terça-feira, 29 de dezembro de 2009

E em jeito de balanço:


Em termos de balanço 2009 foi um ano… como dizer isto? Bem: foi um ano genericamente mau.
Gostava de o poder dizer de outra forma, mas nunca fui de engonhar. Foi, de facto, um mau ano e preferia poder bani-lo da minha vida.
Considerando que não posso, não foi, de todo, um ano completamente mau.
Reencontrei amigos. Encontrei amigos novos. Reforcei laços de amor intensos com a minha mãe e com a minha irmã. Fui a Amesterdão, à Tunisia e a Barcelona. Tive uma bimby (lol), conheci realidades distintas da minha, recebi flores e prendas muito bonitas, experimentei surf, redescobri o prazer da leitura e, sobretudo, fui muito feliz com os meus três principes.
Amo-os de todo o meu coração e coloco a felicidade deles acima de qualquer interesse meu. Amo-os com a simbiose de um nó em quatro corpos que não se pode desfazer.
E, SOBREVIVEMOS.
O meu balanço é, em jeito de conclusão, esse: sobrevivemos. Enquanto seres individuais mas, muito particularmente, enquanto família. Sim, continuamos uma família. Que se ama, respeita, que brinca, que grita, que ri. Que troca mimos (e cuspos e ranhocas e até vómitos, ai pois é…) e amores e gestos de carinho imenso todos os dias.
Estamos juntos.
Os meus príncipes cresceram.
O J. já fala tanto… conversa, emite opinião (“que giro, mãe!), tem gostos próprios, ama os irmãos de paixão, é destemido, terrorista, teimoso, e lindo de morrer.
O P. e o M. continuam lindos e doces e começam finalmente a acalmar. Já se sentam a ver filmes de desenhos animados, adoram musicas, cada vez se comportam melhor em termos sociais, aprendem bem, falam bem, são amigos e generosos entre eles e com o J. Uns doces.
Eu, também cresci, acho eu.
Continuo com mau feitio, exigente e autoritária (isto é defeito mesmo, não há nada a fazer), mas acalmei. Estou mais serena, mais tranquila, sem tantos solavancos emocionais e de vida. A G. até já me diz que a minha vida voltou a ser uma pasmaceira (lol)… Ganhei mais humildade. Perdi alguma ingenuidade. Continuo feliz. Continuo a não saber estar triste. Continuo decidida, apesar das ainda tantas duvidas (que começam a ser menos, apesar de tudo). Continuo bem disposta, brincalhona, de riso e resposta pronta. Continuo a ver o lado bom das coisas, a rir-me de mim própria e com imensa vontade de fazer ainda tantas coisas. Com muita vontade de viver. Não fiquei mais forte. Não. Mas consolidei a força que tinha, em mim e nos meus bebés. Continuo a permitir-me ser frágil quando quero e a estar triste se for mesmo essencial.
Deixei crescer o cabelo. Comprei vestidos. Comecei a pintar as unhas de encarnado (quando as pinto…) e gosto. Mudei de carro e agora já podemos (eu e os meus príncipes) passear em segurança. Mantive o meu posto de trabalho num momento em que tantas pessoas o perdem e sou valorizada pelo que faço. Tenho saúde, os meus bebés também e temos uma casa enorme com um jardim fabuloso onde brincar.
Que mais posso querer da vida?
Hum… até podia pensar nisso, mas continuo a acreditar que mais vale nem me queixar da sorte que é muita e da vida cor de rosa que continuo a ter!

E de consolo...

Há lá coisa melhor que, depois de um desfiar de mágoas sobre o tão pouco glamorosa que sou, ir às compras e encher-me de chocolates?

Não há! É que nao há MESMO!

A inveja é uma coisa tão feia...


