sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Como irão os meus filhos pensar em mim?

Tenho uma pergunta para todos os Pais/mães (actuais/potenciais) que visitam este blog: como gostariam que os vosso filhos pensassem em vós?
Eu, por mim, gostava que os meus filhos pensassem em mim como um ser humano completo. Que conseguissem ver, em mim, para além da minha dimensão de Mãe.
Sei que pode parecer estranho mas eu própria gosto de pensar em mim como sendo muito mais que mãe e gostava que os meus filhos percebessem isso.
Porque se há pessoas que nascem com a capacidade inata de serem mães (ou pais) - e que eu invejo profundamente! - não é o meu caso.
Nunca tive por ambição de vida ser Mãe.
Ser Mãe foi uma consequencia natural do meu crescimento, do meu amadurecimento e da vontade de eu e o V. alargarmos a nossa família, mas nunca foi uma ambição, um objectivo.
Hoje sinto-o como um estado de alma, como um cheiro impregnado na pele, mas ser mãe é, para mim, sobretudo, uma aprendizagem diária. Um esforço diário. Não no sentido de sacrificio, obviamente, mas no sentido de tentar fazer o melhor que posso.
Sigo muito o meu coração, mas também converso, partilho, leio, procuro orientações de quem sabe mais que eu.
tento ser uma boa mãe. E se não sou melhor não é porque não queira ou porque não tente. é simplesmente porque não sei.
E gostava que nesta minha constatação, nesta minha falta de capacidade materna inata, nesta minha imperfeição, os meus filhos percebessem o meu ser.
Que percebessem que para além de mae sou mulher, sou pessoa. bem disposta, alegre, de bem com a vida. Que gosta de ler e de ver filmes. Que gosta do cheiro dos pinheiros e do mar. Que adora viajar. Que gosta de ter tempo para ela. Para namorar. Para estar com outras pessoas.
Que gosta de trabalhar. Que precisa do seu espaço, da sua vida para além dos filhos.
E que isso não faz da mãe uma pior mãe. Faz da mae um ser humano.
É assim que eu quero que eles pensem em mim: como uma Mãe que gostava de ter vida com eles e para além deles. E que, nesse além deles, eles estavam, apesar disso, sempre presentes.
Quero que pensem em mim como pessoa. Que existe para eles, mas não por eles.
Fará isto, de mim, uma mãe pior????
Provavelmente...
Mas sou uma mãe imperfeita e assumo-o. Que seja. Só quero que, apesar disso, os meus três principes sejam felizes!

4 comentários:

Anónimo disse...

Olá querida mamã, muito obrigada pela visita que fizeste ao meu blog, sê sempre bem-vinda!Vim visitar o teu e gostei imenso, virei aqui muitas mais vezes!
Ser Mãe sempre foi, para mim, um dos pilares da minha realização pessoal pelo que gostaria que a minha filha me visse como um porto-seguro, uma âncora, para os momentos bons e menos bons. Estarei sempre para ela, com todo o meu ser e este é, sem dúvida, um dos objectivos educacionais que eu e o pai lhe queremos transmitir: para além de incentivarmos a sua autonomia, desejamos que ela veja nos pais o tal porto-seguro.
Beijinhos,Sofia,Pedro e Joana

Is@ disse...

Sabes, o teu post anterior descreve aquilo que quero que o meu filho pense.
Sempre que houver um medo, uma dúvida, um receio, eu sou a primeira porta à qual poderá vir bater, atrás de um conforto, um conselho, um incentivo.
Quero que o meu filho saiba que serei sempre a melhor amiga, o melhor refúgio!
Sou como tu, ser mãe nunca foi o meu objectivo de vida. Mas pensava se-lo um dia. Hoje sou e espero nunca desapontar o meu menino neste papel eterno que tanta felicidade me traz.

Um beijo e bom fim de semana

Paula Silva disse...

pesno nisto tanta vez ..mas não tenho resposta
bjs
paula

Anónimo disse...

Não posso deixar de comentar...:) Nestes dias o meu filho de 3 anos viu publicidade numa paragem de autocarro da Eva Longoria (a comer um Magnun)e disse com um ar muito espantado "olha mamã uma "mulher boa""!!
...Bem sempre pensei que seria o gelado que chamaria a atenção ;)...
Aproveitei a ocasião e perguntei ao meu filho "e a mamã o que é?" ele pensou, olhou para mim e respondeu muito seguro "uma menina..."
... Ou seja, mamãs, tenhamos nós a postura que tivermos com a vida eles vão sempre nos distinguir dos outros, seremos sempre especiais e únicas, seremos sempre mães...esta é a magia da maternidade.