terça-feira, 23 de novembro de 2010

Desde há quase 20 anos, todos os sábados ou domingos vou, com a maezinha, ao cemitério.
é um ritual dela, nao meu. Que, apesar disso, por ti e por ela, eu acompanho. Agora sempre com os miudos. Passou, por isso, a ser também um ritual nosso dos sábados de manhã (pelo menos até esta história da minha pós-graduação). Vamos buscar a maezinha, compramos flores e velas pelo caminho, tomamos o pequeno-almoço, vamos à igreja, passamos pelo parque, vamos ver-te.
Este sábado, estava a chover muito. Fiz eu sozinha o passeio da compra de flores, vela e cemitério.
E, nesse meu circuito, encontrei o teu primo F. Nao me reconheceu de imediato. Tive de ser eu a dirigir-me a ele, a identificar-me como tua filha. Abraçou-me meio sem jeito, pareceu-me.
Perguntamo-nos pela vida, pela familia.
Tem os teus olhos, ele. Nao da tua cor, que nunca vi em mais ninguém. Ele tem os olhos de um azul muito claro. Nao verde azeitona como os teus. Mas o olhar, é tão parecido... os modos, algum do teu caracter... nunca tinha percebido as vossas parecenças. O mesmo tipo de corpo, de mãos.
Disse-o à maezinha, que achou normal. Afinal a mae dele era irmã do avô. Nao sei... Nunca antes tinha reparado.
Tenho tantas, tantas, saudades tuas.... que estejas bem. que estejas bem!

1 comentário:

R disse...

Olá,

Andei por aqui a ver se tens o teu email, mas não vi. Se sempre estás interessada nos bolbos das túlipas, por favor manda-me um endereço, para:

mansardaemlisboa@gmail.com

Beijinhos para ti e para os jardineiros de serviço