Sei que já algures neste blogue falei da P. Uma rapariga que já trabalhou aqui no escritório, que nunca foi minha amiga mas da qual sempre tive inveja. Aquela que está sempre impecável, a qualquer hora do dia, em qualquer situação.
Pois no fim de semana passado fui ao teatro ver a “casa do Lago” e lá estava ela. IMPECÁVEL uma vez mais. Maquilhagem perfeita, roupa sem um vinco, nenhum cabelo fora do sitio…
Ora, fónix!
Isto não está bem… Porque a inveja é uma coisa muita feia! Mas ela é uma mulher impossível, caramba!
Ora vamos lá por partes:
Eu:
Cabeleirero: vou de vez em quando, mas nem por sombras todas as semanas.
Ainda no sábado, para ir a um jantar pus eu, em casa, uns rolos na cabeça e toca a andar ... e mesmo quando vou ao cabeleireiro, basta chegar a casa para ficar com muitos cabelos em pé outros tantos bem pegajosos…
Manicure: raríssimas vezes. Quase sempre em casa e muitas vezes nem penso nisso. Corto as unhas com corta unhas e já está, para não correr o risco de andar com unhas meio pintadas e meio partidas…
Pedicure: nunca fiz… mais uma vez amigo corta unhas e banho todos os dias que já não é mau de todo!
Depilação: em casa, que não me passa pela cabeça perder tempo com isso numa esteticista; e ainda por cima pagar para me magoarem… Nãa……. Nos meus pelinhos mando eu e mai nada!
Cuidados corporais: não tenho. Tomo banho com água muito quente e tenho, por isso, o cuidado de, algumas vezes, colocar hidratante a seguir. Mas só quando não tenho muito sono… E coloco creme de dia no rosto todos os dias de manhã.
Maquilhagem: A maior parte das vezes apenas blush porque sou mt branca. Às vezes rímel, mas pouco mais.
Jóias: raramente uso. Verdade seja dita, também tenho poucas….
Outros acessórios: tb raramente uso. Ainda agora estou a olhar para mim e nem brincos trago;
Perfume: Esqueço-me quase sempre
Roupa: Gosto muito de vestidos, é verdade. Mas nada mais a dizer sobre isso. A maior parte dos dias saio de casa já engelhada, com manchas de leite ou de fruta (ou de ranhoca, porque não?) e no final do dia estou já um autentico caos de rugas, vincos e não sei que mais…
Enfim!
A inveja é uma coisa tão feia…
Sou mesmo uma simplória, é o que é!
Uma simplória com três filhos, que trabalha que se farta e cujo glamour começa e acaba nos pijamas quentinhos de Inverno com peúgas bem grossas para proteger do frio…
Ai, ai a minha vida…..

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

E sobre o nosso natal


Apenas para vos dizer que eu e os meus principes somos um natal inteirinho!


Com muitos anjos da guarda à nossa volta, é verdade, mas ainda assim, com a certeza mais que perfeita de que o Natal está em nós!




quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Feliz Natal


É o nosso desejo para todos vós.
Que este possa ser um momento de balanço, de recomeços, de encontros, de familia, de amigos, de sorrisos, de estrelas, de paz.
Beijos fofos e cheios de carinho!

Mais baba

Segunda-feira fui buscar o P. e o M. à escola e estive um bocadinho á conversa com a professora S.
A determinada altura disse-me ela:
- Os seus filhos são meninos muito crescidos e equilibrados. Quem me dera ter dois meninos como eles!

Hum... tanta baba, tanta baba, tanta baba...

Passear na Baixa do Porto em época natalícia

Ontem à noite peguei nos miúdos e fomos jantar à baixa do Porto. Fomos ver a pista de gelo e passeamos pelas ruas cheias de luzes e de lojas abertas para vivermos uma das minhas tradições de Natal mais antigas.
E mais uma vez percebi que, por muito que a vida mude, por muito que as tradições evoluam, enquanto eu e eles estivermos juntos, estamos bem. A criar as nossas próprias tradições, as nossas próprias histórias, o nosso próprio Natal.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Magia de Natal


