Três anos e meio. Só três anos e meio… tanta pergunta difícil que ainda há-de vir…

PS: Tendo contado isto no escritório, disse-me a minha amiga F.
- Porque é que não respondeste a verdade?
Eu– a verdade? Qual é a resposta correcta para eu ter nascida menina e ele menino?
- ora, explicavas-lhe aquilo dos cromossomas X e Y
Eu - ??????????????????

Sim, sim, pois claro. Como é que eu não pensei nisso? Cromossomas, ADN …culpa do Pai. SIM! Isso é que seria uma boa explicação: Tu nasceste menino porque a culpa foi do Pai. E mais nada. Da próxima vez é isso que vou responder e que eles, que têm todos pilinha, que se entendam (LOL)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009


Como já desfilei aqui os meus maiores defeitos, acho que, para ser mais ou menos equilibrado, vou arriscar a falar sobre as minhas qualidades.

Subjectivo, claro. Muito.

E, por isso mesmo, optei por perguntar a uma das pessoas que melhor me conhece: o V.

Atendendo às circunstancias, parece-me uma opinião bem imparcial e honesta(LOL).

Ora aqui vão as minhas maiores qualidades segundo o V., senhor Polar Azul:

Generosidade - sim, apesar do mau feitio, sou tendencialmente generosa, com bom coração.

Inteligencia - Apesar de a minha professora primária continuar a dizer que fui a aluna mais inteligente que ela teve, se considerar os últimos meses da minha vida tenho muitas dúvidas... muitas dúvidas mesmo...

Positivismo/de bem com a vida - isto sim, nao tenho quaisquer dúvidas... a minha grande arma, a minha grande força. Não saber estar de mal com a vida ou com os outros. Acreditar que tudo tem um lado bom, desde que o procuremos bem... Andar sempre em frente. Sempre.

Honestidade/verticalidade - É, por norma uma qualidade mas, algumas vezes roça a estupidez... Tem que ver com aquele defeito da intransigência, do ver tudo a preto e branco...

Lealdade - Mui e sempre leal (como a invicta, carago)

E pronto! Confesso que foi bem mais fácil para mim pensar em defeitos que em qualidades. Sei que tenho algumas, obviamente, mas sempre me pareceu que os defeitos são mais marcantes.
Não sei bem. Por alguma razão o V., quando namorávamos ainda há muito pouco tempo, nos nossos 18 anos, me disse: "podes ter muitas qualidades mas eu ainda nao descobri nenhuma..."

(LOL)

Alguma razão teria....





Imagens de felicidade


Os mais velhos, despreocupados e felizes, no nosso jardim.

(enquanto o J. dormia)

Mimos que abraçam


Fiz trancinhas no cabelo. Daquelas que se fazem nas caraíbas mas que eu fiz aqui mesmo, por Vila Nova de Gaia.

Disse-me o P: estás com o cabelo tão giro, mamã...


E à noite, dp do banho, quando os fui deitar, disse-me:
- cheiras mesmo bem, mamã...


Mimos, mimos e mais mimos que fazem valer tanto a pena estar por aqui...

Sobre o J. da X e do S. e sobre a amizade em geral


Quinta feira ao final do dia fui com os meus três pintainhos ver o bebé J. da X. e do S., do blog “filhoparasempre”.
Tão lindo! Tão, tão lindo!
E eles tão felizes…
Faz-lhes falta o G., isso vê-se. Faz-lhes falta o seu ruído lá em casa e brinquedos espalhados pelo chão (sim, há quem goste disso…), mas felizes ainda assim. Com este bebé que os veio encantar.
Estive também com a B., outra nossa amiga dos tempos de faculdade, que já não via desde o dia do meu casamento, já lá vão quase oito anos… Tanto se passou desde então: Ela casou-se, fez-se Juiz, separou-se, juntou-se com o actual marido, está a pensar ter bebés; eu casei-me, advogada, separei-me e tenho já três bebés…
A X., o mesmo resumo: Casou-se, separou-se, advogada, casou-se outra vez, teve agora o J.
A D. com resumo bem mais fácil: solteira, namorados bla, blá, blá, solteira, delegada do ministério público, namorados blá, blá, blá.
De resto, continua tudo igual. Continuamos com ar de garotas (pelo menos achamos que sim…) com conversa e gargalhada fácil…
Eu um bocadinho mais ocupada com três crianças, mas sempre com tempo para estar com amigos. Porque muito embora eu já soubesse que nada somos sem amigos, durante muito tempo esqueci-os um bocadinho… quer dizer, não foi bem esquecer, foi mais não ter tempo para eles… Mas agora tenho sempre tempo para eles. Se tiver de levar os meus filhos, como ontem, levo-os. Se não puder ser, recebo-os em minha casa, nem que seja para tomar um café. Não interessa como, mas tenho sempre tempo para eles. Porque na verdade, quando precisamos, são eles que não nos abandonam. São eles (incluindo aqui naturalmente a família) que nos dão força para continuar…
Hoje, como em qualquer outro dia: Obrigada a todos estes amigos (silenciosos, barulhentos, novos, antigos e de sempre) que me enchem o coração…

