terça-feira, 13 de julho de 2010


Domingo tivemos lá em casa três amigos do P. e do M. – dois escolhidos por eles e o terceiro, irmão de um deles, que também acabou por ficar.
De forma absolutamente espontânea, o P. e o M. foram mostrar a casa aos amigos. Quando percebi, subi atrás para ver o que faziam:
Mostraram o quarto deles, o quarto de brincar, chegaram ao meu antigo quarto (onde dormia com o V.) – este é o quarto da mamã
Passaram ao outro quarto, onde durmo agora : e este também é o quarto da mamã (LOL)
Pergunta óbvia do amiguinho mais velho:
- Mas e então o teu papá?
P.: O papá mora em Gaia. Nós moramos aqui com a mamã. Às vezes vamos dormir a casa do papá. E ele às vezes dorme cá, quando a mamã vai trabalhar para Lisboa.
E pronto, fim de explicação. Com toda a naturalidade, sem dramas.
Mas, ainda assim, partiu-se-me o coração…
Porque um dia eles vão perceber que este não é o esquema normal de uma família “normal”. E tenho medo que fiquem tristes. Odeio pensar que os meus filhos fiquem tristes, que sofram, seja por que motivo for.
Nunca foi este o enquadramento familiar que quis para eles. Temos o possível, claro, e, dentro do possível, até acho que temos o melhor dos modelos, onde o que mais importa é o amor e os laços entre todos e não a localização geográfica mas, ainda assim, tenho medo…

1 comentário:

Tita disse...

Como te compreendo...
Fico ansiosa só de pensar...
Força!!!
Beijinho