Há um provérbio que diz: chuva em Novembro, Natal em Dezembro.
E eu gosto dele.
Porque é uma verdade absoluta.
É que mm que haja uma seca em Novembro, digo eu que o Natal há-de sempre ser em Dezembro.
E isto para dizer que, inevitavelmente estamos a chegar ao natal.
E quase em tempo de balanço, havia tanta coisa que eu queria aqui partilhar convosco…
Mas hoje, em particular, lembro-me de uma história que, para mim, é uma verdadeira história de amizade e que vos queria contar. Vamos lá começar pelo inicio:
A minha 1ª gravidez não foi uma gravidez fácil. Entrei no hospital com cerca de 20 semanas de gestação e sérios riscos de aborto.
Entrei e já não saí mais, até o P. e o M. terem nascido, sem me poder levantar da cama, nem sequer sentar para tomar as refeições ou para outra coisa qualquer.
A cama e o hospital foram a minha casa durante aqueles meses, tendo acabado por passar lá o Natal e o final do ano.
Podiam ter sido tempos tristes, mas não foram.
Primeiro porque não sei estar triste, segundo porque sabia que a causa valia a pena e em terceiro porque, como vem sendo hábito, tive a felicidade de atravessar tais tempos com pessoas muito especiais.
A minha mãe, a minha irmã, a minha sogra e a minha cunhada iam ver-me praticamente todos os dias. O V., obviamente tb lá ia e jantava sempre comigo. A minha Prima A. vinha pelo menos uma vez por semana de Celorico para me visitar e depois, a equipa médica, as enfermeiras e auxiliares, foram de uma dedicação extrema. Uma delas, chegou a levar-me o seu computador portátil pessoal, para eu ver filmes…
Mas, enfim… acabei por perder-me.
O que vos queria contar era sobre o Natal.
Quando chegou o Natal, a minha sogra fez o jantar mais cedo, para o V. mo levar ao hospital, tendo levado um bocadinho de tudo o que costumávamos jantar nesse dia, o V. colocou o gorro de pai natal e levou-me os meus presentes e dos nossos futuros bebés e (e sim, era isto que eu vos queria dizer), a partir das 20 horas até muito tarde nesse dia, comecei a receber mensagens de Natal, de várias pessoas da empresa em que trabalho.
Alguns, meus amigos de longa data, outros nem tanto, combinaram, entre si, o envio de mensagens espaçadas, (acho que a ideia era de 10 em 10 minutos) para que até à meia noite eu fosse recebendo mensagens e não me sentisse sozinha…
Digam lá se esta não é uma verdadeira história de natal?

Meus queridos: Venho com atraso, seguramente. Sei que vos agradeci na altura, mas acho que nunca vos transmiti a importância desse vosso gesto.
Fiquei deslumbrada com a vossa lembrança. Comovida com a vossa amizade e, sobretudo, tranquila e feliz.

Daí que, este ano, aquilo que vos quero desejar, a vocês e a todos os que aqui partilham estórias comigo e com os meus príncipes, é que possam sentir, neste natal, o vosso coração tão cheio como eu senti naquela noite. Apesar de estar no hospital, longe da minha família, é bom saber que os obstáculos se ultrapassam desde que o coração esteja assim – cheio de sorrisos!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Onde vive o Natal?


No Domingo foi a festa de Natal no colégio dos meus filhos mais velhos (e que no próximo natal será já o colégio dos três).


A primeira festa a sério, que no ano passado foi só uma amostrinha - simpática, mas amostrinha...


Este ano, foi na igreja, com uma dramatização e um coro de anjos que me levou ás lágrimas. Mas é que chorei mesmo, que sou uma parva que nao aguento ouvir crianças a entoar canções lindas de natal. E os meus filhos tão lindos com estrelas na mão a esvoaçar...


Já toda a gente sabe que este é um Natal ... estranho.


Por uma familia que se desfez. Por um castelo que deixou de ser.


Mas, ainda assim, há uma familia que se conservou. E principes que hão-de sempre ser, seja em que lugar for. E anjos que pairam à nossa volta para que o nosso Natal continue a ser um natal feliz.

E, do fundo do coração, tudo vale a pena quando a educadora dos nosso filhos nos diz, textualmente:

- A Mãe tem uns meninos de oiro! e, sendo gémeos, podiam nao ser, mas são, na verdade, perfeitos.


Caramba! Eu toda inchada de orgulho, com mais vontade ainda de chorar, mesmo sem músicas de natal...