Por caminhos de Lisboa e arredores

Se alguém me dissesse, há uns meses atrás, que eu iria andar a passear por Lisboa, entre crel, cril, ic não sei das quantas Eixo norte sul e afins, comigo a conduzir, eu não ia acreditar….
Porque, como toda a gente sabe, eu DETESTO conduzir!
E é bem complicado conduzir em Lisboa, com saídas para tudo quanto é sitio…
Seja como for, a necessidade aguça o engenho (neste caso a perícia de condução e sentido de orientação) e lá andei eu, um dia destes, de Lisboa para Odivelas, de Odivelas para Alfragide e por aí adiante.
E isto por causa da minha maninha linda que desde semana passada está em Odivelas…
Já tenho tantas saudades….
Adoro-a. A minha princesinha, a minha menina frágil que, até no dia antes das mudanças decidiu partir um dedo do pé…
Sempre a querer ser diferente, esta minha irmã…
Minha querida:
Sei que sabes, mas quero dizer-te outra vez: fazes parte de mim, estás cá dentro para o que der e vier. Gosto incondicionalmente de ti, minha princesa!
Beijos daqui até Odivelas, Alfragide, Lisboa, whatever…

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Amor com conta e medida


Nunca sentiram que às vezes o amor parece ser demais?
Não sei bem como explicar isto mas há dias em que é como se o amor transbordasse pelos poros, como lava a escorrer de um vulcão ou bolas de sabão a voar incontroláveis por um qualquer jardim da cidade…
Pois. Não sei bem explicar. Mas há momentos em que o meu amor é, simplesmente, demais.

E depois, como num passe de mágica, percebo que é impossível amar demais….

O amor tem sempre a medida certa.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

ansiosamente à espera...




Acabei de marcar as minha férias deste ano.
Ou melhor, as segundas férias.
hum... se os fins de semana prolongados contarem como férias estas já são as quartas...


Bem, seja como for, férias outra vez!

Não consigo imaginar a minha vida com férias uma só vez por ano... por isso, desde há muitos anos faço sempre a mesma coisa: férias no estrangeiro na Primavera (o estrangeiro, antes de três filhos, era México, Mauricias e afins, depois deles passou a ser mais espanha e Tunisia...) e no Algarve/Sul de Espanha em Setembro.

Ano passado estivemos num sitio girissimo em Punta Umbria e eu até estava a pensar ir lá outra vez, mas depois pus-me a pensar que sou eu que tenho de conduzir e, vai daí, optei mais uma vez pelo Carvoeiro. É, de todo o Algarve, o meu sitio favorito. Com uns gelados óptimos (acho que toda a gente sabe isso, a confiar pela fila de pessoas todas as noites), casas brancas, uma praia pequenina (não é lá grande coisa, verdade seja dita) que serve os fins a que se propoe, duas ruas (não mais!) de lojas e gente residente muito simpática.

Desde que vou para o Algarve sem os meus pais, ou seja, desde que casei, fui sempre para o carvoeiro. Continuo a gostar muito. E, para os meus filhos, desde que haja praia, piscina e mãe, tudo bem.

Por isso, amigo Carvoeiro, espera por nós que já aí vamos....

Snif, snif... ainda faltam 15 dias....


Lebre grande e lebre pequena


Adivinha o quanto eu gosto de ti:
(...)
"E eu gosto de ti até à lua
E DE VOLTA ATÉ CÁ ABAIXO"
Adoro este livro. Acho que já disse isto, mas não deixem mesmo de o ler. Um amor muito ternurento entre a lebre grande e a lebre pequena.
Porque há dias assim.

Amigas


Hoje fui almoçar com a D. e a R., minhas amigas de sempre, à marina do freixo.

Tão bom ter amigas tão boas (nos dois sentidos, entenda-se!) com quem partilhar uns raios de sol (e muita conversa fiada...)

As meninas



Hoje de manhã deixei-os no escritório dos meus Sogros, onde adoram ficar, sobretudo porque são o centro das atenções dos avós e colaboradores.

Diz-me o P.: Vamos às meninas, mãe? (referindo-se às meninas amorosas que lá trabalham há anos....)

Começam cedo. Medo. Muito medo......

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O desmame, adaptações e limites na educação


Estamos oficialmente há uma semana em fase de desmame pelo que me parece que já podemos dizer que a chupeta passou definitivamente à história!

Claro que o J. ainda usa, porque ainda é pequenito, mas o P. e o M. já não.

Felizmente o P. e o M. nunca tiveram problemas de adaptação com o que quer que fosse:

Receberam bem o irmão, adaptaram-se lindamente ao colégio, deixaram a fralda em 15 dias e também agora e chupeta, de um dia para o outro.

Fico sempre muito orgulhosa destes meus príncipes que são tão crescidos….

Às vezes pergunto-me se não serei demasiado dura com eles. Acho que não, mas às vezes tenho dúvidas.
Não conheço nenhuma outra Mãe que coloque os filhos na cama às 20.30h para dormir nem nenhuns outros filhos que fiquem na cama até adormecerem, sozinhos, sem se levantarem sem eu autorizar…
E isso não significa que sejam miúdos passivos ou apalermados. São até miúdos muito vivaços, muito terroristas, mas que perceberam desde cedo que há regras para tudo.
Podem ser flexibilizadas em alguns momentos mas, no geral, são cumpridas.
Falo com eles, muitas vezes, como se fossem meninos crescidos. Que são, apesar de tão bebés ainda.
Explico-lhes as opções que têm, dou-lhes sempre a escolher o que podem, não lhes dando liberdade para escolher o que não podem. Digo-lhes que podem ou não gostar mas que isso não implica que não tenham de fazer. Não corro a mimá-los logo que caem, antes lhes explicando que não faz mal cair desde que se levantam logo a seguir.
Nunca utilizei linguagem de bebé e não gosto que o façam. Acho que devem aprender a falar correctamente desde sempre.
Em contrapartida mimo-os muito. Com beijos e abraços e palavras e brincadeiras. Brincamos muito, dou-lhes muito colo, muitos afagos, muitos desvelos, lemos histórias em conjunto, cozinhamos juntos, passeamos juntos, conversámos, cantamos, dançamos, rimos.
Fazemos quase tudo em conjunto.E eu espero sempre que esta minha boa dose de mimo seja mais que suficiente para equilibrar as exigências que tenho com o seu comportamento, com os seus limites.
Deixo-os ser bebés, claro, mas sempre com limites e regras bem definidas.
O V. diz que não faço mal. Diz que sou uma excelente mãe.