Porque estes meninos de oiro, são meus. Fruto do meu amor e dedicação diários. Fruto de um crescimento mútuo que todos os dias me espanta.

Porque estes meninos de oiro são os filhos que me ajudam a levar as compras para casa, que me contam histórias, que me mimam e protegem no seu modo fragil de quase quatro anos, que são, tantas e tantas vezes, o meu refúgio.

Porque estes meninos de oiro e o meu menino de oiro mais bebé, são o meu tesouro. o meu espírito. A minha caixinha de música. O lugar onde vive o meu verdadeiro natal.


Parabéns!

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Mais um jogo do FCP

E neste fim de semana fomos onde?

Ver o FCP, outra vez, pois claro!

É o que dá ter filhos rapazes doidos por bola, anos de muita mentalização portista (nao fosse o V. e restantes homens da familia fãs acérrimo), e bilhetes grátis (o que ajuda muito!)


Vai daí, lá fomos a outro jogo, mas desta vez para camarote... o que implicou de nenhum deles saiu de lá com palavrões na boca :)

Os miúdos acharam o máximo, muito embora o M. tivesse achado que estava num outro estádio e, na verdade, do que mais tivessem gostado foi mesmo da brincadeira e dos bombeiros que tiveram de entrar no campo...
Seja como for, bom. Porque eles gostam e eu gosto que eles gostem!

Ainda a chuva


Hoje, a caminho da escola:
P - mamã, hoje nao está a chover porquê?
Eu - nao sei filho, nem sempre chove...
P. - ah, já sei, é porque as nuvens nao foram beber água ao rio...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Depois do concerto "A quinta da amizade"


Ontem, às duas da tarde de uma quinta-feira, lá fui eu mais os meus filhos mais velhos (aconselharam o nao levar o J.) assistir a um concerto no Europarque. Muito giro. Uma orquestra à séria, mas todos os musicos vestidos de animais, e cada um dos intrumentos associados a um animal.

Os violinos eram abelhas, o trompete um elefante, as flautas eram pássaros... Muito giro, muito bem feito.

Gostamos os três de assistir, apesar de quase nao termos chegado a tempo (LOL)

Estiveram sossegados e atentos, o que já nao é novidade. São um orgulho, os meus pintainhos...

Podia ser pior

Segundo o meu filho P., ontem à ontem, depois do meu habitual banho de imersão:
- mamã, cheiras a gomas...

(considerando que ele gosta muito de gomas, acho que isto deve ter sido um elogio...)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Dúvidas existenciais

I.

P.: - mãe, já viste o sol a nascer?
Eu - Já filho, é muito bonito.
P.: E quando o dia acaba o sol vai-se embora para onde?
Eu, armada em sabichona: - Para trás das nuvens, filho.
Eles os dois, em coro: - nao vai nada! desce para o mar, Mãe, nao sabes?
um momento de silêncio e diz o P: - e como é que o sol desce para o mar, mãe? Nao cai? E fica guardado onde?

???? Sei lá!
Solução: Momento de interlúdio musical: - Vamos ouvir o avô cantigas meninos!

Tenho de descobrir o meu livro dos porquês, velhinho, velhinho mas muitissimo útil!

II.
O M. descobriu ontem uns audiobooks infantis que tinha para lá guardados há imenso tempo, pelo que desde então ouvimos histórias no carro e em casa a todo o tempo.
Uma dessas histórias é a Branca de neve, na qual, desgraçadamente, a mãe morre.
Ora eu tenho dito aos meus filhos que as maes nao morrem... o que nao vai propriamente em consonancia com esta história...
Vai daí, ontem, o P. dizia: mas mãe, eu ouvi na historinha, a dizer que a mãe morreu
E o M.: ouviste mal, P. A mãe só desmaiou, nao foi?
As mães nao morrem pois nao?

Pois... a esta nao sei mesmo o que responder.

III.
o P. - Mamã, o Jesus tem dois Pais, um pai na terra e um pai no céu.
M. porque é que ele tem dois pais? Há meninos que têm dois Pais, mamã?

Outra a que também nao sei muito bem o que responder...

Só perguntas dificeis, caramba!

E a minha pergunta de quarta-feira, dia 09 de Dezembro


De que é feito o Amor?

Sugestões:

a. de pedaços de nuvens brancas

b. de mordidelas de algodão doce

c. de raios de lua

d. de fios de barba do Pai Natal



(E o que acham vocês?)


Outlet de Vila do Conde melhorado

Sugestão para quem é do Norte:
Visitem o outlet de Vila do Conde, faz favor!
E comprem muitas coisinhas que vale bem a pena

Os ladrões ladram?

Há uns tempos atrás perguntou-me o P. se os ladrões eram pessoas.
respondi-lhe que sim, que eram, mas sem perceber muito bem o alcance da coisa.
Ontem, finalmente percebi.
Quando ele me perguntou: mas Mãe, os ladrões são pessoas que ladram? tens a certeza que nao são cães?

Ora aí estava a causa da pergunta: ladrões que ladram são cães, obviamente!

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Coisas que nao compreendo

Já aqui vos falei do blogue" filho para sempre", do S. e da X., de quem tenho o privilegio de ser amiga.
Há uns dias estivemos num jantar e estive outra vez com o J. Está tao lindo!
Um bebé tao doce como os Pais. Vai ser, seguramente, uma criança feliz...
Com o handicap de nao poder conviver com o irmão G.
O S. continua a nao ter notícias dele, continuam a privá-lo de ver o filho, de partilhar o seu crescimento.
Nao compreendo. Eu acho que até tenho uma mente aberta, com grande capacidade de entendimento, mas isto escapa à minha realidade.
Voces acreditam que a Mãe do G. nao o deixa chamar pai ao S.?
Desculpem X. e S. se isto é uma inconfidencia, mas que se lixe! Essa senhora, que eu nao conheço e que deve acreditar que lá tem os seus motivos, nao merece o vosso respeito!
Ela até podia ter toda a razão do mundo para odiar o S. (duvido seriamente, mas teoricamente seria possível), mas daí a colocar os interesses dela acima dos do filho, isso eu já nao compreendo...
Porque o S. adora o filho. Nao deixa de lhe ligar, de lhe escrever, de tentar falar e estar com ele.
Que estupidez toda esta história...
Aho que qualquer mae que ame os seus filhos percebe a indecencia desta história estupida e mesquinha.
Porque é evidente que compreendo o ressentimento, as mágoas. Compreendo que nao seja fácil imaginar que o nosso filho possa gostar de estar com o Pai e a sua nova companheira. Compreendo a dor que isso cause, o receio de que o filho talvez até prefira, num determinado momento, uma companhia que nao seja a nossa.
A sério que compreendo. Mesmo. Mas essa tem de ser uma dor da mãe. Nunca do filho. Essa tem de ser uma batalha interior vivida pela Mae, nao pelo filho. A mae tem de incentivar o contacto entre o filho e o Pai (com as necessárias excepções em casos em que o Pai nao seja digno desse nome) e até com a sua nova companheira e eventuais irmãos, se isso for o melhor para a criança. Porque ela é que está em jogo. É o seu equilibrio, o seu futuro, os seus traumas, a sua felicidade que está em jogo.
Nao dos progenitores que, de um modo ou de outro, são crescidos e protegidos. Agora os filhos... Têm de crescer num ambiente equilibrado e suadável, onde nao haja espaço para mágoas, rancores, invejas ou sentimentos maus. Têm de estar rodeados de amor e compreensão. Devem perceber que nao faz mal gostar de quem os trata bem, ainda que os pais nao gostem disso...
Enfim...
S. e X., espero que o G. venha, pelo menos, no Natal e que um dia a vossa familia possa estar reunida, em paz e equilibrio.
Beijos doces

Declaração de amor


Já há algum tempo que nao o digo aqui, por isso, aqui vai: Amo tanto os meus filhos, tanto, tanto, tanto!...
Voces ainda nao sabiam pois nao? nem sequer desconfiavam, certo?

Amo-os tanto, tanto, tanto...

Mas tanto, tanto, tanto mesmo....