Bem, espero que tenhamos os dois razão!

Sobre o Crespúsculo


Comecei a ler o crepúsculo, o primeiro de uma série de quatro livros que me foi apresentada pela J., secretária do E.
Não sei bem o que estava à espera de um livro que fala, entre outras coisas, de vampiros, mas a verdade é que, no meio da minha vida tão atarefada, comecei a lê-lo na sexta-feira à noite e já vou a mais de metade do livro (pg. trezentos e tal… ufa!)
Tem um leitura extremamente fácil, uma história de amor adolescente muito cativante, muita tensão sexual reprimida (estou a mais de metade e ainda não houve o primeiro beijo), muita luta do gato e do rato, algum mistério… enfim, lê-se mt bem.
Já alguém mais leu para além da J.?
Quando acabar (este e os outros três, que a J. já prometeu que mos emprestava) dou-vos mais pormenores…

E depois do nosso lanchinho...


Domingo fiz um lanchinho lá em casa.
Quando já todas as pessoas tinham saído, o P. correu para a mesa:
- Mamã, vou para a mesa comer os restos da festa!
(…) Estou a criar um monstro das bolachas….

Nessa mesma sequência, disse o M.
- Oh mamã, eles não comeram tudo! Não querem ficar crescidos, é?

Afinal, à custa de tanto teimar, sempre fica alguma coisa lá dentro!

Playstation????


Hoje de manhã, estavam eles em cima da cama a brincar a um jogo imaginário, quando lhes perguntei:
- a que estão a brincar?
- playstation, mamã, não vês?
- ah?
Perdoem a minha ignorância, mas:
1º não temos playstation
2º não sei se alguma vez viram alguém jogar numa playstation (que eu saiba, as primas andam mais numa de Wii)
3º o seu jogo imaginário consistia numa espécie de pingo pong com pás de fazer cimento (que comprei ontem no IKEA)
4º têm três anos e meio!

Ou seja: não creio que saibam sequer o que é uma playstation… Mas a verdade é que outro dia o R. lhes disse que o que ele queria mesmo era jogar playstation…
Vai daí, os meninos decidiram que também gostam, que também sabem e que, na ausência de conhecimento prático, ping pong com pás de fazer cimento é um jogo de playstation, pois claro!

Haja imaginação!

curtas dos últimos dias

No banho, diz-me o M.
Mamã, chega-me o gel de banho…
- para quê filho?
- para lavar o porco! Refere, todo feliz
- O porco? Perguntei eu, que só estva a ver um patinho de borracha na banheira. Para lavar o pato, queres tu dizer!
- não mamã, o porco!
E lá estava ele a apontar para a sua própria barriguita..
- será que queres dizer que é para lavar o corpo, filho?
- sim, mãe, para lavar o porco com gel de banho. Não percebes?

Ah, pois… burrice a minha, claro!


O P. com uma cruzeta (termo bem nortenho, pois claro) na mão:
- Olha mãe, uma corneta!
- Uma cruzeta, filho!
- Corneta!
- Cruzeta…
- Oh, mãe, mas eu quero dizer CORNETA!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Os meus piores defeitos

Segundo eu mesma, aqui vão os meus cinco piores defeitos (sintam-se à vontade para discordar! ou não...)


1. Exigente. É um aborrecimento para as pessoas que estão à minha volta, mas nao sei ser de outro modo. Sou tão exigente com os outros como sou comigo mesma, o que já é dizer muito. Dissabores por ser assim? alguns, já se sabe. Mas nao creio que algum dia vou mudar. Quero tudo, mas mesmo TUDO a que tenho direito. Menos que isso nao aceito, paciência!


2. Teimosa. O que hei-de dizer sobre isto? Mais teimosa que uma mula, sim.


3. Intransigente. Bem, se calhar este é um eufemismo para autoritária ou mandona... que é como quem diz: tudo está bem quando é a meu modo, tudo está mal quando deixa de ser assim... A porcaria do preto e preto, sem cores intermédias. É nao porque sim. É sim porque sim também.


4. Distraída: desde deixar o portão da entrada completamente escancarado até deixar as chaves na porta, ou fechar o carro/casa com as chaves lá dentro (sendo necessário partir vidros e afins) já me aconteceu de tudo. Muito, muito distraída


5. Desorganizada: a desarrumação da minha secretária nao tem explicação. Como tb nao tinha explicação o meu material de estudo na altura em que andava na faculdade ou a minha gaveta de meias, por ex. Sou completamente desorganizada e quem me salva habitualmente é a minha Mãe.




E pronto. Acho que estes são os piores...


Digam-me de vossa justiça: Quais os vossos piores defeitos? hum... prometo que nao conto a ninguém!


(legenda da banda desenhada ao lado: ca

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A minha receita do jantar de ontem

Já vos disse que tenho readquirido, nos últimos tempos, o gosto e a vontade de cozinhar.
Ontem fiz, para jantar, carne embrulhada e batatas abafadinhas.
A carne embrulhada é uma meia invenção minha, mas as batatas abafadinhas são um prato muito típico da minha mãe que eu já não fazia há imenso tempo:

Colocar numa frigideira bastante óleo com cebola a estalar, juntar linguiça aos bocadinhos (isto já é uma adaptação minha para dar mais cor às batatas) e, a seguir, deitar as batatas cortadas às rodelas e esperar que cozam. Fica assim uma espécie de batatas fritas/cozidas/estufadas, com um sabor óptimo…
Quanto à carne embrulhada, é simplicíssima de fazer:
Dois hambúrgueres de novilho com queijo e fiambre no meio, mais queijo por cima e tudo embrulhado (daí o nome) em massa folhada. Vai ao forno e só esperar que fique douradinho.

Fácil e com óptimo aspecto!

E nem preciso de bimby!

Definitivamente Biquini!




Ainda a propósito da minha ida ao Parque:
Desde sempre que uso bikiqui. Mas confesso que acho o fato de banho uma peça muito mais elegante.
Nunca usei porque gosto de ter a barriga morena para mostrar e quanto menos marcas melhor, mas a verdade é que acho giro.
Vai daí, no início deste verão decidi comprar não só um biquini como também um fato de banho.
Ora, achei eu, ontem, que seria um bom dia para vestir, pela 2ª vez, o meu fato de banho quase a estrear.
Primeira conclusão: Com muito calor, aquela porcaria não ajuda nada… é muito tecido na parte da barriga!
Segunda conclusão: Ainda que eu tenha colocado protector 50, há sempre marcas que ficam…
Terceira conclusão e a MAIS IMPORTANTE: Ontem à noite, estavam a minha irmã e o J. a tomar café em minha casa e eu a lamuriar-me pelo calor que tinha sentido, quando a minha irmã me disse: não sei o que te deu para usares fato de banho! Isso só se justifica nas senhoras que começam a querer esconder a barriguinha… , continuando o J.: Sim, e mesmo assim, só para mulheres com mais de quarenta anos…

Gluupppp…

E pronto. Acabou! Volto à minha sempre estimada opção de biquini triangulo quanto mais curto melhor!

Parque Aquático


Ontem tirei o dia de férias e fui com os meus pequenotes ao Parque Aquático de Amarante.
Pois… Também nunca ouviram falar, certo?

Mas posso garantir que mais de metade das pessoas do Norte e arredores conhece o parque!
Eu descobri-o meio por acaso, numa das minhas visitas à minha prima A., em Celorico e ontem decidi lá levar os meus príncipes mais as minhas duas sobrinhas.

Não é exactamente um parque aquático como os do Algarve, tem uns três escorregas e nada de muito especial, mas a impressão geral é francamente positiva.
Muito relvado, várias piscinas infantis, casas de banho sempre limpas e com papel (com tanta gente às vezes isso não acontece), sem grandes filas apesar da multidão, recolha do lixo muito atenta, música ambiente discreta, muita vigilância… positivo sim.
Para além disso miúdos até 4 anos não pagam o que, no meu caso em concreto, é uma vantagem:)

Se forem cá de cima visitem! Com o calor que estava ontem, só mesmo dentro de água se estava bem…

terça-feira, 11 de agosto de 2009


Adoro flores, arvores e todo o tipo de plantas em geral. E, como gosto muito, e ainda por cima gosto de jardinagem, volta e meia vou plantando coisas novas no meu jardim. Roseiras, brincos de princesa, amores perfeitos, junquilhos, tulipas, margaridas, dálias, jarrinhos de todas as cores, alfazema, buganvílias de várias cores, entre outros.
As flores vão nascendo e desaparecendo à medida natural das suas épocas de floração e os meus filhos vão assistindo a esse processo com a naturalidade de alguém que está habituado a crescer com relva e afins.
Ainda ontem, por exemplo, estivemos a apanhar limões do limoeiro (com direito a escada e balde) e maracujás, fomos espreitar as peras que estão quase quase prontas para serem colhidas e as laranjas que ainda estão no inicio do crescimento…
Seja como for, no Domingo, chegou-me o P. à cozinha, vindo do jardim e disse-me:

- Olha Mamã, temos uma planta nova no jardim.
- ???? Sim, filho? Ora, mostra lá à mamã…

E, de facto, tinha nascido um (só um) amor perfeito lá para o meio de milhentas outras coisas (o que não é muito usual em Agosto).
Mas ele não deixou de reparar….

Muitíssimo atento aos pormenores este meu príncipe loiro de olhos verdes…

dificuldades linguísticas

Esta tenho mesmo de colocar aqui:

O namorado da minha irmã é venezuelano o que, de quando em vez, atrapalha um bocadinho o seu português.
Ora, estavamos nós no domingo na Piscina, quando, tendo tirado a fralda ao meu filho J., o J. reparou que ele estava com o rabinho um bocadito vermelho.
Comentário dele:
- coitadito, tem o rabinho cozido...

Cozido????? Assado, J., ASSADO!

Desculpa, J.... nao pude mesmo evitar!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Amores mais que perfeitos


Ontem de tarde, estava eu deitada no meu jardim perfeito, da minha casa perfeita, a apanhar um sol perfeito, com os meus filhos mais que perfeitos a brincarem na piscina, e pensei: Podia a minha vida ser mais perfeita do que é neste momento?

Hum… se calhar até podia… Mas já é tão perfeita assim que mais vale nem mexer muito…

(tipo aqueles treinadores que dizem que em equipa vencedora não se mexe. Para quê inventar muito??????)