Lindos, doces, perfeitos. Nao são apenas meus. São eu mesma.


Ainda nao disse que os amo muito, pois nao?
AMO!

E venham mais uns quantos! (lol)


Como já antes aqui escrevi, nunca senti um verdadeiro apelo maternal. Acho, inclusivé, que seria tão feliz sem filhos como sou com eles. Apesar disso, agora que os tenho nao consigo imaginar a minha vida sem eles. E, mais que isso, consigo perfeitamente imaginar-me com mais um filho ou dois.
Sei que parece loucura, mas acreditem que, de coração, se fosse assim só pela vontade, me sentia perfeitamente capaz de amar e criar mais uma ou duas crianças.
E ainda ontem, quando vi a minha amiga S., amiga de toda uma vida, com um bebé lindo de quatro meses, nao consegui deixar de pensar que ainda tenho tempo e vontade de ser outra vez mãe.
Não agora.
Neste momento nao tenho, na minha vida, espaço para mais um piriquito sequer. Nem um peixinho de aquário... Mas confesso que me passa pela cabeça voltar a ser mãe daqui a uns anos.
Provavelmente não mãe biológica, mas mãe de coração. Gostava tanto, tanto de adoptar!
Nao sei se já aqui tinha dito que eu e o V. chegamos a ter uma primeira entrevista de adopção, antes de eu engravidar do J. Vejo e sei agora que teria sido uma grande inconsciencia da nossa parte, mas no momento fazia todo o sentido! E, para mim, continua a fazer...

Preparem-se portanto: Daqui a uns anos (e nao hão-de ser muitos) vamos ter novidades de mais uma (ou duas, se forem irmãos) crianças na minha vida!

Agora vá: Chamem-me louca a ver se coloco os pézinhos bem assentes no chão!...

Muitas saudades


Morreste há 17 anos.
E tenho muitas, muitas, milhentas saudades tuas.
Lembro-te com toda a tua ternura, graça, teimosia, exigencia, intransigência (nao saio, seguramente, às pedras da calçada...). Lembro-te as rugas, o riso alegre, o abraço forte, a segurança, as mãos ásperas, a cor dourada da pele, os olhos de um verde que não consigo encontrar em mais ninguém, o orgulho em mim e na F., o sentido de familia, a habilidade, a imensa alegria de viver.

Lembro-te o amor que terias aos netos que nunca pudeste conhecer. O pilar que serias sempre para mim.

A minha vida que teria sido, seguramente diferente. Provavelmente teria ido dar aulas para Mocambique naquele ano, sabes?Ou fazer o resto do curso para coimbra... Nao teria sentido a necessidade de ficar...

Mas nao é disso que me arrependo...

Do que mais me arrependo mesmo é de nao te ter dito mais vezes que te amava.


Tanto, tanto... Mesmo com essa teimosia, essa exigencia tantas vezes levada ao limite, mas que eu sei que me fez ser uma pessoa melhor. Tão contrabalançada pelo imenso carinho, pelas palavras e gestos de amor.

Nunca tiveste problemas de expressão...

Tanto que eu aprendi... Tanto que tinha ainda a aprender...

Sei que estás aí algures nas nuvens, a tomar conta de nós e isso enche-me um bocadinho o coração.

Hoje, para ti, um amor muito muito especial.

Estás sempre connosco. Sempre.

Have yourself a merry little christmas


Have yourself a merry little Christmas
Let your heart be light
Next year all our troubles will beout of sight
Have yourself a merry little Christmas
Make the yule-tide gay
Next year all our troubles will bemiles away
Once again as in olden days
Happy golden days of yore Faithful friends who are dear to us
Will be near to us once more Someday soon,
we all will be togetherIf the Fates allow
Until then, we'll have to muddle through somehow
So have yourself a merry little Christmas now.
(para ouvir na versão de Frank Sinatra, a beber chocolate quente)

J. meu benjamim, meu tesouro


O meu filho J. está tão, mas tão lindo, que é com grande pena minha que nao coloco aqui uma fotografia para que voces vejam que isto nao é só baba de Mãe.

É que ele está mesmo, mesmo giro!