A propósito do blogue "www.filhoparasempre.blogspot.com"

Hoje apetece-me escrever sobre a minha amiga X. e o S., do blog “www.filhoparasempre.blogspot.com”.
A X. andou comigo na faculdade e foi das primeiras pessoas com quem tive empatia. Um doce de menina. Simpática, afável, meiga, muito terna. Muito doce.
O S., só conheci depois, já este ano. Porque se casou com ela. Conheci-o num sábado de tarde, na biblioteca do palácio, num dia em que nos combinamos encontrar para conhecerem os meus três filhos.
Pelo que vi, fiquei com a impressão que se merecem. Que ele também é um doce.
A X. já estava grávida (o J. até já nasceu e deve estar com uns dois meses) e os dois fartaram-se de brincar com os meus filhos, de lhes tirar fotografias, de lhes darem atenção.
Saí de lá com o coração cheio. Da sua doçura, da sua bondade, do seu jeito com crianças.
E digo isto hoje como poderia tê-lo dito ontem ou o poderia dizer daqui a um mês.
Mas digo hoje.
Porque já o devia ter dito e esqueci. Não no coração, mas nas palavras.
Se conhecem o blog do S., sabem do que estou a falar.
Antes da X., o S. foi casado. E, desse casamento, nasceu um filho. Separaram-se – não sei sequer o motivo mas isso é ABSOLUTAMENTE irrelevante – e, desde então, a vida do S. e do G. tem sido bem difícil…
Tenho para mim que a separação em si mesmo não tem de ser um problema. É, apenas, um circunstancialismo, um facto, muitas vezes uma inevitabilidade, mas o modo como as pessoas encaram essa separação torna-se muitas vezes, um problema.
O problema, neste caso em concreto, chama-se, a meu ver, egoísmo.
E isto porque desde então, tendo ficado a mãe com a guarda do filho, tem abusado desse poder para impedir o normal relacionamento do S. com o filho.
Sei que o S. sofre horrores com esse afastamento. Sofre o S. e sofre a X. que, sendo a sua actual Mulher só o quer ver feliz e gosta genuinamente do G., mas sofrerá, imensamente mais o G.
Que, segundo dizem, é um menino esperto e bondoso que se dava lindamente com o Pai. Segundo dizem também (nunca vi mas acredito piamente) dá-se lindamente com a X. e, nos raros momentos em que estão juntos são uma família feliz.
Alguém me diz como é que este menino vai crescer? Com que ensinamentos é que ele está a crescer?
Não percebo. Juro que não percebo.
Que os membros do casal se zanguem, se odeiem até, ainda consigo perceber, agora que, em algum momento, transfiram essa zanga para os filhos, já ultrapassa o meu entendimento.
Consigo até entender que para a ex-mulher do S. seja difícil querer partilhar o amor do filho com a X. Consigo até compreender muitíssimo bem. Mas que, por esse motivo, pela sua amargura, pela sua tristeza, pela sua incapacidade de lidar com essa dificuldade, impeça ou limite o acesso do S. e da X. ao filho, isto é que já não compreendo. Que não queira que o filho seja feliz, independentemente da sua própria felicidade é que me deixa estupefacta.
Somos todos humanos, bem sei. É possível, num dado momento, agirmos de modo errado, descontrolado, egoístico. Mas isto já dura há tanto tempo… O S. já não vê o filho desde o Natal! O J. já nasceu e ele e o G. ainda não se cruzaram…
Não é egoísmo, caramba?
Se não é egoísmo é o quê?
Não acredito que a ex-mulher do S. não goste do filho. Não acredito. Mas acredito que podia gostar mais. Que podia colocar os interesses do filho à frente dos interesses dos seus próprios interesses. Que podia considerar mais a felicidade do filho que a sua dor, mágoa, amargura ou seja o que for.
Provavelmente acredita que tem os seus motivos. Aceito até que os tenha. Mas nunca, NUNCA serão suficientemente atendíveis para utilizar o filho como arma de arremesso.
E o S. vai acreditando no poder da justiça. Vai acreditando que um dia as coisas mudarão.
Mas, e se ele fosse completamente insano e, de repente, pegasse no G. e não o entregasse mais á Mãe? E se, de repente o S., num acesso de loucura, se mudasse com a família, incluindo obviamente o G. e se mudasse para o Sri Lanka (ou outro país qualquer) e desaparecesse?
Era possível, não era?
E, de repente, o quadro passava a ser o inverso e finalmente a ex-mulher do S. provaria do seu próprio veneno….

Mas isto tudo digo eu que, como já sabem, tenha a horrível mania de ter opinião sobre tudo.

Queridos X., S. e J.e G.:
Podia ter sido antes, mas é hoje: Quero muito conhecer o J. (temos de combinar isso rapidamente), mas gostava muito mais de o conhecer em conjunto com o G. E sei que, um dia, isso será possível!

Um super-herói

Hoje, o P.,a ver um desenho animado mascarado:

- Olha, Mãe, um super-herói!...
Assim como eu e o mano, ontem na piscina

(referencia a ontem, em que ambos andaram com uma piscina enfiada na cabeça, tipo super-heróis (acham eles...))

Porque sim


Queria tanto, tanto, tanto, mas tanto, ser esta princesa!

Sobre a vaidade a chegar ou sobre como a amizade entre os meus filhos me faz acreditar que é tão, mas tão bom estar por aqui...

- P., achas que eu estou muito giro ou achas que esta camisola é muito grande para mim?
- Nao, M., acho que estás muito giro

(conversa entre os meus dois petizes mais velhos, hoje de manhã bem cedinho)

São ou não são uma delícia, estes meus docinhos de coco?

Sobre mais um fim de semana

Até gostava muito de colocar aqui uma fotografia dos meus principes, encantados com o castelo de Santa Maria da Feira e afins.
Até o poderia fazer, nao fosse dar-se o caso de ter levado a porcaria da máquina fotográfica sem bateria...
enfim...
Ainda que sem fotografias, fica o registo: Sexta-feira fomos jantar a Santa Maria da Feira, na feira medieval.
Muito, muito giro.
Até o J. achou o máximo!
Andaram que se fartaram, mas foram uns verdadeiros homenzinhos e só aterraram quando, por volta da meia-noite, chegaram ao carro.
Uns verdadeiros principes cinderelos!
No Sábado tiveram uma nova experiencia: Bowling.
Já há imenso tempo que me andavam a pedir e no sábado finalmente levei-os. Claro que o J. só assistiu, mas o P. e o M. divertiram-se imenso, a atirar bolas com uma força que não tinham e a ver, com verdadeira satisfação, as "garrafas" a cairem.
Ainda tivemos tempo de ir a um parque, o J. teve tempo para, no parque, esfolar o narizito, e em suma, tempo para brincarmos em conjunto.
Ontem de manhã fomos à praia e a mais um parque e, de tarde, estivemos no nosso jardim, na piscina (de brincar) a aproveitar o bom tempo que parece que finalmente chegou.
Um fim de semana bem aproveitadinho, cheio de emoções e de muitas brincadeiras...

Boa semana para todos!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009


Quem me conhece sabe que sou bem pequenina. 1,54m de gente, com peso pluma (42 kg) e tamanho de pé de criança (34/35).


Hoje, por mero acaso, esbarrei na seguinte frase de Fernando Pessoa:


"Nao sou da altura que me vêem, mas sim da altura que os meus olhos podem ver"


Gostei. Muito apropriada. A mim e a todas as pessoas baixas e muito baixas do mundo (LOL)

Amuei!


E quando é que eu sei que estou de facto "amuada" com o advogado da parte contrária?

Quando, sendo ele (neste caso uma ela) Espanhol, eu lhe mando um mail em português, sendo certo que é a primeira vez que o faço...

Logo eu que adoro falar e escrever noutra lingua!

Estou mesmo chateada com esta V. (v. de nome e nada mais, ok??????)




Sobre um blogue que nao é meu. E sobre a minha inveja de nao saber escrever tão bem assim

Nao sei quem é a Sofia vieira. Só sei que, tendo chegado ao blogue dela por mero acaso, nao consigo deixar de a ler. Escreve tão bem, mas tão bem aquela mulher, que até devia ser proibido escrever assim...
Vejam bem a qualidade do texto que se segue:

" Pensei, sinceramente pensei, que fosses tu. Que os teus tolos desmandos aniquilassem a inconsciente superficialidade dos meus; que a tua loucura subjugasse a minha e eu conseguisse por fim dormir à noite com a cabeça no teu colo, ou num colo qualquer, desde que num arremedo de paz. Pensei que fosses tu, o princípe encantado por mim, prestes a enfrentar os meus dragões, que entrasse de espada em punho pelas masmorras onde me escondo e definho, desde sempre à tua espera, (sei-o agora, perante a inevitabilidade dos teus olhos em fogo, doentes de determinação). Que me resgatasses do cansaço que é não pertencer a lado nenhum. Pensei-te por momentos uma espécie de lar, um porto de abrigo, o regresso, a volta a casa. Que apenas me olhasses e que exigisses perante os teus pares amares-me contra todas as expectativas, todos os mapas astrais e as cartas do tarot que adivinham tragédias. Pensei que chegasses, que não perdesses tempo com rodeios nem mal entendidos e que nos mareássemos no rodopio inebriante da descoberta do amor: aquele amor salvífico que nos devolve o fogo de artifício e que nos abre os poros. Por momentos foste tu, a passar no crivo solitário das minhas noites e senti medo, frio na barriga e as pernas bambas; porque eu a saber-te lobo a quereres-me comer e a temperar-me a jeito para te saber melhor. Mas não foste mais do que a promessa de uma promessa, o beijo que não me queimou a boca, as mãos que não me empurraram contra a parede; foste só uma voz do outro lado da cidade, do mundo, que se atabalhoava na linguagem confusa e desconfortável que o amor às vezes escolhe para nos comunicar que não pode ser, que temos pena mas não é chegado o momento e que, como nas escondidas da nossa infância e quando quem está no coito chega lá primeiro, ninguém salva ninguém. Por momentos pensei, mas na verdade, ninguém salva ninguém . "

Visitem o blogue dela: Controversa maresia. Uma delícia de textos bem escritos... e eu, quando for grande, quero escrever assim...

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

ah, pois somos princesas, claro está. E gostamos de ser tratadas como tal.


Tive uma amiga de faculdade, a M., com quem numa determinada altura fui passar férias a Moledo.
Não tínhamos o mesmo círculo de amigos, o mesmo tipo de vida, os mesmos hábitos, seguimos percursos profissionais distintos, vivíamos longe e acabamos por nos afastar.
Apesar disso, recordo-a sempre com muito carinho.
Dela, para além dela em si mesmo, recordo também a Mãe, que , durante essas férias,me disse uma coisa que eu nunca esqueci e que sempre norteou as minhas escolhas no que ao sexo oposto se refere: que uma rapariga só devia casar com um homem que a tratasse como uma princesa.
E pronto, minhas amigas, acho que está tudo dito.
Casem, namorem, vivam, estejam - não interessa como - apenas com quem vos tratar como princesas.
Menos que isso não vale de todo a pena. Estamos combinadas?