Ainda ontem fomos tirar uma fotografia com o pai natal e o fotógrafo nao parava de lhe tirar fotografias. Eu a querer sair e ele " ah, desculpe, só mais uma... agora deixe-me tirar à carinha... agora sem o placard atrás...."

É mesmo bonito o rapaz...

E vai-me dar trabalho!

Na sexta-feira estive com um senhor que tem sete filhos. Sete, vejam bem!

E disse-me ele:

- pois, com três rapazes, prepare-se que isso nao vai melhorar! se tivesse meninas pelo meio era mis fácil, mas assim... lamento, mas nao vai ser fácil!

Obrigadinha!


Que nao é fácil sei eu!

Três rapazolas e todos da mesma idade, nao é, de facto, tarefa fácil, mas o J. é um bocadinho pior que os dois irmãos juntos!

É teimoso, desobediente, mexe em tudo, nao tem medo de nada, já vai com dois anos de avanço...

Até já reclama gormittis para ele!

Tem uma personalidade muito impositiva, muito forte...

O que, se nao for bem controlado, pode tornar-se em má educação!

Vai daí, e já comecei o meu trabalho de casa... Lido bem com crianças de personalidade forte, mas mal educadas e desobedientes, nem pensar!


Em minha casa a teoria é: todos podem ter a sua opinião, desde que cumpram a minha (lol)

Vá lá, nao é bem assim... Cedo em algumas coisas, mas só em algumas...

Quero que os meus filhos tenham espaço para crescer, para desenvolver os seus proprios gostos e atitudes, a sua propria personalidade. Mas nao admito putos birrentos que choram até se lhes dar o que querem, que nao comem o que se lhes poe na mesa, que nao ficam na cama na hora de dormir, que nao desligam a televisão quando se lhes diz para fazer.

E o J. tem todo o estilo que querer ser assim...

A palavra que mais lhe ouço é "nao". A tudo!

O que lhe vale é aqueles sorriso maroto e aquele jeitinho de enconstar a cabeça no meu ombro quando, depois de alguma insistencia, percebe que perdeu "a batalha" e que tem de fazer o que eu digo...

Mas que me vai dar mais dores de cabeça que os dois irmãos juntos... ai isso vai!



Sobre o ídolos

Ontem à noite estava a ver o ídolos (sou uma daquelas fãs desde a primeira edição e até na fox acompanho) e é de mim ou este ano todos os concorrentes são giros?
com excepção feita a dois que têm assim menos graça, todos os outros, rapazes e raprarigas são giros.
Nao há gordos nem mal feitos, só peles impecáveis, dentes e sorrisos perfeitos, roupas com estilo e todos cantam bem... este ano esmeram-se! Acho que, de facto, todos eles têm pinta... até mesmo um com um cabelo que mais parece um daqueles mangericos muito, muito grandes...
E aqueles dois juris que, segundo me disseram são gays (não sei nem quero saber) também são bem fofinhos...
Acho que vou passar a ver mais televisão, é o que é!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Adoro


Barcelona.

Nao me posso reformar tão cedo, é o que é!

No Domingo fomos mais uma vez ao futebol, ver o grande FCP ganhar vez mais :)

O P. e o M., como sempre adoraram.
Antes do jogo andamos a brincar no centro comercial e a um dado momento o M. pediu-me uma moeda para andar num carrocel.
Eu lá lhe expliquei que nao podia ser, com todo aquele discurso de Mãe, ao que ele me respondeu:
-quando eu for grande, também vou trabalhar num escritório e depois também nao te vou dar moedas!

E mais nada! E eu a contar com um filho jogador de futebol rico para me sustentar... estou feita! bem vou ter de trabalhar até velhinha!

conversa entre eles sobre a chuva


Entre o P. e o M.

M. (com o seu guarda-chuva do homem aranha): - Eu nao vou apanhar chuva porque trouxe o meu guarda-chuva!

P. (sem guarda-chuva): eu também n~so, M., porque a chuva é automática! A chuva vai parar quando eu sair do carro...

M. - Como, P.?

P. - A chuva tem um botão nas nuvens!


(lol)