Gosto


De abraços. De beijos. De afagos.
De manhãs claras nos dia de Inverno
Do sol de final de tarde numa qualquer praia ou jardim
Do cheiro a relva cortada
De me deitar no chão e olhar o céu. De olhar as nuvens e imaginar os desenhos que por lá vão.
De cantar. Muito e sempre.
De pintar.
De borboletas.
De tomar banho com água bem quente, quase a escaldar.
De não usar relógio e de não ser escrava das horas
De vestidos – a peça de vestuário que mais se repete no meu guarda-roupa
De dormir com pijamas fofos e bem quentinhos nas noites frias do ano
De me rir. De sorrir.
De estar com os meus amigos e com a minha família mais querida
De tomar o pequeno-almoço ao domingo de manhã num qualquer café de Gaia com os meus bebés a brincarem na areia
De pic-nics
De festas e romarias e carróceis
De algodão doce, pipocas, chocolates e gelados (de tudo isto, mais gelados, aos quais não consigo nunca resistir)
De cinema. De séries, de livros e de música.
De mimos.
De pessoas honestas e confiáveis.
De viagens. De descobrir rostos, pessoas, ruas, histórias, diferenças.
De piscina
De sol
De fazer doces e compotas
De rio e de mar.
De crianças. De brincar. De ser criança.
De jardinar. De plantar flores e vê-las crescer. De apanhar fruta directamente das árvores.
Das mãos dos meus três príncipes em mim. De os ter juntinho a mim todas as madrugadas. De acordar com eles. De lhes contar historias antes de adormecerem. De os ter como meus filhos.
De ouvir a chuva cair bem aconchegada no meu sofá, com uma manta quentinha
De sonhos. De projectos e de futuro.
De ser feliz.

Então como é, Mãe????

Um dia destes, depois do jantar, o P. perguntou-me se podia ir ele buscar a fruta.
Tendo-lhe dito que sim, ele foi ao frigorífico. Ficou um bocadito a olhar e, em seguida, disse-me:
- Oh, mãe, só temos peras! Porque é que só temos peras? Não foste ao supermercado?

Três anos e meio, meus amigos…. Três anos e meio! Estou bem arranjada…

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

De volta


Vou voltar.
Mais uma vez, sem motivo nenhum em particular, mas porque sim.
Apetece-me.
Gosto muito de escrever.
Confesso que até comprei um caderninho para escrever em papel nestes meus tempos de ausência, mas não é a mesma coisa. Não percebo bem porquê, mas não é.
Por isso, aqui estou outra vez!

Continuamos bem.
O J. cada vez mais perfeito. Com uns olhos azuis inacreditáveis e muito bom humor. Divertido, brincalhão, atento, traquinóide, o benjamim dos meus sonhos.
O P. o mesmo encantador de sempre. Vai ser um galã este meu filho. Muito charmoso, atrevitode, de cabelo loiro em caracóis e olhos verdes, um verdadeiro príncipe. Muito chegado a mim, meio temeroso do que não conhece, mas seguro, consistente.
O M., o meu bebé mais frágil. Muito doce, meigo, responsável, destemido, mas mais frágil, mais inseguro. Um príncipe moreno com ar de surfista que precisa de ser constantemente amado, mimado.
Três potinhos de mel, os meus bebés.
Quanto a mim, bem também.
Vamos a novidades:
Desisti do surf. Foi bom mas chegou para experiência.
Continuo na ginástica mas quase, quase a desistir… não gosto de ginásio, nunca gostei.
Voltei a ter gosto em cozinhar. Semana passada fiz compota de pêssego que ficou uma delícia. Com pêssegos acabadinhos de apanhar (por mim e pelos miúdos) de uma arvore de casa da minha prima A. em Celorico.
Não sei se já aqui tinha dito que gosto muito de fazer compotas. Faço todos os anos de abóbora com nozes e de maçã com canela. Juntei à minha experiência esta de pêssego que resultou muito bem.
Gosto de cozinhar sim. Por rotina, no dia a dia, é um aborrecimento, já se sabe, mas sem ser por rotina, gosto muito de o fazer. Acho que cozinho bem.
Sou, aliás, o que se poderia chamar “uma menina prendada”. Sei cozinhar, cozer, bordar (o que me deu imenso jeito em três meses de internamento hospitalar), fazer tricot (as camisolas que eu fiz, juntamente com a S., nos meus 13 e 14 anos…), fazer a lide de casa… o que não significa que o faça habitualmente.
Acho uma perda de tempo a lide de casa, por exemplo. E, podendo pagar a quem o faça por mim, opto por essa solução. Imaginar que poderia passar um sábado a arrumar a casa ou a passar a ferro quando posso ir à praia, ler um livro ou simplesmente desfrutar de tempo livre com os meus filhos, desagrada-me em absoluto.
Saberia fazê-lo, se quisesse, mas não quero.
Cada vez mais tenho esta obsessão com o não perder tempo e nao compreendo as pessoas que, por opção, preferem ficar em casa a arrumar as coisas. Que nao saem de casa com a cama por fazer... que nao acompanham o marido ou as amigas ao café porque a loiça tem de ficar lavada, que nao brincam com os filhos porque o jantar tem de estar na mesa à hora coisa e tal... Mas então o resto nao é muito mais importante?
Sempre que chego a casa dedico pelo menos 10 minutos a brincar com os meus filhos. Vamos para o espaço deles e brincamos ao que eles querem. Só depois desse nosso tempo é que vamos para a mesa jantar. depois do jantar, levo-os para a cama e conto-lhes histórias e só depois é que venho arrumar a cozinha (que é como quem diz levantar a mesa e colocar a loiça no lava-loica).
E se tiver de sair de casa sem a arrumar, who cares? se tiver de sair de casa sem a cama feita, quem é que vai reclamar? Sou eu que durmo nela, certo? claro que a minha mãe nao partilha nada desta opinião, mas nao teve grande sorte nem comigo nem com a minha irmã que somos completamente desorganizadas e muito pouco arrumadas.
Há prioridades na vida. A minha prioridade é VIVER. Nao é, de todo, arrumar ou decorar ou lavar ou seja lá o que for...Faço-o no estritamente necessário. Nunca por gosto (a nao ser cozinhar e jardinar, tarefas essas que me dão, de facto prazer) e muito menos por principio ou prioridade.
Outra perda de tempo que me irrita é ir ao cabeleireiro. Ando a dizer a mim mesma há nao sei quanto tempo que tenho de lá ir (o que é absolutamente verdade) mas depois penso no tempo que vou perder e vou adiando…
É como ir arranjar as unhas… Nestes anos todos, acho que fui duas ou três vezes arranjar as mãos. E os pés, nunca o fiz seguer.
Mais uma vez pelo tempo que penso que iria perder.
Do mesmo modo, ir às compras. Deixei de ir a grandes superfícies e vou cada vez mais ao Pingo doce. Porque não me perco a olhar para o supérfluo e trago apenas aquilo de que, de facto, preciso.
Ou dormir. Já se sabe que durmo pouco. Há mais de três anos que, excepção feita às noites de Sábado, não sei o que é dormir uma noite seguida.
E podia até aproveitar, de vez em quando, para o fazer. Não que tenha muito tempo mas nos domingos de manhã em que é o V. que fica com os miúdos, podia até aproveitar para dormir. Mas não consigo. Quero é sair, apanhar ar, ler o jornal/revista enquanto tomo o pequeno-almoço, ir à praia, passear, fazer qualquer coisa de que me possa lembrar a seguir.
Acho mesmo que estou a ficar um bocadinho obcecada com esta coisa de perder/não perder tempo (o que, claro está, é sempre subjectivo)

E agora os meus planos para o futuro próximo, depois das férias que serão na primeira quinzena de Setembro:
recomeçar as minhas aulas de pintura. Não me recordo se já aqui disse que adoro pintar. Não sei nem nunca soube desenhar muito bem, mas adoro as cores. Misturar tons, olhar para uma tela em branco e imaginar o que quero que saia dali.
Gosto de desenhar edifícios, ruas. E rostos. E desenhos infantis. Deixei de ter aulas, e de pintar, quando fiquei grávida do P. e do M., mas agora quero muito retomar. Acho mesmo que é uma das minhas grandes paixões.
gostava de fazer uma pós-graduação em contratos/direito das empresas, mas ter aulas ao sábado todo o dia, não dá. Vou continuar a procurar qualquer coisa que se fique pela sexta-feira e, eventualmente, sábados de manhã
Ter aulas de inglês e espanhol jurídicos. Sei falar/escrever suficientemente bem em inglês e espanhol, mas não a nível técnico – jurídico. Gostava de saber um bocadinho mais.
Não deixar de ler. Estou neste momento a ler a “Sombra do vento”. Já leram? Delicioso. Vale mesmo a pena.
comprar a bimby… hum…. pois, não sei bem. Tem sido um plano permanentemente adiado porque me custa dar €1.000 por um electrodoméstico… vou continuar a pensar nisto com carinho.
comprar uma lanchinha. Pois… este se calhar não é bem um plano para o futuro próximo; é mais assim para um futuro a médio prazo, mas que faz parte do meu “sonho americano de família feliz de acordo com os padrões das soap e séries afins”.
voltar a tentar ter um gato: Já aqui tinha dito que o quico feliz nos deixou? Pois é. Não sabemos dele. Era pequeno mas muito atrevido e curioso. Fugiu e nunca mais o encontramos… tenho de fazer uma nova tentativa…
adaptar-me ao meu carro novo que vai chegar lá para inicio de Outubro – Adoro o meu carro actual. É e sempre será o meu carro de eleição (excepção feita ao jaguar XPTO - sei lá bem o tipo - verde garrafa que em sonhos ainda quero vir a ter), mas tornou-se demasiado pequeno para a nossa pequena família numerosa.
E vai daí, carro novo, que não há nada a fazer se quero andar com três miúdos no carro cada um na sua cadeirinha de segurança. Não gosto do carro, mas lá terá de ser.
Adaptar-me à nova realidade que será não ter a minha irmã por aqui. A minha princesinha vai trabalhar para Lisboa. Independentemente do apoio que sempre lhe darei, vou sentir tanto, tanto a falta dela… estou naturalmente orgulhosa por ela ir trabalhar para aquilo que quer, mas egoisticamente falando vai-me fazer tanta falta! A mim e aos meus filhos que temos nela um apoio muito próximo e constante. Mais uma “muleta” que vou perder…
10º e não menos importante: Seguir a minha vida sem me magoar a mim nem aos outros. Continuar a ser séria e honesta e fiel a mim mesma. Continuar a viver com e nos meus filhos. Fazer da nossa vida uma vida completa e feliz. Continuar a valorizar os meus amigos. Rodear-me de pessoas que valem a pena. Ser feliz. Hoje e sempre.

Daqui a uns tempos faço o balanço e logo vos digo quais dos planos estou a cumprir!

Beijinhos